É possível a lírica após Auschwitz?

Uma propedêutica à Dialética Negativa de Adorno

Autores

  • Giovane Rodrigues Jardim Jardim Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
  • Cristiéle Santos de Souza

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X71274

Palavras-chave:

Dialética Negativa, Estética, Poesia, Experiência formativa, Arte

Resumo

O presente artigo versa sobre a relação entre lírica e sociedade na perspectiva de Theodor Adorno, e o significado da arte como expressão da não liberdade humana, propedêuticas à elaboração de sua Filosofia Dialética Negativa. Procura-se compreender as linhas gerais da temática adorniana impressa na reflexão sobre a lírica e arte em sentido geral, e sua inter-relação com a elaboração tardia de um projeto de filosofia de modelos, ou seja, que parte de particulares como o qualitativo que denuncia a máscara de uma “compulsão à identidade”. Neste sentido, para Adorno, tanto a lírica como a obra de arte em sua dimensão estética possibilitam uma oposição ao pensamento e à linguagem aplainada pela indústria cultural; assim, lírica, filosofia e arte são possíveis após Auschwitz como momento de fração, de ruptura, de uma experiência estética formativa do humano.

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Biografia do Autor

Giovane Rodrigues Jardim Jardim, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Bacharelado e licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica de Pelotas (2007), mestrado em Ética e Filosofia Política pela Universidade Federal de Pelotas (2013).

Cristiéle Santos de Souza

Doutorado em andamento em Memória Social e Patrimônio Cultural - UFPel

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Publicado

2012-11-05

Como Citar

Jardim, G. R. J., & Souza, C. S. de. (2012). É possível a lírica após Auschwitz? Uma propedêutica à Dialética Negativa de Adorno. Literatura E Autoritarismo, (12). https://doi.org/10.5902/1679849X71274