Esquizodrama das máquinas políticas: klínica, estética e formação
DOI :
https://doi.org/10.5902/1983734870478Mots-clés :
Esquizoanálise, Drama, Psicologia, Educação, ClínicaRésumé
Desde o início da pandemia da COVID-19, o Instituto Gregorio Baremblitt ministra sua Formação de esquizodramatistas no formato on-line. A apresentação da esquizoanálise e do esquizodrama se dá pelas vias das práticas teórica e vivencial, havendo a experimentação de diversos dispositivos klínicos. O objetivo deste artigo é conhecer os discursos e afetos dos participantes da klínica das máquinas políticas, para discutir quais efeitos são eliciados pelos dispositivos que utilizam procedimentos estéticos no processo vivencial e formativo, nesses tempos de pandemia e fundamentalismos. Como método os cento e vinte participantes experimentaram o supracitado dispositivo e enunciaram posteriormente as afecções vividas, bem como imagens e representações emergentes. Foram performatizadas quatro máquinas políticas por meio de utilização de músicas: 1º a máquina estatal, 2º a máquina capitalista, 3º a máquina neofascista e 4º a máquina do devir-guerreira. Constatamos que houve uma grande intensidade na dramatização das músicas articuladas a cada máquina política, que catalisou o processo klínico de forma muito mais contundente que os dispositivos de grupo meramente verbais. A máquina neofascista foi a primeiro a ressoar, trazendo sensações de apatia e paralisia. Já a máquina do devir-guerreira atualizou forças de transmutação e ancestrais, propiciando possíveis linhas de fuga e um agenciamento de forças distinto.
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