Complacência estética e satisfação do querer na metafísica do belo de Schopenhauer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378639300

Palavras-chave:

Schopenhauer, Kant, Desinteresse, Complacência

Resumo

Seguindo os passos de Kant, Schopenhauer erige sua Metafísica do belo a partir da concepção de arte “desinteressada”. O conhecimento determinado por motivos proporciona ao espectador da arte o “excitante” e a mera satisfação empírica, mas não o belo ou o sublime. O gênio, representação mais potente e eficaz da subjetividade pura do conhecimento, é descrito no Livro III de O mundo como vontade e representação de modo aparentemente ambíguo: como o Willenlos (isento de vontade), como aquele “livre da tempestade das paixões” e do “ímpeto dos desejos”. Mas, ao mesmo tempo, como aquele “submetido a afetos veementes e paixões irracionais”. No entanto, trata-se, na vivência estética do gênio ou do contemplador da arte, de um prazer desinteressado, de uma complacência de outra ordem que a do homem do senso comum e de ciência. O artigo procura, então, analisar o conceito de complacência ou satisfação estética em Schopenhauer e seu enraizamento na filosofia de Kant.

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Biografia do Autor

Jarlee Oliveira Silva Salviano, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Professor na Universidade Federal da Bahia

 

Referências

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

Salviano, J. O. S. (2019). Complacência estética e satisfação do querer na metafísica do belo de Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 10(3), 190–198. https://doi.org/10.5902/2179378639300