Desmatamento por classe de declividade no município de Ibirubá, RS

Autores

  • Anilda Back da Silva Departamento de Engenharia Rural, Centro de Ciências Rurais - CCR, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Santa Maria, RS.

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X24921

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar o desmatamento, relacionando-o, com diferentes classes de declividade, no município de Ibirubá, RS.

Foram elaborados quatro mapas temáticos, um com as classes de declividade e três com as áreas florestais, correspondentes aos períodos de 1956, 1965 e 1975. O mapa das classes de declividade baseou-se no mapa de classificação de solos do município e em determinações de declividades por fotografias aéreas. Os mapas florestais foram feitos usando-se coberturas aerofotogramétricas das três datas citadas.

Os resultados encontrados, para zona original de mata, revelaram que o desmatamento iniciou com maior intensidade na classe de 8 a 15% de declividade. Apesar da classe de 2 a 8% oferecer boas condições topográficas a agricultura, nela permaneciam as principais reservas florestais, coincidindo com o fundo das propriedades rurais. Estas reservas cederam lugar, gradativamente, a ocupação agrícola especialmente no período de 1965 a 1975. Nas classes de declividade inferior a 2 e acima de 15% houve menor desmatamento devido as condições topográficas pois são terrenos sujeitos a inundações ou muito íngremes.

Na zona original de campo o desmatamento se fez presente sobre todas as classes de declividade, com maior intensidade onde as condições topográficas favoreciam a ocupação agrícola, ou seja, na classe de declividade de 2 a 8% e na de 8 a 15%.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anilda Back da Silva, Departamento de Engenharia Rural, Centro de Ciências Rurais - CCR, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Santa Maria, RS.

Referências

BATTISTELLA, V. História de tapera. Campo Real, Impressão GESA, 1972. 233 p.

BAUER, F.W. Walbau als wissenschaft. Munchen Basel Wiene, BLV Verlagsgeselschaft, 1962. 182 p.

BRASIL, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul e Faculdade de Agronomia da UFRGS. Levantamento e utilização agrícola dos solos do Município de Ibirubá. Porto Alegre, Mimeografado, 1970,70p.

HUECK, K. As florestas da América do Sul. São Paulo, Editora da Universidade de Brasília e Ed. Polígono, 1972, 466 p.

LINDMAN, C.A.M. & FERRI, M.G. A vegetação no Rio Grande do Sul. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia e Ed. da USP, 1974. 377 p. (Tradução em 1906 por Alberto Löfgren, Porto Alegre. Original Sueco, 1900. Ampliada por Ferri).

MORENO, J.A. Uso da terra, vegetação original e atual do Rio Grande do Sul. Boletim Geográfico do RGS. Porto Alegre, 17 (15): 45-51, jan/dez. 1972.

RAMBO, B.S.J. A fisionomia do Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre, Livraria Selbach, 1956. 475 p.

RAMBO, B. A imigração da selva higrófila no Rio Grande do Sul. Igajai, Anais Botânicos, 3. Herbário "Barbosa Rodrigues".

ROHRIG, E. As condições florestais do Estado do Rio Grande do Sul. Reinhausen, R. F. Alemanha, Relatório 3401, Mimeografado, 1969. 45 p.

ROUTIN, D.D. & FOREDO, J.A.M. Instrumentos fotogramétricos aproximados. Bogotá, Centro Interamericano de Fotointerpretación, 1972. 132 p.

SERRA FILHO, R. et alii. Levantamento da cobertura vegetal natural e do reflorestamento no Estado de são Paulo. 2. ed. São Paulo, Instituto Florestal. Boletim Técnico, 1975. 53 p.

STRANDBERG, H.C. Aerial discavery manual. Trad. David Serrat Congest. Barcelona, Ediciones Omega, 1957. 278 p.

THORLEY, G.A. et alii. Forest lands: Inventory and assesment. In American Society of Photogrammetry. Manual of Remote Sensing. Falls Church, The American Society of Photogrammetry. V. 2. Cap. 17, 1975. p. 1353-1426.

Downloads

Publicado

1981-12-12

Como Citar

Silva, A. B. da. (1981). Desmatamento por classe de declividade no município de Ibirubá, RS. Ciência E Natura, 3(3), 75–100. https://doi.org/10.5902/2179460X24921

Edição

Seção

Artigos