Pensamiento-acción de mujeres negras del sur de Brasil desdibujando los límites de la historia intelectual, la educación y la pos-abolición
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644487447Palabras clave:
Pensamientos de mujeres negras, Historia posterior a la abolición, Historia de la educación negraResumen
Investigase la formación del pensamiento-acción de las mujeres negras en el sur de Brasil. Así como existe una larga tradición de pensamiento negro en América, existe una pequeña producción concentrada en pensadoras negras brasileñas. Más aún en el sur del país, espacio que preserva una imagen pública de presencia exclusiva de descendientes de inmigrantes europeos. Al entender a las mujeres negras como agentes de conocimiento, cuestionase qué tipo de pensamiento se generó desde el sur de Brasil. Adopta como método el análisis de evidencias a partir de las experiencias de Luciana Lealdina de Araújo (1970-1930), creadora de dos asilos para niñas, los textos y acciones de las educadoras Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2012), Jeruse Romão (1960– actualidad), Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (1942–actualidad) y la socióloga Luiza Bairros (1953-2016). El objetivo es romper con el silenciamiento de acciones y pensamientos. El lente del análisis son los problemas de la libertad de los negros que informan el campo de estudio de la historia posterior a la abolición en las Américas. Como resultado, señala que esta ruptura da visibilidad a la producción de mujeres negras activistas sociales, quienes convirtieron sus escritos en una traducción del pensamiento radical que las informó y motivó. En conclusión, se afirma que el pensamiento-acción de estas mujeres comprende la educación como emancipación y oposición a la exclusión. Además de no sólo insertarse, sino desdibujar los límites de los campos de la historia intelectual y la educación negra en Brasil.
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