A arte, sua razão excludente e as políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734836348Palavras-chave:
Arte, Colonialidade da arte, Estética, Aesthesis decolonialResumo
Objetivando estabelecer uma abordagem simétrica das produções visuais de Mato Grosso para constituição do acervo do site Visual Virtual MT, o projeto Artes visuais em Mato Grosso: acervo, difusão e crítica se viu perante alguns impasses colocados pela categoria “arte”. Ao pretender des-hierarquizar o que o Ocidente, para preservar a categoria, denomina de “artesanato” (produção popular), “artefato” ou “adereço” (produções indígenas), compreendemos o funcionamento da arte como dispositivo de colonialidade que sustenta um valor máximo para a produção ocidental (centro-europeia e estadunidense) e subalterniza, em diferentes posições, a produção do resto-do-mundo. Essa hierarquia necessária à manutenção do sistema artístico, conforme o concebe o Ocidente, é garantida por uma “razão excludente”. Este texto aborda dois dos vários critérios que operam a exclusão no âmbito da categoria arte. Em seguida, ensaiamos uma crítica às políticas públicas no Brasil que acaba reproduzindo alguns dispositivos de colonialidade exatamente pelo não enfrentamento das categorias.
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