A natureza conservadora das pulsões sexuais: um olhar para além da meta ligadora de Eros

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378647117

Palabras clave:

Pulsões de vida, Pulsões sexuais, Natureza conservadora, Ligação.

Resumen

Em 1920, Freud explicita que as pulsões apresentam uma natureza conservadora, já que tendem a retornar a estados anteriores, o que por vezes é visto como uma redefinição do conceito de pulsão em sua teoria. Se isso é ponto pacífico no campo das pulsões de morte, para as pulsões de vida e sua meta de ligar a substância viva em unidades cada vez maiores, é motivo de hesitação, ao ponto do psicanalista chegar a negar a possibilidade de que Eros seja conservador. O presente artigo objetiva analisar esta dificuldade aparente e mostrar que as pulsões sexuais, pertencentes ao grupo das pulsões de vida, sempre foram conservadoras para Freud. Assim, pretende questionar que haja propriamente uma redefinição da noção de pulsão e levantar um problema mais profundo – o fato das pulsões sexuais almejarem retornar a estados menos ligados da vida libidinal e, com isso, esbarrarem na meta de Eros.

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Biografía del autor/a

Munique Gaio Filla, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP

Estudante de Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP

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Publicado

2020-08-28

Cómo citar

Filla, M. G. (2020). A natureza conservadora das pulsões sexuais: um olhar para além da meta ligadora de Eros. Voluntas: International Journal of Philosophy, 11(2), 102–125. https://doi.org/10.5902/2179378647117