Sobre Anas e Marias (Ou Como tudo se transforma e permanece igual)
Uma leitura sobre perplexidades e advertências em Hilda Hilst
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X75379Palabras clave:
Hilda Hilst, Teatro político, Revolução sexual feminina, RepressãoResumen
A peça O visitante, escrita em 1968, configura uma opção estética que pode ser lida como resposta política ao contexto da época, pois, o cenário da Ditadura Militar brasileira caracterizou um quadro de coerção das subjetividades que, por promover um processo alienatório das consciências na sociedade, passou a suscitar uma atitude de engajamento nas artes. O teatro de Hilda Hilst, ao mapear o contexto social em que estava inserido, promove uma leitura do estatuto do humano, buscando avaliar-lhe as potencialidades, em Hilst, a razão é insuficiente para pensar o mundo da mesma forma que o é a metafísica; o amor é lido, portanto, como metáfora para pensar o vazio do querer humano e a perda de sua de sensibilidade crítica que sustentam o mesmo fascismo de que são vítimas.
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