O Reencantamento da escola: um paradigma ético-estético na educação
DOI:
https://doi.org/10.5902/198373488995Palavras-chave:
Escola, Paradigma ético-estético, Criação e deviresResumo
O presente artigo aborda a instituição Escola a partir de um paradigma ético-estético via seus processos de criação. Busca-se problematizar como tal paradigma pode alterar os contornos institucionais e os seus modos de subjetivação. Considera-se que a Escola é composta, simultaneamente, por um plano de organização que mantém as formas e os estriamentos, e, por um plano de consistência que compõe os espaços lisos mutantes. O foco deste artigo dar-se-á sobre o plano de consistência, uma vez que este abriga os processos de criação e as possibilidades de devir. Conceber uma educação voltada para os devires é um posicionamento político – uma política dos devires - baseado em uma ética que só pode ser concebida, juntamente, com a estética, uma vez que entende-se que a construção ética forma-se pelas atitudes estéticas que cada experiência educacional exige. Enfim, pretende-se transgredir clichês de representação sobre a própria Escola como um lugar instituído, ausente de transformação. Busca-se extrair, desta rocha-escola calcificada pelos estriamentos, os seus fluxos, devires e multiplicidades.
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