Ir à escola noutra cultura: uma leitura hermenêutica do filme “E Buda desabou de vergonha”
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644465700Palabras clave:
Culturas infantis, Criança e autonomia, Hermenêutica.Resumen
O objetivo do texto é apresentar uma leitura hermenêutica do filme E Buda desabou de vergonha para, numa perspectiva antropológica, abordar o brincar e a construção da autonomia da criança. O cinema, abordado aqui como itinerário de formação, apresenta-se como uma importante ferramenta teórico-metodológica para trazer à tona elementos de formação humana. Num contexto em que estudantes do sexo feminino são excluídas de quase todas as oportunidades educacionais no Afeganistão até 2001, com instalação do regime talibã, Bakhtai, uma garotinha afegã de etnia hazara, de seis anos de idade, fica determinada em ir para escola ao ver seu vizinho Abbas ler em voz alta. É enfrentando uma trajetória com diversas barreiras presente em sua cultura que Bahktai busca aprender histórias divertidas. Conclui-se que a leitura do filme, enquanto texto de outra cultura, é um importante aliado para a formação de professores por evidenciar elementos para uma reflexão sobre limites e possibilidades do protagonismo infantil na cultura onde a criança vive.
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