O que estudam os estudos de cultura visual?

Autor/innen

  • Pablo Sérvio Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734812393

Schlagworte:

Cultura visual, Visualidade, Campo, Objeto

Abstract

Este artigo busca respostas para a pergunta “o que estudam os estudos de cultura visual?”. Busca demonstrar que a dificuldade em responder a esta interrogação feita com frequência por alunos que se interessam pelos trabalhos de autores vinculados à Cultura Visual é compreensível. Argumenta que isso ocorre porque, apesar das semelhanças aparentes entre estes trabalhos, eles trilham caminhos específicos. O texto propõe uma revisão bibliográfica que mapeia esse labirinto e auxilia os alunos a perceberem diferentes nuanças. Inicia questionando os conceitos de visão e visualidade e, em seguida, identifica dois importantes dissensos entre os autores deste campo. O primeiro, refere-se ao debate entre autores que focam exclusivamente experiências visuais mediadas por imagens ou artefatos visuais e aqueles que se posicionam em favor de um conceito de visualidade mais amplo do que “estudo de imagens”. O segundo dissenso, refere-se à delimitação ou não de um foco histórico, ou seja: estudar toda e qualquer época ou apenas uma época específica? O artigo ressalta, ainda, que em meio a esses debates há uma variedade de usos da expressão “Cultura Visual” que precisa ser compreendida.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Pablo Sérvio, Universidade Federal de Goiás

Bolsista Capes no Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual-Doutorado da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, é mestre em Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás, Especialista em Teoria da Comunicação da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e graduado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina, Piauí.

Literaturhinweise

BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

CAMPOS, Ricardo Marnoto de Oliveira. Pintando a cidade: uma abordagem antropológica ao graffiti urbano. Tese (Doutorado em antropologia) - Universidade Aberta. Lisboa, 2007.

CANCLINI, Nestor Garcia. Diferentes, desiguais e desconectado: mapas da interculturalidades. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005.

CHABRIS, Christopher; SIMONS, Daniel. O gorila invisível: e outros equívocos da intuição. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

COSTA, Fernando Braga da. Homens invisíveis: relato de uma humilhação social. São Paulo: Globo Livros, 2004

CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

ELKINS, James. Visual studies: a skeptical introduction. London: Routledge, 2003.

EVANS, Jessica; HALL, Stuart (org.). Visual Culture: the reader. London: Sage, 1999.

FOSTER, Hal (org.). Vision and visuality. Seattle: Bay Press, 1988.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. O nascimento da prisão. 32. ed. Petrópolis: Vozes, 1987.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

__________. The work of representation. In: Hall, Stuart (org.). Representation: cultural representation and signifying practices. London: Sage, 1997. p. 13-72.

JAY, Martin. Downcast eyes: the denigration of vision in twentieth-century french thought. London: University of California Press, 1994.

_________. Refractions of Violence. London: Routledge, 2003.

_________. That Visual turn: the advent of visual culture. Journal of Visual Culture. Vol.1. no.2, p.87-92. 2002.

KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Estudos Culturais: Identidade e política entre o moderno e o pós-modernos. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

KNAUSS, Paulo. Aproximações disciplinares: história, arte e imagem. Anos 90, Porto Alegre, v.15, n.28, p.151-168, dez. 2008.

_____________. O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual. ArtCultura, Uberlândia, v. 8, n. 12, p. 97-115, jan.-jun. 2006.

LAMEIRA, A. P.; Gawryszewski,L. G.; Pereira Junior, A.. Neurônios Espelho. Psicologia USP, v. 17, p. 123-133, 2006.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra. Rumo a uma história visual. In: Martins, José de Souza; Eckert, Cornelia; Caiuby Novaes, Sylvia (Org.). O imaginário e o poético nas Ciências Sociais. Bauru: Edusc, 2005.

MIRZOEFF, Nicholas. An introduction to visual culturee. London: Routledge, 1999.

________. On Visuality. Journal of Visual Culture. v.5, n.1, 2006, p. 53-79.

________. Seinfeld. London: British Film Institute, 2008.

MITCHELL, W.J.T. Cloning Terror: The War of Images, 9/11 to the Present. Chicago: University Of Chicago Press, 2011.

________. Showing seeing: a critique of visual culture. Journal of Visual Culture. vol. 1, no. 2, 2002. p. 165.181.

OSPINA, Lucas. El día que el arte desnudó a Jorge Bergoglio. 2013. Disponível em: http://esferapublica.org/nfblog/?p=58684. Acesso em: 16 mar. 2013.

PEGORARO, Éverly. Estudos da cultura visual e estudos culturais: aproximações e divergências. Confederación Iberoamericana de Asociaciones Científicas y Académicas de la comunicación. Anais. São Paulo, ECA-USP, 2011.

SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

STURKEN, Marita. Tangled Memories: The Vietnam War, the AIDS Epidemic, and the Politics of Remembering. Los Angeles: University of California Press, 1997.

STURKEN, Marita; CARTWRIGHT, Lisa. Practices of looking: an introduction to visual culture. New York: Orford University Press, 2001.

WALKER, John A; CHAPLIN, Sarah. Una introducción a la cultura visual. Barcelona: Octaedro, 2002.

WOLFF, Janet. After Cultural Theory: The Power of Images, the Lure of Immediacy Journal of Visual Culture. vol. 11, no. 1, 2012. p. 3-19.

Veröffentlicht

2014-08-08

Zitationsvorschlag

Sérvio, P. (2014). O que estudam os estudos de cultura visual?. Revista Digital Do LAV, 7(2), 196–215. https://doi.org/10.5902/1983734812393