Poder versus querer: sobre o livre-arbítrio em Agostinho e em Schopenhauer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378634135

Palavras-chave:

Agostinho, Schopenhauer, Livre-arbítrio

Resumo

O artigo que se segue pretende analisar a noção schopenhaueriana de liberdade da vontade (entendida como liberum arbitrium indifferentiae), cuja definição, como defendo, pressupõe a distinção agostiniana entre o velle e o posse, assim como a acepção kantiana de caráter inteligível. Considero que a liberdade plena, ou a completa negação da vontade, conforme a perspectiva de Schopenhauer, tem por base a noção agostiniana de libertas, que só é alcançada por meio da graça, e também sua errônea interpretação sobre o conceito agostiniano de liberum arbitrium. O objetivo principal desse artigo consiste em apresentar Agostinho como um precursor fundamental para a teoria de Schopenhauer.

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Biografia do Autor

Gleisy Picoli, Universidade Estadual de Campinas, Campínas, SP, Brasil

Mestranda em Filosofia - UNICAMP

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Publicado

2010-07-01 — Atualizado em 2022-07-28

Versões

Como Citar

Picoli, G. (2022). Poder versus querer: sobre o livre-arbítrio em Agostinho e em Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 1(1), 19–34. https://doi.org/10.5902/2179378634135 (Original work published 1º de julho de 2010)

Edição

Seção

Schopenhauer: liberdade e razão