Do Corpo-Criança ao Corpo-Aluno: Estratégias de Controle e Possibilidades de Resistência pela Dança na Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734864933Parole chiave:
educação infantil, corpo, relações de poder, dançaAbstract
O artigo discute dados de investigação de mestrado, que teve entre seus objetivos problematizar a vivência da corporeidade no contexto da pré-escola, bem como considerar a dança como uma linguagem que proporcionaria uma formação humana que supera o controle dos corpos, empreendidos nos espaços educativos. O percurso teórico-metodológico contou com a realização de observações do cotidiano institucionalizado em duas turmas de pré-escola e registros em diário de campo da configuração dos espaços, das relações e das práticas. O contexto investigado revelou-se marcado por relações de poder que anulam o corpo-criança e buscam instituir o corpo-aluno, tanto pela organização espacial e pelas ações desenvolvidas, principalmente, pelas verbalizações manifestas.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ALMEIDA, F. de S. A dança e a criança de Educação Infantil: um caminho de aproximação. São Paulo, 2011. Não paginado.
BARBOSA, C. J.; BORBA, M. T. P. de. Silêncio dentro da sala de aula. Entreideias, Salvador, n. 20, p. 83-98, jul./dez. 2011. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/3611. Acesso em: 02 mar. 2021.
BONFIM, P. V.; OSTETTO, L. E. Para pensar o apagamento ritualizado dos corpos na creche: adultos, bebês, atividades. Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 5, n. 3, p. 491-507, 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/45278/31551. Acesso em: 02 mar. 2021.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Brasília, DF: MEC, 2009.
CARVALHO, R. S. de. Educação Infantil: práticas escolares e o disciplinamento dos corpos. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Porto Alegre, UFRGS. 2005.
CEBULSKI, M. C. Um diálogo entre Vygotsky e o sistema teórico da afetividade ampliada: o teatro na educação básica e o desenvolvimento sócio emocional humano. Tese (Doutorado em Educação). Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná. 2014.
COLELLO, S. M. G. Alfabetização e motricidade: revendo essa antiga parceria. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 87, p. 58-61, nov. 1993. Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/927. Acesso em: 02 mar. 2021.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1999.
GALVÃO, P. T.; CAMARGO, D. A dança na prática pedagógica com crianças: olhares e reflexões de uma professora em formação. Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 302-323, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/45838/32180. Acesso em: 02 mar. 2021.
GUIMARÃES, M. C. A. Rudolf Laban: uma vida dedicada ao movimento. In: MOMMENSOHN, M.; PETRELLA, P. (Orgs.). Reflexões sobre Laban: o mestre do movimento. São Paulo: Summus, 2006.
HORN, M. da G. S. Brincar e interagir nos espaços da escola infantil. Porto Alegre: Penso, 2017.
KISHIMOTO, T. M. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2002.
KOHAN, W. O. A infância da Educação: o conceito devir-criança. 2003. Disponível em: www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0184.html. Acesso em: 02 mar. 2021.
LAVAL, C. Foucault, Bourdieu e a questão neoliberal. São Paulo: Elefante, 2020.
LIRA, A. C. M. Pedagogização da infância: refletindo sobre poder e regulação. Inter-Ação, Goiânia, v. 2, n. 33, p. 317-341, jul./dez. 2008. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/5270. Acesso em: 02 mar. 2021.
LIRA, A. C. M.; DREWINSKI, J. M. de A.; SAPELLI, M. L. S. Educação Infantil para crianças de quatro e cinco anos: entre a obrigatoriedade, o direito e a imposição. Imagens da Educação, Maringá, v. 6, n. 2, p. 84-97, 2016. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/27947. Acesso em: 02 mar. 2021.
LÓPEZ-LÓPEZ, M. A.; GALDINO, G. R. A potência do corpo e da corporeidade nas práticas e vivências educativas. Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 6, n.1, p. 129-140, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/45830/32166. Acesso em: 02 mar. 2021.
LUENGO, F. C. A vigilância punitiva: a postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância. [E-book]. São Paulo: UNESP/Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/sw26r/pdf/luengo-9788579830877.pdf. Acesso em: 02 mar. 2021.
MARQUES, I. M. M. de A. Dança e Educação. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 18, p. 5-22, jan./dez. 1990. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rfe/article/view/33450. Acesso em: 02 mar. 2021.
OLIVEIRA, Dayse. A música como instrumento de poder. Jundiaí: PACO, 2011.
PERROTTI, E. A criança e a produção cultural. In: ZILBERMAN, R. (Org). A produção cultural para a criança. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.
QUEIROZ, N. L. N.; MACIEL, D. A.; BRANCO, A. U. Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural construtivista. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 16, n. 34, 169-179, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/paideia/v16n34/v16n34a05.pdf. Acesso em: 02 mar. 2021.
SABOT, P. O que é uma sociedade disciplinar? Gênese e atualidade de um conceito, a partir de Vigiar e Punir. DoisPontos, Curitiba, v. 14, n. 1, nov. 2017. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/56536. Acesso em: Acesso: 02 mar. 2021.
SANTOS, A. C. R. F. dos. Corporeidade infantil: quando o corpo-criança é transformado no corpo-aluno. 2020. 104f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, 2020.
SANTOS, A. S dos; GUIMARÃES, D.; ARENHART, D. Corpos cheios de si e do outro: encontros entre crianças e adultos na creche. Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 5, n.3, p. 508-524, 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/45803/31552. Acesso em: 02 mar. 2021.
SERÓDIO, S. C. F.; STEINLE, M. C. B. A importância da organização do espaço para atender o aluno do 1º ano do ensino fundamental de nove anos. Anais da XVI Semana da Educação, Londrina, 2016. Disponível em: www.uel.br/eventos/semanadaeducacao/pages/anais/2015.php. Acesso em: 02 mar. 2021.
SILVA, A. F. F. da; SANTOS, E. C. M. dos. A importância do brincar na Educação Infantil. Curso de especialização “Desafios do trabalho cotidiano: a educação das crianças de 0 a 10 anos”. Rio de Janeiro, 2009.
STRAZZACAPPA, M. A educação e a fábrica de corpos: a dança na escola. Cadernos Cedes, Campinas, ano XXI, n. 53, abril 2001. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n53/a05v2153.pdf. Acesso em: 02 mar. 2021.
VEIGA-NETO, A. Crise da modernidade e inovações curriculares: da disciplina para o controle. Sísifo/Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 7, p. 141-149, set./dez. 2008. Disponível em: https://madmunifacs.files.wordpress.com/2016/04/veiga-neto-modernidade-e-curriculos.pdf. Acesso em: 02 mar. 2021.
WAHBA, L. L.; SCHMITT, P. S. A criança e a dança: observação clínica em grupo sobre o processo de individuação. Boletim Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, v. 33, n. 85, p. 427-445, 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1415-711X2013000200014&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 02 mar. 2021.
##submission.downloads##
Pubblicato
Versioni
- 2022-01-31 (2)
- 2021-12-27 (1)