O drama do gênio na metafísica do belo de Schopenhauer: sua mais alta expressão no "Torquato Tasso" de Goethe

Autores

  • Iasmim Martins Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633937

Palavras-chave:

Gênio, Contemplação, Drama

Resumo

Para Schopenhauer, o que caracteriza o gênio é o excedente da faculdade de conhecer (genialidade) que lhe possibilita acesso imediato à Ideia por meio da contemplação intuitiva, enquanto puro sujeito do conhecimento. Todavia, esta mesma potencialidade amplifica a vontade do gênio, quando este retoma a condição de indivíduo. Segundo o filósofo, o excedente da faculdade de conhecer pode tomar duas orientações, excludentes entre si: a orientação objetiva, quando ele se torna livre da servidão da vontade, ou a orientação subjetiva, ocasião em que o excedente se coloca a serviço da vontade individual. Por conta dessas duas orientações do excedente, o gênio ora se abstém do sofrimento, ora sofre de maneira extremada. O presente artigo pretende apresentar a hipótese de que o gênio vivencia um drama existencial, que ultrapassa sobremodo o sofrimento natural inerente aos outros homens. Para tanto, objetiva-se recorrer à obra Torquato Tasso do Goethe, citada pelo próprio Schopenhauer

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Biografia do Autor

Iasmim Martins, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Mestranda em Filosofia pela UFRRJ.

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Publicado

2014-12-01

Como Citar

Martins, I. (2014). O drama do gênio na metafísica do belo de Schopenhauer: sua mais alta expressão no "Torquato Tasso" de Goethe. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 5(2), 52–70. https://doi.org/10.5902/2179378633937

Edição

Seção

Artigos