Análise da toxicidade de uma Fluoropirimidina em Protocolo Quimioterápico
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583436138Palavras-chave:
Câncer colorretal, FOLFOX, FOLFIRI, Toxicidade de drogasResumo
Objetivo: avaliar as toxicidades mais frequentes baseadas nos efeitos do 5-fluorouracil em pacientes com neoplasia colorretal submetidos à quimioterapia com 5-fluorouracil em associação com ácido folínico, oxaliplatina (FOLFOX) e irinotecano (FOLFIRI). Métodos: Estudo transversal conduzido em uma instituição pública brasileira em pacientes com diagnóstico prévio de câncer colorretal que receberam ciclos de quimioterapia infusional durante 48 horas a cada duas semanas, num total de 12 ciclos ou 24 semanas de tratamento. As variáveis estudadas foram obtidas pela revisão dos prontuários, através de um levantamento no serviço de arquivo médico e estatístico (SAME). Resultados: A idade variou de 35 a 84 anos com média total de 60,75 anos, sendo 56,25% do gênero feminino e 43,75% do masculino. As toxicidades mais comumente observadas foram náuseas, dor no estômago e fraqueza muscular. Nenhum paciente se encontrava nos estádios 0 e I, 25% (n= 4) em II, 31,25% (n= 5) em III e 43,75% (n= 7) em IV. Conclusões: Nota-se que as fluorpirimidinas continuam a ser o pilar no tratamento do câncer. Sendo assim, nessa perspectiva a identificação da atividade enzimática da Dihidropirimidina Desidrogenase (DPD) está fortemente relacionada a farmacologia do 5-FU, com isso, a determinação desta enzima antes no início da terapia tem-se demonstrado fundamental para identificar pacientes com alto risco de doença grave e toxicidade potencialmente fatal.
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