Contaminação do mundo da vida: que filosofia surge de um espirro?
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378643943Parole chiave:
Neoliberalismo, Diagnóstico de tempo, Crise, LegitimaçãoAbstract
Que tipo de reflexão a filosofia pode fazer sobre uma pandemia? Em virtude do caráter singular da COVID-19, proponho uma leitura em termos de uma análise funcionalista das crises. Para chegar nisso, faço primeiro uma avaliação mais ampla do que há de comum ao nosso tempo, apresentando-o nos termos de um processo de consolidação e expansão do neoliberalismo como uma “gramática normativa central” para a organização e reprodução dos sistemas de reprodução social e agindo de forma colonizadora sobre os processos de reprodução simbólica da sociedade. A apresentação do neoliberalismo pretende enfatizar que, antes da pandemia, já vivíamos em crise e que, por isso, seria preciso uma descrição primeira desse “estado de coisas”. Depois, faço uma análise do caráter funcional das sociedades do capitalismo tardio para concluir apontando as perspectivas de aprendizado que a situação de crise permite e como o neoliberalismo impõe uma gramática que contamina esse potencial.Downloads
Riferimenti bibliografici
AZMANOVA, A. Anti-capital for the XXIst Century (on the metacrisis of capitalismo and the prospects for radical politics, Philosophy and social criticism, XX, 2020
BOHMAN, J. Public deliberation: Pluralism, complexity and democracy. Cambridge: MIT Press, 1996
BORBA, E. d. Sobre a meritocracia. Dissertação (Mestrado em Filosofia). Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2017
BROWN, W. American Nightmare: Neoliberalism, Neoconservatism, and De-Democratization. Political Theory, 2006
BROWN, W. Undoing the demos. New York: Zone Books, 2015
CARVALHO, L. Como a pandemia pode aprofundar nossa desigualdade, 2020. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2020/Como-a-pandemia-pode-aprofundar-nossas-desigualdades. Acesso em: 29/04/2020
CESARINO, L. Coronavírus como força de mercado e o fim da sociedade? Disponível em: https://www.antropologicas-epidemicas.com.br/post/coronav%C3%ADrus-como-for%C3%A7a-de-mercado-e-o-fim-da-sociedade. Acesso em: 29/04/2020
COLLIER, S. The spatial forms and social norms of “actually existing neoliberalism. International Affairs Working Paper, Nova Iorque, Junho, 2005.
COOKE, M. Language and reason. A study of Habermas´s Pragmatics. Cambridge: The MIT Press, 1997.
HABERMAS, J. Reply. In: Honneth, A; Joas, H. (Orgs) Communicative Action – Essays on Jürgen Habermas´s The theory of communicative action. Cambridge: MIT Press, 1991.
DARDOT, P; LAVAL, C. A nova razão do mundo. São Paulo: Editora Boitempo, 2016
FRASER, N. The end of progressive neoliberalism. Dissent, primavera, 2017
FRASER, N. Crise de legitimação? Sobre as contradições políticas do capitalismo financeirizado. Cadernos de filosofia alemã, vol. 23, n. 2, 2018
FOUCAULT, M. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008
HABERMAS, J. A nova obscuridade. São Paulo: Editora da UNESP, 2011
HABERMAS, J. Legitimation crisis. Cambridge: Polity Press, 1988
HABERMAS, J. Justification and application. Cambdrige: MIT Press, 1994
HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: Editora da UNESP, 2014a
HABERMAS, J. Na esteira da tecnocracia. São Paulo: Editora da UNESP, 2014
HABERMAS, J. O discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2002
HABERMAS, J. Para a reconstrução do materialismo histórico. São Paulo: Editora da UNESP, 2015
HABERMAS, J. The Postnational constelattion. Cambridge: MIT Press, 2001
HABERMAS, Jürgen. Teoria do Agir Comunicativo – Sobre a crítica da razão funcionalista (volume II). São Paulo: Editora da WMF Martins Fontes, 2012
HARTMANN, M.; HONNETH,. Paradoxes of capitalism. Constellations, v. 13, n. 1, p. 41-58, 2006
HEATH, J. Legitimation crisis’ in the later work of Jürgen Habermas, 2004. Disponível em: http://mapageweb.umontreal.ca/heathj/texts/legitimation.pdf , Acessado em 29/04/2020
LARNER, W. Neo-liberalism: Policy, Ideology, Governamentality. Studies in Political Economy, 63, 2000
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008
PECK, J.; TICKELL, A. Neoliberalizing Spaces. Antipode, 34/3, 2002
PEREIRA, L.d.H. Student und Politik e as orignes da segunda geração da Teoria Crítica: Habermas e o diagnóstico do capitalismo tardio nos anos 60, Philósophos – Revista de Filosofia, 20(1), 2014
POLANYI, K. A subsistência do homem e ensaios correlatos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2008
STREECK, W. Tempo comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. São Paulo: Editora Boitempo, 2018
WHITE, S. K. Foucault´s challenge to Critical Theory. The American Political Science Review, Vol. 80, n. 2, 1986
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
La presentazione degli originali a questa rivista implica il trasferimento, da parte degli autori, dei diritti di pubblicazione stampate e digitali alla stessa, fatta eccezione dei diritti d'autore, che per gli articoli pubblicati rimangano all’autore, con diritti periodici sulla prima pubblicazione. Gli autori possono utilizzare gli stessi risultati solo in altre pubblicazioni che indicano chiaramente questa rivista come pubblicazione originale. Poiché siamo una rivista ad accesso aperto, consentiamo l'uso gratuito di articoli in applicazioni educative, scientifiche e non commerciali, a condizione che venga menzionata esplicitamente la fonte.