El perfil de los estudiantes con informe médico en una Escuela Secundaria Estatal: Transformar prejuicios en patologías

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644471210

Palabras clave:

Medicalización, Escuela secundaria, Educación especial

Resumen

La presente investigación desarrollada en 2020 tuvo como objetivo conocer el perfil de los estudiantes con informe médico de una Escuela Secundaria Estatal del municipio de Serra, Espírito Santo, Brasil. Se desarrolló un estudio documental que permitió analizar las planillas de matrícula e informes médicos de 21 estudiantes de educación secundaria. La recolección de datos arrojó que todos los estudiantes del estudio formaban parte del Servicio Educativo Especializado del colegio. De ellos, el 71% eran hombres. En cuanto a los datos raciales, el 61% se declaró mestizo o negro. En cuanto a los diagnósticos, el 57% fue diagnosticado con Retraso Mental, lo que sumado al 19% con Discapacidad Intelectual/Cognitiva, sumaron el 76% de los estudiantes encuestados. Se concluyó que, según el perfil de los estudiantes y los diagnósticos identificados, parece existir una concepción en la escuela y en los diagnósticos médicos que apunta a la naturalización del desarrollo humano desde perspectivas atravesadas por determinantes biológicos e individualizantes, demostrando, como en Según otros estudios, la vida escolar cotidiana se ha constituido a través de una historia marcada por los prejuicios y la homogeneización, en la que son los niños, negros y pobres, quienes más sufren esta lógica.

Biografía del autor/a

Elizabete Bassani, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduação e mestrado em Psicologia, doutorado e pós-doutorado em Educação. Professora Adjunto no Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Medicalização da Educação da Ufes.

 

Eduarda Fernandes Silva Duarte, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Língua Portuguesa e Literatura de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Júlia Arrebola, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Psicologia pelas Faculdades Integradas São Pedro (FAESA) e em Língua Portuguesa e Literatura de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

 

Jair Ronchi Filho, Universidade Federal do Espírito Santo

Psicólogo, Pedagogo, Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Professor Associado da Universidade Federal do Espírito Santo. Professor no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação.

 

Simone Cardoso Lisboa Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Nutrição, com doutorado em Microbiologia, ambos pela Universidade Federal de Viçosa. Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, com pesquisas e ações de extensão na área de Educação Alimentar e Nutricional, Alimentação Coletiva e Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional.

Citas

ANGELUCCI, Carla Biancha. A patologização das diferenças humanas e seus desdobramentos para a educação especial. In: 37ª REUNIÃO NACIONAL ANPED. Trabalho encomendado. GT15 – Educação Especial, UFSC-Florianópolis, 2015. Anais [...]. Florianópolis, 2015.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BASSANI, Elizabete; VIÉGAS, Lygia de Sousa. A medicalização do “fracasso escolar” em escolas públicas municipais de ensino fundamental de Vitória-ES. Revista Entrei deias: Educação, Cultura e Sociedade, Salvador, v. 9, n. 1, p.1-23, jan/abr., 2020.

BASSANI, Elizabete. As políticas quantificadoras da educação e as novas formas de exclusão: os inclassificáveis. 2013. 211 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2013.

BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Fim de Século – Edições Sociedade Unipessoal Ltda. Lisboa: [s.n.], 2003.

CARVALHO, Marília Pinto de. O fracasso escolar de meninos e meninas: articulações entre gênero e cor/raça. Cadernos Pagu, Campinas (SP), n. 22, 2004.

CASELAS, José. Figuras Contemporâneas do Biopoder. Saberes, Natal, v. 1, n. 2, p. 81-92, maio, 2009.

COLLARES, Cecília Azevedo Lima; MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. Preconceitos no cotidiano escolar: ensino e medicalização. São Paulo: Ed. Autor, 2015.

COLLARES, Cecília Azevedo Lima; MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso; RIBEIRO, Mônica Cintrão França (org.) Novas capturas, antigos diagnósticos na era dos transtornos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013.

FERREIRA, Elen Cristinada Silva. e OLIVEIRA, Nayara Maria de. Evasão escolar no ensino médio: causas e consequências. Scientia Generalis, [S.I.], v. 1, n. 2, p. 39-48, 2020.

FÓRUM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA SOCIEDADE. Carta do IV Seminário Internacional A Educação Medicalizada: desver o mundo, perturbar os sentidos. In: IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL A EDUCAÇÃO MEDICALIZADA, 2015. Disponível em: http:// seminario4.medicalizacao.org.br/carta-do-iv-seminario-internacional-a-educacao-medicalizada-desver-o-mundo-perturbar-os-sentidos/. Acesso em: 26 mar. 2022.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, Michel. Crise da medicina ou da antimedicina? Verve, n. 18, p. 167-194, 2010.

ILLICH, Ivan. A Expropriação da Saúde: Nêmesis da Medicina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Censo escolar 2021. Divulgação e Resultados. Brasília: MEC, 2022.

MONARCHA, Carlos. Brasil arcaico, escola nova: ciência, técnica & utopia nos anos 1920-1930. São Paulo: UNESP, 2009.

MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. A institucionalização invisível: Crianças-que-não-aprendem-na-escola. Campinas: Mercado de Letras, 2001.

MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso; COLLARES, Cecília Azevedo Lima. A educação na era dos transtornos. In: VIÉGAS, Lygia de Souza et al. (org.). Medicalização da educação e da sociedade: ciência ou mito? Salvador: UFBA, 2014. p. 47-68.

NUEMBERG, Adriano Henrique. Contribuições de Vigotski para a educação de pessoas com deficiência visual. Psicologia em estudo, Maringá, v. 13, n. 2, p. 307-306, abr./jun. 2008.

OLIVEIRA, Débora Nascimento de; BASSANI, Elizabete; RONCHI FILHO, Jair. Discursos Medicalizantes na Educação Infantil: problematizações em torno da educação especial. Educação, Sociedade & Culturas, [S.I.], n. 57, p. 223-241, 2020.

ORTEGA, Francisco. Das utopias sociais a utopias corporais: identidades somáticas e marcas corporais. In: ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de, EUGENIO, Fernanda (org.). Culturas Jovens. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

PAN, M. A. G. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba: Ibpex, 2008.

PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

ROSE, Nikolas. The Politics of Life Itself, Biomedicine, Power, and Subjectivity in the Twenty-First Century. Princeton University Press, 2007.

SILVA, Carla Maciel da. Deficiência Intelectual no Brasil: Uma análise relativa e a um conceito e aos processos de escolarização. 2016. 102 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2016.

SOUZA, Beatriz de Paula; SOBRAL, Kelly Regina. Características da clientela da orientação à queixa escolar: revelações, indicações e perguntas. In: SOUZA, Beatriz de Paula (org.). Orientação à queixa escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p. 119-134.

SOUZA, Marilene Proença Rebello de. A queixa escolar e a formação do psicólogo. Tese (doutorado) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996. p. 176-462.

SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Formação de psicólogos para o atendimento a problemas de aprendizagem: desafios e perspectivas. Estilos da Clínica, São Paulo, v. 5, n. 9, p. 134-154, 2000.

UNTOIGLICH, Gisela. Construcciones diagnósticas em la infancia. In: UNTOICLICH, Giselaet al. En la infância los diagnósticos se escriben con lápiz: la patologización de las diferencias en la clínica y la educación. Buenos Aires: Centro de Publicaciones Educativas y Material Didáctico, 2014. cap. III, p. 59-84.

VIANNA, Claudia e FINCO, Daniela. Meninas e meninos na educação infantil: uma questão de gênero e poder. Cadernos Pagu, Campinas, n. 33, p. 265-283, 2009.

VIÉGAS, Lygia de Sousa et al. (org.). Medicalização da Educação e da Sociedade: ciência ou mito? Salvador: EDUFBA, 2014.

VITORINO, Janete Leony. Sucesso nas meninas, fracasso nos meninos: o papel dos contextos nos Distúrbios de Aprendizagem e Gênero. Revista Científica Aprender, 3. ed. set. 2009.

Publicado

2024-02-12

Cómo citar

Bassani, E., Duarte, E. F. S., Arrebola, J., Filho, J. R., & Pereira, S. C. L. (2024). El perfil de los estudiantes con informe médico en una Escuela Secundaria Estatal: Transformar prejuicios en patologías. Educación, 49(1), e32/1–24. https://doi.org/10.5902/1984644471210