O antropoceno e a contribuição da eudemonologia schopenhaueriana para pensar a crise ambiental
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378685340Palabras clave:
Antropoceno, Eudemonologia, SchopenhauerResumen
A ideia de um novo período geológico expressa pelo conceito de Antropoceno nos dá a dimensão do impacto humano sobre a Terra. Nós, os humanos contemporâneos, somos uma força geológica, ou melhor, o nosso modo de existência se tornou essa força. Relatórios do Painel do Clima da ONU, dados climatológicos, projeções, entre outras fontes científicas, tornaram-se objetos de interesse da reflexão filosófica sobre o futuro em um planeta fortemente impactado pelos excessos da civilização tecnológica. Tal situação impõe à filosofia contemporânea o desafio não apenas de encarar o problema, mas também de pensar em outras possibilidades de existência que fortaleçam o vínculo com a Terra. Neste sentido, o presente artigo tem o intuito de apresentar em linhas gerais a discussão sobre a ideia de Antropoceno e a proposta eudemonológica schopenhaueriana a partir da atualização do pensamento de Schopenhauer, para pensarmos o cenário catastrófico que está se configurando com a constatação da gravidade de nosso tempo.
Descargas
Citas
BARBOZA, Jair. Sabedoria de vida e práxis em Schopenhauer ou sobre uma possível “esquerda” schopenhaueriana. In: Filosofia alemã de Kant a Hegel (Organização de Marcelo Carvalho e Vinicius Figueiredo). São Paulo: ANPOF, pp.263- 272.
BARBOZA, Jair. A redescobeta da natureza nas filosofias de Schelling e Schopenhauer como reação ao acosmismo de Fichte. In. Nietzsche- Schopenhauer: Ecologia Cinza, natureza agônica/ Ruy de Carvalho, Gustavo Costa, Thiago Mota, (Orgs). Fortaleza: EdUECE, 2013.
CHAKRABARTY, D. “The Climate of History: Four Theses”. In: Critical Inquiry, vol. 35, no. 2, 2009, p. 197-222. DOI: https://doi.org/10.1086/596640
CHEVITARESE, Leandro. A eudemonologia empírica de Schopenhauer: a liberdade que nos resta para a prática de vida. In: REDYSON, Deyve (org.). Arthur Schopenhauer no Brasil: em memória dos 150 anos da morte de Schopenhauer. João Pessoa: Ideia, 2010.
CHEVITARESE, Leandro. Considerações sobre a Atualidade de Schopenhauer. SOFIA (ISSN 2317-2339), Vitória, V.7, N.2, P. 43-58, JUL./DEZ. 2018. DOI: https://doi.org/10.47456/sofia.v7i2.20883
CHEVITARESE, Leandro. Schopenhauer e a ética ambiental. In: Nietzsche-Schopenhauer: ecologia cinza, natureza agônica/Ruy de Carvalho, Gustavo Costa, Thiago Mota (Orgs.). Fortaleza: EdUECE, 2013.
DANOWSKI, Deborah. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há Mundos Porvir? Ensaio sobre o medo e os fins. São Paulo: ISA/Cultura e Barbárie, 2014.
DEBONA, Vilmar. A outra face do pessimismo: entre radicalidade ascética e sabedoria de vida. Tese de Doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2013.
DURANTE, F. Direito Natural e Direitos Fundamentais: A atualidade de Schopenhauer para o debate acerca dos Direitos Humanos. 2017. Departamento de Filosofia. Tese de Doutorado. UNICAMP, 2017.
HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. London: Duke University Press, 2016. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv11cw25q
HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom Cultura Científica Ano 3, N. 5, Abril de 2016, p. 139-146.
HORKHEIMER, M. Schopenhauer und die Gesellschaft. In: Jahburch der Schopenhauergesellschaft für das Jahr, 1955, Band 36. Frankfurt am Main: Waldemar Kramer, 1955. A atualidade de Schopenhauer. Tradução Lucas Lazarini Valente. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia - periodicos.ufsm.br/voluntas - Santa Maria - Vol. 9, n. 2, jul.-dez. 2018, p. 190-208. DOI: https://doi.org/10.5902/2179378636126
HORKHEIMER, M. Schopenhauer e a Sociedade. Tradução Thiago Souza Salvio. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia - periodicos.ufsm.br/voluntas - Santa Maria - Vol. 9, n. 2, jul.-dez. 2018, p. 180-189. DOI: https://doi.org/10.5902/2179378633657
HORKHEIMER, M Die Aktualität Schopenhauers. In: Jahburch der Schopenhauergesellschaft für das Jahr, 1961, Band 42. Frankfurt am Main: Waldemar Kramer, p.12-25, 1961.
HORKHEIMER, M. La actualidad de Schopenhauer. In: HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor. Sociologica. Trad. Victor Sánchez de Zavala. Madrid: Taurus, 1966a.
HORKHEIMER, M. Schopenhauer y la sociedad. In: HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor. Sociologica. Trad. Victor Sánchez de Zavala. Madrid: Taurus, 1966b.
LÜTKEHAUS, L. Schopenhauer Metaphysischer Pessimismus und soziale Frage. Bonn: Bouvier, 1980.
LÜTKEHAUS, L. Esiste una sinistra schopenhaueriana? Ovvero: il pessimismo è un quietismo? In: CIRACÌ, Fabio; FAZIO, Domenico M.; PEDROCCHI, Francesca (Orgs.). Arthur Schopenhauer e la sua scuola. Lecce: Pensa Multimedia, 2007. p. 15-34.
MARTINS, Iasmim. A Natureza como parte da essência íntima do mundo: A questão ambiental na filosofia de Schopenhauer. Rio de Janeiro, PUC-Rio, 2020.
MOORE, Jason. Anthropocene or Capitalocene? Nature, History, and the Crisis of Capitalism. Oakland: PM Press, 2016.
SAFRANSKI, R. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia: uma biografia. Tradução Willian Lagos. São Paulo: Geração Editorial, 2011.
SCHOPENHAUER, Arthur. Aforismos para a sabedoria de vida. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
SCHOPENHAUER, Arthur. O Mundo como Vontade e como Representação. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
SCHOPENHAUER, Arthur.Parerga e Paralipomena. Trad. M. L. M. O. Cacciola. SP: Nova Cultural. 1988. (Col. Os Pensadores).
SCHOPENHAUER, Arthur.Sobre a Vontade na Natureza. Tradução, prefácio e notas Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM POCKET, 2013.
SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre o fundamento da moral. Trad. Maria Lúcia Cacciola. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
VIESENTEINER, J. “Prudentia” e o uso prático da razão em Schopenhauer. In: Revista Voluntas: Estudos sobre Schopenhauer - Vol. 3, Números 1 e 2 - 1º e 2º semestres de 2012, pp. 3-19. DOI: https://doi.org/10.5902/2179378633986
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Iasmim Martins Souto, Michelle Bobsin
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
La sumisión de los originales para este periódico implica la transferencia, por parte de autores, de los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos autorales para los artículos publicados son del autor, con derechos del periódico sobre la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente este periódico como el medio de publicación original. En virtud de ser un periódico de acceso abierto, está permitido el uso gratuito de los artículos en aplicaciones educacionales, científicas, no comerciales, desde que referenciada la fuente (por favor, vea la licencia Creative Commons en el pie de página de este periódico).