Educação para o trabalho: a Escola de Aprendizes Artífices do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644434813Palabras clave:
Educação profissional, Escola de Aprendizes Artífices, Escolas profissionais.Resumen
RESUMO
A primeira ação a impulsionar o ensino profissional no país foi a criação das Escolas de Aprendizes Artífices em 1909, por meio do Decreto 7566, de 23 de setembro. Pretende-se nesse artigo investigar historicamente a Escola de Aprendizes Artífices do Ceará no período compreendido ente 1910 e 1936 e analisar sua criação e desenvolvimento no contexto da implantação dessa rede de escolas profissionais no Brasil, tendo em vista que essas instituições constituíram o primeiro sistema de educação profissional de abrangência nacional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, desenvolvida mediante levantamento bibliográfico e análise da legislação que regulamentou as escolas durante esse período. Os resultados mostraram que essas escolas constituíram o primeiro sistema de educação profissional de abrangência nacional por estarem pautadas num projeto educacional comum, sendo regidas pelo mesmo poder administrativo, com um currículo e metodologia de ensino diferenciados e que a EAA do Ceará, apesar das dificuldades financeiras, conseguiu alcançar resultados exitosos. Pode-se concluir, portanto, que a EAA do Ceará representou um marco para o ensino de ofícios no Estado, traduzindo-se numa proposta inovadora de ensino profissional.
Palavras-chave: Educação profissional; Escola de Aprendizes Artífices; Escolas profissionais.
Citas
Referências
ALMANACH. Escolas de Aprendizes Artífices do Ceará. Fortaleza: [s.n.], 1916.
ALMANACH. Estatístico, administrativo, mercantil, industrial e literário do estado do Ceará para o ano de 1918. Fortaleza: Typ. Moderna, 1918.
ALMANACH. Estatístico, administrativo, mercantil, industrial e literário do estado do Ceará para o ano de 1919. Fortaleza: Typ. Moderna, 1919.
ALMANACH. Estatístico, administrativo, mercantil, industrial e literário do estado do Ceará para o ano de 1922. Fortaleza: Typ. Gadelha, 1922.
BRASIL. Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909. Cria nas capitais dos Estados as Escolas de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional, primário e gratuito. Rio de Janeiro, RJ, 1909. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/decreto_7566_1909.pdf. Acesso em: 01 jun. 2018.
BRASIL. Decreto nº 9.070, de 25 de outubro de 1911. Dá novo regulamento às Escolas de Aprendizes Artífices. Rio de Janeiro, RJ, 1911. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-9070-25-outubro-1911-525591-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 13 jun. 2018.
BRASIL. Decreto nº 13.064, de 12 de junho de 1918. Dá novo regulamento às Escolas de Aprendizes Artífices. Rio de Janeiro, RJ, 1918. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/182547/DECRETO%20N%C2%BA%2013.064%20DE%2012%20JUN.%20DE%201918.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12 jun. 2018.
CUNHA, Luiz Antônio Constant Rodrigues da. O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. São Paulo: Unesp, Brasília, DF: Flacso, 2000.
FONSECA, Celso Suckow da. História do ensino industrial no Brasil. Vol. 1. Rio de Janeiro: 1961.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO, C., HONÓRIO, W. Histórias de vida e biografização: pesquisa sobre as marcas formadoras de professores da Região Sudeste do Estado de Goiás através dos memoriais de formação. Educação (UFSM), Santa Maria, v. 43, n. 1, 2018, p. 113-125.
MADEIRA, Maria das Graças de Loiola. Recompondo memórias da educação: a Escola de Aprendizes Artífices do Ceará (1910-1918). Fortaleza: CEFET-CE, 1999.
MANFREDI, Silvia Maria. Educação profissional no Brasil: atores e cenários ao longo do tempo. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
MOURA, Dante Henrique. Educação básica e educação profissional e tecnológica: dualidade histórica e perspectivas de integração. Holos, v. 2, 2007.
PEREIRA, Bernadetth Maria. Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais, primeira configuração escolar do CEFET-MG, na voz de seus alunos pioneiros (1910–1942).Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2008.
REVISTA PEDAGÓGICA. Fortaleza: Officina da Escola de Aprendizes Artífices do Ceará, v. 1, n. 3, mai/jun, 1917. Bimestral. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/175001>. Acesso em: 01 jun. 2018.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil: 1930/1973. 29ª ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
SAVIANI, Dermeval. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual. Educação & Sociedade, Campinas, v. 34, n. 124, p.743-760, set. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/s0101-73302013000300006.
SIDOU, Paulo Maria Othon. Incursão no passado da Escola Técnica Federal do Ceará. Fortaleza: Escola Técnica Federal do Ceará. n.p., 1979.
SOARES, Manoel de Jesus Araújo. As escolas de aprendizes artífices: estrutura e evolução. Fórum educacional. Rio de Janeiro, vol. 6, n. 3, jul. /set., p. 58-92, 1982.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________