Circulação de Brisa Fluvial e a Banda de Precipitação na Margem Leste da Baía de Marajó

Autores

  • Abner Pinheiro de Matos
  • Júlia Clarinda Paiva Cohen

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X19814

Palavras-chave:

Microlinha. Refletividade. Brisa fluvial. BRAMS.

Resumo

Na região de Belém, além dos sistemas atmosféricos de grande escala como a ZCIT e de mesoescala como as Linhas de Instabilidade, há também sistemas convectivos forçados localmente que também causam precipitação. Este trabalho estuda um sistema convectivo, observado pela primeira vez nessa região durante a campanha do projeto CHUVA, o qual é denominado por Microlinha de Instabilidade Fluvial(MLF) devido sua formação estar associada a circulação de brisa fluvial. Os dados do satélite GOES 12, radar banda X, anemômetro de hélice, pluviômetros, disdrômetros, reanálises do  NCEP foram utilizados para estudar esta MLF. Simulação numérica de alta resolução com o modelo BRAMS foi feita para esta MLF, utilizando-se duas grades com resolução horizontal de  3 Km e 1 Km. Os resultados da simulação mostraram que a MLF foi formada através de brisa fluvial proveniente da baía de Marajó, causando precipitação desde sua fase inicial sobre a região de Belém até quando estava sobre a margem oeste da baía do Marajó. Durante sua propagação para Oeste, observou-se aumento da sua intensidade, que foi máxima sobre a baía de Marajó, onde há intenso transporte de cargas e passageiros e naufrágios são o tipo de acidente mais frequente.

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Publicado

2016-07-20

Como Citar

Matos, A. P. de, & Cohen, J. C. P. (2016). Circulação de Brisa Fluvial e a Banda de Precipitação na Margem Leste da Baía de Marajó. Ciência E Natura, 38, 21–27. https://doi.org/10.5902/2179460X19814

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