Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644445306

Palabras clave:

Filosofia da Educação, Igualdade, Jacques Rancière

Resumen

Em O Espírito da Leis, Montesquieu atribui à educação – e, em particular, à sua forma escolar – a tarefa de difundir e cultivar o amor à igualdade, por ele concebido como a virtude política por excelência e como o princípio afetivo que sustenta o regime republicano como modo de vida. O desafio que sua obra lança aos educadores – o de viabilizar uma educação comprometida com o amor à igualdade – mobiliza os discursos educacionais republicanos que, desde então, procuraram conceber meios de efetivar o princípio da igualdade no âmbito das instituições educativas. O presente artigo analisa diferentes formas pelas quais os discursos educacionais se propuseram a operacionalizar esse princípio no plano das relações educativas. Partimos da análise da escola pública como esforço de efetivação do princípio liberal da igualdade de oportunidades e apresentamos, a seguir, as críticas a ela endereçadas pelas teorias reprodutivistas e pelas correntes pedagógicas autoproclamadas histórico-críticas. Em um terceiro momento, buscamos articular as críticas de Jacques Rancière a ambas as correntes, apresentando uma perspectiva na qual o compromisso com a igualdade não é concebido como um objetivo da ação educativa a ser alcançado no futuro, mas como um axioma capaz de produzir efeitos igualitários em suas ações presentes.

Biografía del autor/a

José Sérgio Fonseca de Carvalho, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo

Professor Titular de Filosofia da Educação na Universidade de São Paulo (USP). 


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Publicado

2021-06-30

Cómo citar

Carvalho, J. S. F. de. (2021). Igualdade é uma palavra que o sonho humano alimenta: Rancière e a crítica aos discursos pedagógicos contemporâneos. Educación, 46(1), e60/ 1–22. https://doi.org/10.5902/1984644445306

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