Prática educativa de atenção farmacêutica na área de cuidados paliativos na hemato-oncologia infanto-juvenil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583471046

Palavras-chave:

Oncologia pediátrica, Equipe multiprofissional, Farmacêutico clínico

Resumo

Objetivo: Compreender as implicações de uma proposta de educação permanente na ampliação do conhecimento de profissionais de saúde acerca dos cuidados paliativos no contexto da hematologia-oncologia infanto-juvenil, identificar e analisar os desafios da equipe multiprofissional sobre as necessidades de atenção farmacêutica das crianças e adolescentes, bem como o manejo, reconhecimento e indicação da abordagem dos cuidados paliativos. Método: Caracteriza-se como uma pesquisa-ação com abordagem qualitativa.16 profissionais de saúde da oncologia infanto-juvenil de um hospital regional do sul do país, participaram do estudo. Os dados foram coletados em três momentos: 1) questionário de fase inicial, como fonte de dados para a ação de construção de vídeos educativos; 2) produção dos vídeos educativos com as especificidades do público infanto-juvenil, que teve o intuito de auxiliar na atuação do farmacêutico e multiprofissional no contexto dos cuidados paliativos; e 3) questionário de fase final, que compreendeu os resultados atingidos, feedback da ação, demostrando o quanto os vídeos auxiliaram na aquisição de informações referentes aos cuidados paliativos. Resultados: Através dessa pesquisa, emergiram as seguintes categorias: percepção da equipe multiprofissional sobre os cuidados paliativos; atuação do farmacêutico nos cuidados paliativos, incluindo o uso da morfina e a sedação paliativa; produção e avaliação da proposta educativa. Considerações finais: O diagnóstico das demandas da equipe que fez parte do presente estudo, foi realizado de forma satisfatória e o material produzido contribuiu para o conhecimento dos profissionais envolvidos, produzindo a sensação de empoderamento frente a esses tipos de situações com subsídios para amparar suas atuações. A pesquisa mostrou também como o farmacêutico atuou e sua importância na equipe multiprofissional de cuidados paliativos. Este estudo contribuiu para uma atuação em equipe segura e eficaz no âmbito de cuidados paliativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Nóbrega Marcon, Universidade Federal de Santa Maria

Formada em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), especialista em Hematologia-Oncologia por Residência Multiprofissional em Gestão e Atenção Hospitalar Sistema Público de Saúde da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Mestranda no Mestrado Profissional em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Silvana Bastos Cogo, Universidade Federal de Santa Maria

Formada em Enfermagem pela Universidade Franciscana (UFN), Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Professora adjunta do departamento de Enfermagem, Professora do Programa de pós-Graduação em Enfermagem.

Raquel Prado Thomaz, Hospital Universitário de Santa Maria

Formada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Residência médica em Geriatria pela Pontifica Universidade Católica (PUC-RS), Médica Paliativista em Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Rosmari Hörner, Universidade Federal de Santa Maria

Formada em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestra em Química pela UFSM, que fica na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Doutora em Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que fica na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Atualmente é professora associada da UFSM.

Referências

Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer Infanto-juvenil. Rio de Janeiro: INCA. [acesso em 20 jan 2022]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-infantojuvenil.

Feudtner C, Kang TI, Hexem KR, Friedrichsdorf SJ, Osenga K, Siden H et al. Pediatric palliative care patients: a prospective multicenter cohort study. Pediatrics. 2011;127(6):94-101. DOI: 10.1542/peds.2010-3225.

World Health Organization. WHO Definition of Palliative Care [Internet]. Genebra: World Health Organization; 2020 [acesso em 10 Jan 2020]. Disponível em: www.who.int/cancer/palliative/definition/en.

Crozier F, Hancock LE. Pediatric palliative care: beyond the end of live. Pediatric Nursing. 2012 Aug;38(4):198-203,227.

Cardoso DH, Muniz RM, Schwartz E, Arrieira ICO. Cuidados paliativos na assistência hospitalar: a vivência de uma equipe multiprofissional. Text. Contx. 2013; 22(4): 1134-1141.

D’Alessandro MPS, Pires CT, Forte DN. Manual de cuidados paliativos. São Paulo: Hospital Sírio-Libanês, Ministério da Saúde; 2020.

Cardoso IM. “Rodas de Educação permanente” na Atenção Básica de saúde: analisando contribuições. Saúde. São Paulo. 2012; 21:18-28.

Nogueira TA. Acompanhamento farmacêutico: uma estratégia para o aumento de adesão ao tratamento de pacientes em cuidados paliativos oncológicos. Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicada a Produtos para a Saúde) – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.

Caires MA. Atenção farmacêutica em cuidados paliativos de pacientes oncológicos. Revista On-line IPOG Especialize. 2018; 16(1): 1-13.

Alves RSF, Cunha ECN, Santos GC, Melo MO. Cuidados paliativos: Alternativa para o cuidado essencial no fim da vida. Psicologia: Ciência e Profissão, 39, 1-15. 2019.

Prodanov CC, Freitas EC. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª ed. Novo Hamburgo: Editora Feevale; 2013.

Thiollent M. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Richardson RJ. Pesquisa social: métodos e técnicas. Colaboração Dietmar Klaus Pfeiffer. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2017.

Brasil. Ministério da Educação. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. [online]. Publicado em 06/10/2020; Atualizado em 27/01/2022. [acesso em 15dez. 2021]. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/husm-ufsm/acesso-a-informacao/institucional/sobre

Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010.

Cezar VS, Waterkemper R, Rabin EG, Castilho RK, Reys KZ. Educação permanente em cuidados paliativos: uma proposta de pesquisa-ação. Rev Online Pesq. 2019;11(2):324-32. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2019.v11i2.324-332.

Gozalo P, Plotzke M, Mor V, Miller SC, Teno JM. Changes in Medicarecostswiththegrowthofhospicecare in nursing homes. N Engl J Med. 2015.372(19):1823-31.

Silveira NR, Nascimento ERP, Rosa LM, Jung W, Martins SR, Fontes MS. Cuidado Paliativo e enfermeiros de terapia intensiva: sentimentos que ficam. Rev Bras Enferm. 2016; 69(6):1074-1081.

Rodrigues DMV, Abrahao AL, Lima FLT. Do começo ao fim, caminhos que segui: itinerações no cuidado paliativo oncológico. Saúde debate. 2020; 44(125):349-361.

BRASIL. Ministério da Saúde, Comissão Intergestores Tripartite. Resolução MS/CIT nº41 de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde [internet]. Diário Oficial da União. 23 Nov 2018. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cit/2018/res0041_23_11_2018.html

Iglesias SBO, Zollner ACR, Constantino CF. Cuidados paliativos pediátricos. Resid Pediatr. 2016;6(Supl. 1):46-54. http://dx.doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6s1-10.

MarquesMFM. Cuidados Paliativos em Portugal- A perspetiva e o papel do farmacêutico. Dissertação (Dissertação de mestrado). - Universidade de Coimbra, Coimbra, 2018.

Santos L de P, Fontoura LHM, Silva SFA, Santos ALB, Tanajura GLC, Cunha GC, et al. Manejo seguro de opioides usados no cuidado paliativo: revisão narrativa. 2021. [acesso em 10 jan 2022]. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/7665

Kavalec FL. Participação do farmacêutico nas atividades de cuidados paliativos a pacientes oncológicos. Curitiba, 2004.

Silva AF. Cuidados paliativos em oncologia pediátrica: percepções, saberes e práticas na perspectiva da equipe multiprofissional. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2015:10(04):820-827.

Borges MS, Mendes N. Representações de profissionais de saúde sobre a morte e o morrer. Rev. Bras. Enferm. Brasília, 65(2):324-31, 2012.

Menezes RA, Lima CP de. Sedação paliativa em fim de vida: debates em torno das prescrições médicas. Rev. M (Rio J.) [Internet]. 22º de maio de 2019 [citado 30º de janeiro de 2023];3(6):405-20. Disponível em: http://seer.unirio.br/revistam/article/view/9047

Downloads

Publicado

2024-02-26

Como Citar

Marcon, M. N., Cogo, S. B., Thomaz, R. P., & Hörner, R. (2024). Prática educativa de atenção farmacêutica na área de cuidados paliativos na hemato-oncologia infanto-juvenil. Saúde (Santa Maria), 49(2). https://doi.org/10.5902/2236583471046

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>