A Direção de Fotografia no Cinema: uma abordagem sistêmica sobre seu processo de criação
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734840856Palabras clave:
Direção de Fotografia, Poética do Cinema, Autoria Colaborativa, ComplexidadeResumen
O presente artigo tem como objetivo entender o papel do Diretor de Fotografia dentro de uma produção cinematográfica de caráter ficcional. Tendo como fundamento analítico os teóricos dos sistemas Edgar Morin e Jorge Vieira, o texto nos conduz a uma reflexão sobre o processo de co-autoria, fugindo das simplificações e trazendo a complexidade à poética do cinema. O artigo ainda aborda os aspectos antogônicos e contraditórios de duas metodologias de produção: a) de um lado o burocratizado modelo hollywoodiano fordista-taylorista adotado como parâmetro organizacional em produções cinematográficas no começo do século XX pelo cinema de indústria; b) de outro o modelo elitizado e romântico do “cinema de autor” cuja matriz relega apenas ao cineasta a assinatura de um filme; para depois complexificá-los por meio de parâmetros sistêmicos de análise. O artigo termina expondo o caminho evolutivo encontrado no processo de criação vinculado ao Diretor de Fotografia e qual seu papel na consolidação da poética cinemática de um diretor de cinema, e ainda aborda o caráter poli-funcional das produções atuais em que este profissional também assume ou acumula outras funções na confecção de um filme em plataforma digital.
Descargas
Citas
AUMONT, JACQUES. As teorias dos cineastas. Campinas: Papirus Editora, 2004.
___________________ O cinema e a encenação. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2006.
AUMONT, Jacques e outros. A estética do filme. Campinas: Papirus Editora, 2002.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I – Magia e técnica. Arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.
BORDWELL, David. Poetics of Cinema. New York: Routledege, 2008.
BROWN, Blain. Cinemetography: Theory and Practice. Image making for cinematographers, directors and videographers. Oxford: Focal Press, 2002.
DEULEZE, Gilles. A Imagem-Movimento. Cinema I. Lisboa: Assírio & Alvim, 2˚ edição, 2009.
_______________ A Imagem-Tempo. Cinema II. São Paulo: Brasiliense, 2007.
LAWSON, John Howard. O Processo de Criação no Cinema. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas & Pós-cinemas. Campinas: Editora Papirus, 5˚ edição, 2008.
MCKEE, Robert. Story – Substância, estrutura, estilo e os princípios da escrita de roteiros. Curitiba: Arte & Letra Editora, 2004.
MERCADO, Gustavo. The Filmmaker’s Eye. Oxford: Elsevier, 2011.
MORIN, Edgar. O Método 1 – a natureza da natureza. Porto Alegre: Editora Sulina, 2008.
_____________ O Método 2 – a vida da vida. Porto Alegre: Editora Sulina, 2005.
MOURA, Edgar. 50 anos luz, câmera e ação. São Paulo: Editora Senac, 1999.
PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000.
SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e pensamento – sonora, visual, verbal. São Paulo: Editora Iluminuras, 2001.
_________________ Estética – de Platão a Peirce. São Paulo: Editora Experimento, 2000.
SANTOS, Marcelo Moreira. Os Oito Odiados: uma análise semiótico-sistêmica-psicanalítica. Revista Famecos (PUC-RS), v.24, n.2, 2017.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas: Papirus Editora, 2000.
VIEIRA, Jorge de Albuquerque. Ciência – Formas de Conhecimento: Arte e Ciência uma visão a partir da complexidade. Fortaleza: Gráfica e Editora, 2007.
__________________________Ontologia – Formas de Conhecimento: Arte e Ciência uma visão a partir da complexidade. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2008.
XAVIER, Ismail org., A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2003.
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico. São Paulo: Editora Paz e Terra, 4˚ edição, 2008.