Politicization through self-education in hip-hop movement: experiences of activist rappers in Brazil

Authors

  • Bráulio Roberto de Castro Loureiro Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644434976

Keywords:

Political formation, Self-education, Rap

Abstract

This article presents results of research on the political education of rappers activists in Brazil. Rappers are composers and singers of rap music style, one of four elements of hip-hop, artistic and cultural movement that emerged in the ghettos of New York in the 1970s. Sometimes, these artists go beyond the boundaries of music and engage in care and political activities directed to populations of its neighborhoods and the urban periphery. Considering that these subjects generally live in precarious socioeconomic conditions, have troubled life stories and have low and medium levels of education, it is important to investigate how they form themselves politically. It is defended the existence of a self-education process in the scope of the hip-hop movement. Process that would contribute decisively to the political formation of rappers, based mainly, according to them, a) on listening to rap music, b) on the composition of his own rap and c) on the experiences lived in hip-hop movement. Music productions and political-cultural activities would promote significant moments of reflection on the social condition of blacks and the poor in Brazil. Through ethnographic research, materials were gathered coming from individual interviews, informal dialogues, musical lyrics and observations of activities and situations that participated rappers from the city of Marília-SP. Musical lyrics and interviews published on websites, magazines and documentaries composed a set of information about activism and political education of rappers from other Brazilian cities and regions.

Author Biography

Bráulio Roberto de Castro Loureiro, Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil

Professor da Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil

References

ALOÍSIO. Dados referentes ao rapper Aloísio. Diário de campo. Marília, 2010.

ALOÍSIO. Dados referentes ao rapper Aloísio. Diário de campo. Marília, 2012.

AUGUSTO. Dados referentes ao rapper Augusto. Diário de campo. Marília, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

BAKER, Soren. The history of rap and hip-hop. Farmington Hills: Lucent book, 2006.

BRADLEY, Adam; DUBOIS, Andrew. The anthology of rap. Yale: Yale University Press, 2010.

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura e outros ensaios. Coimbra: Angelus Novus, 2004.

DAL RI, Neusa M. Educação democrática e trabalho associado no contexto político-econômico do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Tese de livre docência. Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista. Marília: UNESP, 2004.

DAL RI, Neusa M.; VIEITEZ, Candido G. Educação democrática e trabalho associado no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e nas fábricas de autogestão. São Paulo: Ícone/FAPESP, 2008.

D’ANDREA, Tiarajú. A formação dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2013.

DELMANTO, Júlio; MONCAU, Gabriela. Somos um inimigo em potencial só por termos nascido negros. Entrevista de Dexter a Júlio Delmanto e Gabriela Moncau. Desinformémonos, 2010. Disponível em: https://desinformemonos.org/somos-um-inimigo-em-potencial-so-por-termos-nascido-negros-dexter-rapper-brasileiro/. Acesso em 20/03/2015.

DEL ROIO, Marcos T. Prefácio. In: SCHLESENER, Anita; MASSON, Gisele; SUBTIL, Maria J. Marxismo(s) & educação. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2016.

DEXTER. Dexter. Portal Rapnacional, 2011. Disponível em: www.rapnacional.com.br. Acesso em: 19/05/2013.

DEXTER. Dexter. MV Bill e Dexter minam o campo periférico. Revista Fórum, 2014. Disponível em: http://www.revistaforum.com.br/2014/01/31/mv-bill-e-dexter-minam-o-campo-periferico/. Acesso em: 20/07/2015.

DUSSEL, Enrique. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2008.

ENGUITA, Mariano F. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

FÉLIX, João. Chic Show e Zimbabwe: a construção da identidade nos bailes black paulistanos. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2000.

FLETT, Keith. Chartism after 1848: The working class and the politics of radical education. Thowbridge: The Merlin Press, 2006.

FOOTE-WHYTE, William. Treinando a observação participante. In: ZALUAR, Alba. Desvendando máscaras sociais. 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1980.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: a formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48. ed. São Paulo: Global, 2003.

GARCIA, Walter. Diário de um detento: uma interpretação. In: NESTROVSKI, Aloísio (Org.). Lendo música. São Paulo: Publifolha, 2007.

GARCIA, Walter. Ouvindo Racionais MCs. Ensaios sobre arte e cultura na Formação. São Paulo: Coletivo Nacional de Cultura do MST, 2006.

GASPAR. “A arte é um limite entre a marginalidade e a criminalidade”, diz Gaspar, do Z’África Brasil. Álbum Itaú Cultural, 2008. Disponível em: http://albumitaucultural.org.br/secoes/a-arte-e-um-limite-entre-a-marginalidade-e-a-criminalidade-diz-gaspar-do-zafrica-brasil/. Acesso em: 30/08/2014.

GÍRIA VERMELHA. Herói de preto é preto. In: A hora do revide. São Luís: MHHO, 2008, CD.

GOG. Entrevista de GOG ao Produção Cultural Brasil. Produção Cultural no Brasil, 2012a. Disponível em: http://www.producaocultural.org.br/no-blog/entrevista-de-gog-ao-producao-cultural-brasil/. Acesso em: 21/02/2013.

GOG. O caminho do hip-hop é a autogestão, defende o rapper GOG. Ação Educativa, 2012b. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/index.php/cultura/43-ponto-de-cultura/10004338-o-caminho-do-hip-hop-e-a-autogestao-defende-o-rapper-gog. Acesso em: 13/08/2014.

GRAMSCI, Antonio. Às margens da história: história dos grupos sociais subalternos. In: COUTINHO, Carlos N. (Org.). Cadernos do cárcere. vol. 5. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

GRAMSCI, Antonio. Introdução ao estudo da Filosofia. In: COUTINHO, Carlos N. (Org.). Cadernos do cárcere. vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

GRUPPI, Luciano. O conceito de hegemonia em Gramsci. Rio de Janeiro: Graal, 1978.

HATCH, Thomas. A history of hip-hop: the roots of rap. Minnesota: Red Brick Learning, 2006.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções – Europa 1789-1848. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

JAIRO. Dados referentes ao rapper Jairo. Diário de campo. Marília, 2010.

JAIRO. Dados referentes ao rapper Jairo. Diário de campo. Marília, 2012.

KEHL, Maria Rita. A Fratria órfã. São Paulo: Olho d’água, 2008.

LEAL, Sérgio. Acorda hip-hop. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.

MENDONÇA, Sueli G. A crise de sentidos e significados na escola: a contribuição do olhar sociológico. Cad. Cedes, Campinas, vol. 31, n. 85, p. 341-357, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v31n85/03v31n85.pdf. Acesso em: 26/04/2014.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

MITCHELL, Tony. Global noise: rap and hip-hop outside the USA. Middletown: Wesleyan University Press, 2001.

OLIVEIRA, Francisco de. Política numa era de indeterminação: opacidade e reencantamento. In: OLIVEIRA, Francisco; RIZEK, Cibele. (Orgs.). A era da indeterminação. São Paulo, Boitempo, 2007.

PÉRICLES. Dados referentes ao rapper Péricles. Diário de campo. Marília, 2013.

PRETO ZEZÉ. Oficina de MCs da posse Enraizados. Futebol, Rap e Samba, 2008. Disponível em: http://futebolrapesamba.blogspot.com.br/2008/01/oficina-de-mcs-da-posse-enraizados-sp.html. Acesso em: 04/05/2014.

PRETO ZEZÉ. Preto Zezé. Farofa Carta Capital, 2011. Disponível em: http://farofafa.cartacapital.com.br/2011/09/09/preto-zeze/. Acesso em: 05/08/2012.

RENAN. Dados referentes ao rapper Renan. Diário de campo. Marília, 2012.

SANFELICE, José L. Breves reflexões sobre “juventude”, educação e globalização. In: MACHADO, Otávio L. (Org.). Juventudes, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania. Frutal-MG: Prospectiva, 2013.

SCHWARZ, Roberto. Sequências brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

SILVA, Cláudio R. Educação e trabalho em movimentos sociais: princípios educativos transcendentes e comuns ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aos socialistas utópicos owenistas e aos cartistas britânicos. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista. Marília: UNESP, 2014.

SILVA, José. Rap na cidade de São Paulo: música, etnicidade e experiência urbana. Tese de doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas: UNICAMP, 1998.

SPOSITO, Marília P. A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação coletiva na cidade. Tempo Social, São Paulo, vol. 5, n. 1-2, p. 161-178, 1994.

TEPERMAN, Ricardo. Se liga no som: as transformações do rap no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa. 3 vols. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

TONET, Ivo. Educação, cidadania e emancipação humana: crítica da colocação da cidadania como objetivo maior da educação e proposta de substituição pela categoria da emancipação humana. Tese de doutorado. Programa de Pós Graduação em Educação. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista. Marília: UNESP, 2001.

TORRES, Rosa Maria. Discurso e Prática em Educação Popular. Ijuí: UNIJUI, 1988.

YOSHINAGA, Gilberto. Resistência, arte e política: registro histórico do rap no Brasil. Trabalho de conclusão do curso. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista. Bauru: UNESP, 2001.

WALKER, Ida. Hip-hop around the world. Broomall: Mason Crest Publishers, 2008.

ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

Published

2019-08-07

How to Cite

Loureiro, B. R. de C. (2019). Politicization through self-education in hip-hop movement: experiences of activist rappers in Brazil. Education, 44, e59/ 1–29. https://doi.org/10.5902/1984644434976