As Infecções Sexualmente Transmissíveis em livros didáticos de biologia do ensino médio: uma análise de conteúdo
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X43923Palavras-chave:
Ensino, ISTs, Análise de livroResumo
O objetivo desse estudo foi analisar o conteúdo ISTs nas coleções didáticas de Biologia de 2018 preconizadas pelo Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM) do Ministério da Educação. Foram selecionadas e analisadas 8 coleções didáticas de biologia do PNLEM. A metodologia do estudo foi a análise de conteúdo temática, com a definição de cinco categorias a priori: localização do tema; estrutura e formatação; conteúdo; linguagem e recursos visuais que foram divididas em critérios e subcritérios. De acordo com a análise feita, dois livros destacaram-se positivamente, pois, apresentaram melhor desenvolvimento da temática das ISTs. Os demais livros avaliados não abordaram o tema à contento, sendo falhos/superficiais, o que evidencia que o tema ISTs ainda pode ser melhor explorado em alguns livros didáticos de biologia no Ensino Médio. Portanto, ainda assim é importante estimular os professores a explorarem melhor o assunto com seus alunos, indo além dos livros didáticos. Com isso, o estudo concluiu que a maioria dos livros ensino médio preconizados pelo PNLEM não aborda o tema ISTs de forma eficaz, gerando a necessidade de um planejamento didático complementar por parte dos professores no intuito de ampliar o debate desse assunto em sala de aula.
Downloads
Referências
ALMEIDA MEB. Tecnologias na educação, formação de educadores e recursividade entre teoria e prática: trajetória do programa de pós-graduação em educação e currículo. Revista E-Curriculum. 2006; 1(1):1-28.
ALTMANN, H. Orientação sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista Estudos Feministas. 2009;9 (2): 575-585.
ALVES HHS, SILVA BN, PEREIRA SES, FERREIRA SCH, JUSTINO ICB. Clínica e diagnóstico das infecções pelos vírus herpes gestacional e neonatal. Mostra Científica da Farmácia da Unicatólica. 2017; 4(1):1-2.
ALVES MMS, RODRIGUES BM, SANTOS JEB. A educação em saúde presente nos livros didáticos de ciências: uma abordagem sobre a promoção da saúde nos anos finais do ensino fundamental. Anais do 11. Encontro Internacional de Formação de Professores, 12. Fórum Permanente Internacional de Inovação Educacional, UNIT – Universidade Tiradentes, 2018.
AMABIS J, MARTHO GR. Biologia Moderna. v.1. São Paulo: Moderna, 2016.
BARDIN L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições, 2016.
BATISTA MVA, CUNHA MMS, CÂNDIDO AL. Análise do tema Virologia em livros didáticos de Biologia do ensino médio. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências. 2010;12: 145-158.
BRASIL. Biblioteca Virtual em Saúde. Doenças sexualmente transmissíveis (DST). Publicado: 09 set. 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2063-doencas-sexualmente-transmissiveis-dst. Acesso em: 27 out. 2018
BRASIL. Ministério da Educação. Definição de critérios para avaliação dos livros didáticos: português, matemática, estudos sociais e ciências - 1ª a 4ª séries. Brasília: MEC, 1994. 378p.
BRASIL. Ministério da Educação. PNLD 2018: apresentação – guia de livros didáticos – ensino médio. Ministério da Educação – Secretária de Educação Básica – SEB – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2017; 39p.
BRASIL. Ministério da Educação. PNLD 2018: apresentação – guia de livros didáticos – ensino médio. Ministério da Educação – Secretária de Educação Básica – SEB – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2017. 39p.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Guia de livros didáticos: PNLD 2011. Brasília: MEC, 2010; 100p.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCNs + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2002. 144p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e hepatites virais. O que você precisa saber sobre Aids. Ministério da Saúde: 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv. Acesso em: 27 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas em Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Política Nacional de DST/aids: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 1999. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_17.pdf. Acesso em: 07 jan. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia prático sobre o HPV. Brasília, 2014. Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/2014/hpv/Guia_perguntas_e_repostas_MS_HPV_profissionais_de_saude.pdf. Acesso em: 07 jan. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. O que são IST. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist. Acesso em: 27 out. 2018.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.126p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 436p.
CAMARGO FP, SILVA AFG, SANTOS ACA. A microbiologia no caderno do aluno e em livros didáticos: análise documental. Revista Ibero-americana de Educação, v.78, n.2, p.41-58, 2018.
CARNEIRO MHS, SANTOS WLP, MÓL GS. Livro didático inovador e professores: uma tensão a ser vencida. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v.7, n.2, p.1-14, 2005.
CASEMIRO JP, FONSECA, ABC, SECCO FVM. Promover saúde na escola: reflexões a partir de uma revisão sobre saúde escolar na América Latina. Ciência & Saúde Coletiva. 2014; 19 (3):829-840.
CATANI A, CARVALHO EG, SANTOS FS, AGUILAR JB, CAMPOS SHA. Ser protagonista – biologia. v.1. São Paulo: SM, 2016.
COMPARINI R, DA SILVA ET, PEREIRA DCR. Estratégias de ampliação do diagnóstico da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana no Brasil, 2015.Comunicação em Ciências da Saúde. 2017; 28 (2):158-167.
DE CICCO RR, VARGAS EP. As Doenças Sexualmente Transmissíveis em livros didáticos de biologia: aportes para o ensino de ciências. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias. 2012; 7(1):10-21.
ESPINOLA CRR. Aves na escola: análise de livros didáticos do Ensino Fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2007.
FAVARETTO JA. Biologia unidade e diversidade. v.2. São Paulo: FTD, 2016.
FREIRE P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
LINHARES S, GEWANDSNAIDER F, PACCA H. Biologia hoje. v.1. São Paulo: Ática, 2016.
LOPES S, ROSSO S. Bio. v.3. São Paulo: Saraiva, 2016.
LUDOVICO RO, MAISTRO VIA. Sexualidade humana: um desafio nos livros didáticos. Enseñanza de las Ciencias, n. Extra. 2017: 5579-5583.
MARINHO JCB, SILVA JA, FERREIRA M. A educação em saúde como proposta transversal: analisando os Parâmetros Curriculares Nacionais e algumas concepções docentes. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro. 2015; 22 (2): 429-443.
MARTINS L, SANTOS GS, EL-HANI, CN. Abordagens de saúde em um livro didático de biologia largamente utilizado no ensino médio brasileiro. Investigações em Ensino de Ciências. 2012; 17 (1):249-283.
MENDONÇA VL. Biologia. v.2 e 3. São Paulo: AJS, 2016.
MINAYO MCS, DESLANDES SF, CRUZ NETO O, GOMES R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
MONTEIRO PHN, BIZZO N, GOUW AMS. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e a Aids nos livros didáticos para o ensino fundamental no Brasil: abordagens e implicações educacionais. Acta Scientiae Canoas. 2010; 12 (1): 123-138.
MORAES R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v.22, n.37, p.7-32, 1999.
MUNAKATA K. Livro didático como indício da cultura escolar. História da Educação, Santa Maria. 2016; 20 (50):119-138.
NEVES RC, RAMOS SIV. Educação Sexual nas Escolas: Educar para prevenir–estudo de caso. Arquivos de Psicologia: Portal dos Psicólogos. 2014: 1646-6977.
NICOLA JÁ, PANIZ CM. A importância da utilização de diferentes recursos didáticos no ensino de biologia. Infor: Inovação e Formação, São Paulo. 2016; 2 (1): 355-381.
OGO M, GODOY L. Contato biologia. v.1. São Paulo: Quinteto, 2016.
OPAS/OMS. Organização Pan-Americana da Saúde. Organização Mundial da Saúde. HPV e câncer do colo do útero. Brasília, 2016, Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5634:folha-informativa-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero&Itemid=839. Acesso em: 08 jan. 2019.
PAES CCDC; PAIXÃO ANP. A importância da abordagem da educação em saúde: revisão de literatura. Revista De Educação Da Universidade Federal Do Vale Do São Francisco. 2016, 6(11). Disponível em: https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/38 Acesso em: 02 dez.2020.
PALMA YA, PIASON SA, MANSO AG, STRE MN. Parâmetros curriculares nacionais: um estudo sobre orientação sexual, gênero e escola no Brasil. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto. 2015; 23 (3): 727-738.
PEREIRA RMS, VALERIO FM, BARROS KM, SILVA REIS T, TRAJANO LT, SILVA LR. Conhecimento de acadêmicos da área de saúde sobre sífilis. Revista Práxis. 2018;10 (20):119-127.
ROCHA D, DEUSDARÁ B. Análise de conteúdo e análise do discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória. Alea, Rio de Janeiro. 2005; 7 (2): 305-322.
ROSA JL. Psicologia e educação o significado do aprender. 7.ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
ROSA MDA, MOHR A. Os fungos na escola: análise dos conteúdos de micologia em livros didáticos do ensino fundamental de Florianópolis. Experiências em Ensino de Ciências, Porto Alegre. 2010; 5 (3): 95-102.
SANTOS SCS, TERÁN AF, SILVA-FORSBERG MC. Analogias em livros didáticos de biologia no ensino de zoologia. Investigações em Ensino de Ciências. 2011; 15 (3): 591-603.
SÁ-SILVA JR, ALMEIDA CD, GUINDANI JF. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, ano I, n. I, p.1-15, 2009.
SCHIRMER SB, SAUERWEIN IPS. Livros didáticos em publicações na área de ensino: contribuições para análise e escolha. Investigações em ensino de ciências. 2017; 22 (1): 23-41.
SOUZA SL, COAN CM. Abordagem da sexualidade humana em livros didáticos de biologia. In: Anais do III Simpósio Internacional de Educação Sexual, Maringá. 2013: 24-26.
THOMPSON M, RIOS EP. Conexões com a Biologia. v.1. São Paulo: Moderna, 2016.
VASCONCELOS SD, SOUTO E. O livro didático de ciências no ensino fundamental proposta de critérios para análise do conteúdo zoológico. Ciência & Educação. 2003; 9 (1): 93-104.
VILLEGAS-CASTANO A, TAMAYO-ACEVEDO LS. Prevalencia de infecciones de transmisión sexual y factores de riesgo para la salud sexual de adolescentes escolarizados, Medellín, Colombia, 2013. Iatreia, Medellín. 2016; 29 (1): 5-17.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.