Laudo médico como elemento (im)prescindível na sala de recursos multifuncionais
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644465981Palavras-chave:
Educação Especial, Laudo médico, Atendimento em Sala de Recursos, Políticas Públicas em Educação.Resumo
Este estudo tem por objetivo compreender, na visão dos professores do Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recurso Multifuncionais, se o laudo médico é considerado um instrumento imprescindível ou prescindível na realidade vivenciada. Para tanto, se caracteriza como uma pesquisa quanti-quali e exploratória, com base em dados secundários, que teve como participantes 40 professoras que atuavam nas Salas de Recursos Multifuncionais e que fazem parte de uma Secretaria Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais. Os resultados apontam que as Salas de Recurso Multifuncionais, no momento da pesquisa, eram frequentadas tanto por estudantes público-alvo da educação especial, como por estudantes com outras especificidades. O que nos levou a questionar a exigência do laudo médico. Os dados da pesquisa apontam que para alguns professores a exigência é vista como uma forma de exclusão, já que o acesso ao laudo não é um percurso simples e acessível para todas as famílias e nem todos os estudantes do atendimento educacional especializado faziam parte do público alvo. Para outros professores ele é um apoio para a intervenção pedagógica. Ao final foi possível evidenciar que o laudo é um instrumento que em uma perspectiva inclusiva deveria servir apenas como complemento. Conclui-se que a maneira como a política atual se estrutura, não resolve o problema dos encaminhamentos, mas sim deixa uma lacuna no atendimento de estudantes que não se enquadram na política de educação especial sendo mais uma vez excludente.
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