Aspectos Morfológicos e Fisiológicos da Germinação e Morfometria de Frutos e sementes de Swartzia recurva Poeep (Fabaceae)
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X17309Palavras-chave:
Muirajibóia amarela, características biométricas, germinação, fotoperíodoResumo
Objetivou-se fornecer dados da morfometria de frutos e sementes, germinação e do desenvolvimento pós-seminal de Swartzia recurva. Foram avaliados: massa fresca, comprimento, largura e espessura dos frutos/sementes. Quanto à forma, coloração e textura do pericarpo e nas sementes observou-se forma, coloração, textura e presença de projeções carnosas. Descreveu-se a emergência, tipo de morfologia da plântula, hipocótilo e epicótilo, cotilédone e eofilos. O teste de germinação foi conduzido na luz e escuro contínuo, avaliando-se a porcentagem e índice de velocidade germinação, tempo médio de germinação, freqüência relativa, índice de sincronização, índice de germinação relativa à luz, comprimento de parte aérea e raiz, massa fresca e seca das plântulas. A maior variação nas ocorre na massa das sementes. A semente apresenta arilo desenvolvido, cor creme, hilo linear com posição mediana, circundado por uma linha marrom ferrugínea distinguindo as sementes desta espécie, cujas medidas diferem de outras espécies do gênero. A presença de luz na temperatura de 30ºC promove maior germinação sementes indicando que essa espécie se comporta como fotoblástica positiva preferencial. A germinação é hipógea, a plântula é criptocotiledonar. A planta jovem apresenta caule lenhoso, eófilos trifoliolados verde-violáceos no ápice, pecíolos e ráquis levemente alados e presença de estípulas e estipelas.
Downloads
Referências
AMRI, E. The effect of pre-sowing seed treatments on germination of snake bean (Swartzia madagascariensis), a reported medicinal plant. American-Eurasian Journal Agricultural & Environmental Sciences, Índia, v.8, n 5, p. 525-529. 2010.
ANDRADE, L.A.; BRUNO, R.L.A.; OLIVEIRA, L.S.B.; SILVA, H.T.F. Aspectos biométricos de frutos e sementes, grau de umidade e superação de dormência de jatobá. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v.32, n 2, p. 293-299, 2010.
ARAÚJO,P.C; ARAUJO NETO, A.C.; SANTOS, S.R.N.; MEDEIROS, J.G.F. LEITE, R.P.; ALVES, E.U.; BRUNO, R.L.A.; OLIVEIRA, J.J.F. Biometria de frutos e sementes de Operculina macrocarpa(L.) Urban ocorrente no semiárido Norte-rio-grandense. Scientia Plena, Sergipe, v.8, n.4, 2012.
BEWLEY, J.D.; BLACK, M. Seeds: Physiology o devolopment end germination, New York: Plenum Press, 1994. 445p.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de Sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV, 2009. 365p.
CARVALHO, J.E.U.; NAZARÉ, R.F.R.; OLIVEIRA, W.M. Características físicas e físico-químicas de um tipo de bacuri (Platoniainsignis Mart.) com rendimento industrial superior. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v.25, n.2, p.326-328, 2003.
CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: Ciência, tecnologia e produção. 4.ed. Jaboticabal-SP:UNESP, 2000. 588p.
CLIFTON-CARDOSO, B.C.; MIELKE, M.S.; DE MELO,J.R.; QUERINO, R.N.; Germination and seedling growth of Dimorphandra jorgei MF Silva and Swartzia macrostachya Benth. var.riedelii Cowan. New Forests, USA, v.35, p.15–31, 2008.
COUVILLON, G.A. Cercis canadensis L. seed size influences germination rate, seedling dry matter, and seedling leaf area. Hort science, New Orleans, v.37, n.1, p.206-207, 2002.
COWAN, R.S. Flora Neotropica. Monograph. n°1. Swartzia (Leguminosae- Caesalpinioideae, Swartzieae).Hafner. Flora Neotropica, New York, 1967.
COWAN, R.S. Studies in tropical American leguminosae. Brittonia, New York, v.37, n.3, p.291-304.1985.
CRUZ, E.D.; CARVALHO, J.E.U. Biometria de frutos e sementes e germinação de curupixá (Micropholis cf. venulosa Mart. & Eichler – Sapotaceae). Acta Amazônica, Manaus, v.33, n.3, p.389–398, 2003
CRUZ, E.D.; MARTINS, F.O.; CARVALHO, J.E.U. Biometria de frutos e sementes e germinação de jatobá-curuba (Hymenaea intermedia Ducke, Leguminosae-Caesalpinioideae). Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.24, n.2, p.161–165, 2001.
DAWS, M.I.; GARWOOD, N.C.; PRITCHARD, H.W. Prediction of desiccation sensitivity in seeds of woody species: a probabilistic model based on two seed traits and 104 species. Annals of Botany, Oxford, Reino Unido, v.97, p.667–674, 2006.
DE-CARVALHO, P.S.; MIRANDA, S.C.; SANTOS, M.L. Germinação e dados biométricos de Hymenae astigonocarpa Mart. Ex Hayne (Leguminosae – Caesalpinoideae) – Jatobá-do-Cerrado. Revista Anhanqüera, Goiás, v.6, n.1, p.101-116, 2005.
DUKE, J.A. Keys for the identification of seedlings of some prominent woody species in eight forest types in Puerto Rico .Annals of the Missouri Botanical Garden, Washington, v.52, n.3, p.314-350. 1965.
DUKE, J.A. On tropical seedlings. I. Seeds, seedlings, systems and systematics. Annals of the Missouri Botanical Garden, Washington, v.56, n.2, p.125-161. 1969.
DUKE, J.A.; POLHILL, R.M. Seedlings of Leguminosae. In: POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. Eds. Advances in legume systematics. Royal Botanic Gardens, Londres, p.941-949, 1981.
FLORA BRASILIENSIS - A Obra: Família Leguminosae (Fabaceae). Subfamília Papilionaceae. Tribo Swartzieae DC.Gênero Swartzia Schreb. Série Orthostyleae. Swartziaa cuminata Willd.,S. aptera DC., S. cuspidate Spruce, S.microcarpa Spruce, S. recurva Poepp.,S. tomentosa DC. Vol. XV, Part II, Fasc. 50 Coluna 35 – 36. Publicado em 01-Dez-1870. Disponível em: <http://www.florabrasiliensis.cria.org.br>. Acesso em:19 de agosto de 2014.
GOMES, F.P. Curso de estatística experimental. 14.ed. Piracicaba: Nobel, 1990. 468p.
GONÇALVEZ, I.P.; GAMA, M.C.; CORREIA, M.C.R.; LIMA, H.A.; Caracterização dos frutos, sementes de quatro espécies de leguminosa da restinga de Maricá, Rio de Janeiro. Rodriguésia, Rio de Janeiro,v.59, n.3, p.497-512. 2008.
LABOURIAU, L.G.; VALADARES, M.E.B. Onthe germination of seeds Calotropisprocera (Ait) Ait.f. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v.48, n.2, p.263-284, 1976.
LABOURIAU, L.G.; PACHECO, A. On the frequency of isothermal germination in seeds of Dolichosbiflorus L. Plant and Cell Physiology, Tokyo, v.19, n.3, p.507-512, 1978.
LEITE, I.T.A. Aspectos Fisiológicos da Germinação da Germinação de Sementes de Miconiacinnamomifolia (D.C.) Naud. – Melastomaceae. Rio Claro - SP, 1998, p.114. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas, Área de Biologia Vegetal) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, 1998.
MAGUIRE, J.D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, Madison, v.2, n.2, p.176-177, 1962.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ. 2005. 495p.
MARTINS, C.C.; NAKAGAWA, J. BOVI, M.L.A. Influência do peso das sementes de palmito – vermelho (Euterpe espiritosantensis Fernandes- Palmae) na porcentagem e na velocidade de germinação. Revista Brasileira de Sementes, v.22, n.1, p. 47-53. 2000.
MILBERG, P.; ANDERSSON, L.; THOMPSON, K. Large seeded species are less dependent on light for germination than small seeded ones. Seed Science Research, Cambridge. v.10, n.10, p.99-104, 2000.
MIQUEL, S. Morphologie fonctionelle de plantules d’ especes forestières Du Gabon. Bulletindu Museum National d’ Histoire Naturelle, Section B, Adansonia. Botanique Phytochimie, Paris, v.9, p.101-121, 1987.
MORAES, P.L.R.; ALVES, M.C. Biometria de frutos e diásporos de Cryptocarya aschersoniana Mez e Cryptocarya moschata Ness (Lauraceae). Biota Neotropica, São Paulo, v.2, n.2, p.1-19. 2002.
MOREIRA, F.W.; MOREIRA, F.M. de S.; SILVA, M.F.da. Germinação, crescimento inicial e nodulação em viveiro de saboarana (Swartzia laevicarpa Amshoff). Acta Amazônica, Manaus, v.25, n.3/4, p.149-160, 1995.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F.C;VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. (ed.). Vigor de sementes: conceito e testes. Londrina: ABRATES. 1999. p.1-24.
NASSIF, S.M.L.; VIEIRA, I.G.; FERNADES, G.D.Germinação de sementes: fatores externos(ambientais) que influenciam a germinação.Informativo Sementes, IPEF, 2004. Disponível em: http://www.ipef.br. Acesso em: 10 de outubro de 2014.
OLIVEIRA, D.M.T. Análise morfológica comparativa de frutos, sementes, plântulas e plantas jovens de 30 espécies arbóreas de Fabaceae ocorrentes no Estado de São Paulo. Rio Claro- SP, 1997, p.212. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas, Área de Biologia Vegetal) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, 1997.
OLIVEIRA, D.M.T.; BELTRATI, C.M. Morfologia comparada de plântulas e plantas jovens de leguminosas arbóreas nativas: espécies de Phaseoleae, Sophoreae, Swartzieae e Tephrosieae. Revista Brasileira de Botânica, Belo Horizonte, v.24, n.1, p. 85-97, 2001.
OLIVEIRA, E.C. Morfologia de plântulas. In: AGUIAR, I.B. de; PIÑA-RODRIGUES, F.C.M.; FIGLIOLIA, M.B. (Ed.). Sementes florestais tropicais. Brasília: ABRATES,1993.p.175-214.
PEDRON, F.A.; MENEZES, J.P.; MENEZES, N.L. Parâmetros biométricos de fruto, endocarpo e semente de butiazeiro. Ciência Rural, Santa Maria, v.34, n.2, p.585-586, 2004.
R CORE TEAM R: A language an environment for statistical computing. Viena: R Foundation for statistical computing, 2012.
RIBEIRO, J.E.L. da S. HOPKINS, M.J.G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C.A.; COSTA, M.A. da S.; BRITO, J. M. de; SOUZA, M.A.D. de; MARTINS, L.H.P.; LOHMANN, L.G.; ASSUNÇÃO, P.A.C.L.; PEREIRA, E. da C.; SILVA, C.F. da; MESQUITA, M.R.; PROCÓPIO, L.C.. Flora da Reserva Ducke: Guia de Identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra firme na Amazônia Central. Manaus. Editora INPA. 1999. 816p.
SANCHEZ, C.S.; ROCHA, A.F.I.; PINHEIRO, M.L.B.; ANDRADE, C.H.S., MONTE,F.J.Q. Brachyrachisina- Isoflavona inédita de Swartzia (Leguminosae). Acta Amazônica, Manaus, v.29, n.3, p.419-422, 1999.
SANTOS, C. Estatística descritiva: manual de auto aprendizagem. Lisboa: Sílabo. 2010. 264p.
SILVA, M.F.; GOLDMAN, G.H.; MAGALHÃES, F.M.; MOREIRA, F.W. Germinação natura lde 10 espécies arbóreas da Amazônia. I. Acta Amazônica, Manaus, v.18, n.1-2, p.9-26, 1988.
SWAINE, M.D. The Ecology of Tropical Forest tree Seedlings. Paris: UNESCO and Parthenon Publishing Group. v.17, 1996. 368p.
TAKAKI, M. New proposal of classification of seed based on forms of phytochrome instead of photoblastism. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Lavras, v.13, n.1, p.104-108,2001.
THOMPOSON, P.A. Effects of fluctuating temperature on germination. Journal of Experimental Botany, Oxford, Reino Unido, v.25, p.164-175, 1974.
VIEIRA, D.L.M.; SCARIOT, A. Effects of logging, liana tangles and pasture on seed fate of dry forest tree species in Central Brazil, Forest Ecologyand Management, Amsterdam, Holanda, v.230, p.197–205, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.