<b>"O menino e a folha de capim": trajetórias do fazer musical da infância</b>
DOI:
https://doi.org/10.5902/198464443770Palabras clave:
Childhood music making, Aesthetics of the Imprecise and Paradoxical, Musicality and sonority.Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/198464443770
Este artigo relaciona as trajetórias do fazer musical das crianças com a Estética do Impreciso e do Paradoxal proposta pelo músico alemão Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005) e com os conceitos de musicalidade e sonoridade sugeridos pelo compositor francês Pierre Schaeffer (1910-1995). Tal análise, que integra a tese de doutorado que defendi no Programa de Comunicação e Semiótica da PUC/SP (2007), propõe ampliar escutas e reflexões acerca das relações das crianças com o sonoro e musical, visando validar e significar os percursos de tais acontecimentos. Reportando-se ao conceito de literatura menor, proposto por Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guattari (1930-1992), o artigo aponta para um modo menor de fazer/pensar música na primeira infância: modo singular que revela a singularidade e a dinâmica transformação das ideias de música, considerando os ganhos de complexidade que cercam o processo de desenvolvimento como um todo. Modo que é capturado pelos sistemas maiores dominantes na produção musical da cultura, bem como nos territórios da educação musical. Concluindo, sinalizo a necessidade de instaurar planos abertos, que colocam em diálogo a tradição, a experimentação, o “faz de conta” e, enfim, os planos de possibilidades que permeiam a relação das crianças com sons e músicas.
Palavras-chave: fazer musical infantil, Estética do Impreciso e do Paradoxal, musicalidade e sonoridade.
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