Caracterização morfoagronômica de raças locais de Zea mays L. em sistema agroecológico de produção
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X41840Palavras-chave:
Milho, Produção orgânica, Cobertura morta (mulch)Resumo
O objetivo do estudo foi verificar se raças locais de milho comparadas com milho híbrido convencional diferem no ciclo e nos caracteres morfoagronômicos quando cultivados em sistema agroecológico. O experimento foi conduzido no Centro de Pesquisas Agronômicas da Universidade de Passo Fundo (Cepagro), em delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições, três raças locais de milho crioulo (“Cabo roxo”, “Aztequinha” e “Franco-brasileiro”) e milho híbrido convencional (22s18 – Sementes Sempre). Os aportes de adubação foram feitos com composto orgânico e Microrganismos Eficientes (EM). Foram avaliados a população de espécies espontâneas, ciclo fenológico, diâmetro do colmo, características das espigas, dos grãos e rendimento por hectare. Os tratamentos não diferiram significativamente na avaliação do ciclo em dias apresentando diferença estatística apenas em altura de planta ao final do ciclo, onde a raça local de milho “Cabo roxo” apresentou altura de 209,9 cm. Quanto à caracterização de planta e de espiga, os tratamentos diferiram significativamente entre si apenas na avaliação do peso de grãos por espiga, onde o híbrido convencional alcançou 170,4 g. Assim, verificou-se que existe pouca diferença significativa entre as raças locais e o híbrido convencional no sistema agroecológico de produção com uso de massa de cobertura morta.
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