Balanço de serrapilheira em áreas de Eucalyptus urograndis (Clone H13) na transição Cerrado-Amazônia de Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X27433Palavras-chave:
Deposição de serapilheira, Decomposição, Bolsas de decomposição, Variáveis climáticasResumo
A crescente demanda por produtos de origem florestal vem proporcionando o crescimento da produção do gênero eucalipto. Em áreas com implantação recente, como o médio Norte de Mato Grosso, ainda é necessário conhecer os processos que regulam a serrapilheira em florestas plantadas. Objetivou-se avaliar as taxas de deposição e decomposição de serapilheira em áreas com Eucalyptus urograndis (Clone H13) aos três, cinco, sete e nove anos de idade, nas áreas centrais dos talhões. Nas áreas de cinco e sete anos, também foram avaliadas as interfaces (bordaduras) eucalipto/lavoura e eucalipto/mata nativa, e, ainda, áreas com remanescente de mata nativa. Foram instalados coletores de serrapilheira com 1m² de área, com coletas mensais do material depositado. Na quantificação das taxas de decomposição as coletas ocorreram aos 30, 60, 120, 180, 240 e 300 dias após a instalação dos litterbags (bolsas de decomposição). Na estação seca, foram observadas maiores quantidades de serapilheira depositada, com maior representação pela fração folha. A fração casca apresenta correlações positivas e negativas com a velocidade do vento e a umidade relativa do ar, respectivamente. O balanço de serrapilheira encontrado na região de transição Cerrado-Amazônica indica que mesmo possuindo um clima tropical, ocorrem altas taxas de deposição quando comparados com a decomposição da serrapilheira de E. urograndis, permitindo incrementos significativos da serrapilheira das áreas plantadas com o aumento da idade.Downloads
Referências
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