Concentrações Anômalas de Flúor em Águas Subterrâneas
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X13457Palavras-chave:
Hipóteses, revisão, SAG, avanços no conhecimento.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/2179460X13457
Acredita-se que concentrações até 1,5 mg/L de flúor nas águas seja benéfico a saúde humana na prevenção de cáries dentárias de crianças. Porém valores superiores seriam prejudiciais, podendo causar manchas nos dentes, fluorose dental, e deformação dos ossos. Através da revisão da literatura observou-se que valores anômalos desse elemento ocorrem em aquíferos cristalinos, porosos e cársticos. O objetivo da presente pesquisa foi apresentar uma evolução dos conhecimentos em relação às concentrações anômalas de flúor em águas subterrâneas, fornecendo uma visão global, nacional, regional apresentando aportes ao conhecimento do Sistema Aquífero Guarani/SAG no Estado do Rio Grande do Sul. Esse sistema apresenta, localmente, águas com concentrações anômalas de flúor, em vários estados brasileiros acima dos padrões de consumo humano. Muitas hipóteses foram levantadas até o presente momento buscando esclarecer a origem destas concentrações. Porém, ainda não existe um consenso entre os pesquisadores. Observou-se uma boa relação espacial de com águas de caráter sódico, sulfatadas e/ou cloretadas na Zona de Afloramento com a unidade Hidroestratigráfica Santa Maria, fossilífera. Estudos recentes no noroeste do estado apontam uma associação com águas mais salinas, localmente termais, nas zonas confinadas, associando a origem do flúor às formações Pré-SAG, portadoras de sais e/ou minerais sulfatados. A hipótese mais consensual sugere a existência de misturas com águas salinas profundas, indicando existirem zonas onde predominam os fluxos verticais em relação aos horizontais no SAG, associadas à diques e a possivelmente a Capacidade de Troca Iônica dos argilominerais em um processo geogênico, de origem natural.
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