Crítica ao otimismo da vontade de transformação no contexto da pandemia: dois desafios teóricos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378644194

Palavras-chave:

Pandemia, Ideal ascético, Transformação, Aufklärung, Genealogia

Resumo

O objetivo do artigo é questionar o otimismo em relação aos anseios por transformação para algo melhor no contexto pós-pandemia. Por um lado, se é natural que desejemos alguma transformação depois da vivência do flagelo da pandemia – respostas ao sentido do sofrimento como mais um desdobramento dos ideais ascéticos, como escreveu Nietzsche –, por outro lado, o anseio por transformação encontra um limite tanto no sentido do desafio da transformação – um obstáculo para ela mesma –, quanto pelo otimismo nas teses esclarecidas que superestimam os indivíduos e seus potenciais cognitivos e subestimam o potencial dos conflitos internos. Finalizo com uma breve indicação da urgência de um programa genealógico da cultura brasileira.

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Biografia do Autor

Jorge Luiz Viesenteiner, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

Professor do Departamento e da Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

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Publicado

2020-07-03

Como Citar

Viesenteiner, J. L. (2020). Crítica ao otimismo da vontade de transformação no contexto da pandemia: dois desafios teóricos. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 11, e22. https://doi.org/10.5902/2179378644194

Edição

Seção

Ed. Especial: Pandemia e Filosofia (Publicação Contínua)