Violências que precarizam as infâncias: a negação dos direitos de provisão no cotidiano de meninas e adolescentes institucionalizadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644470070

Palavras-chave:

Direitos de provisão, Pobreza infantil, Violências

Resumo

Milhares de crianças e adolescentes sofrem os constrangimentos e limitações da não garantia dos direitos previstos na Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989). Apesar de ser o tratado de direitos humanos com maior ratificação entre os países, a infância cotidianamente tem seus direitos negados e violados, fato esse que se agrava em situações em que crianças e adolescentes vivenciam a pobreza infantil. Partindo desses pressupostos, este texto tem por objetivo elucidar como se materializa a negação dos direitos de provisão no cotidiano de meninas e adolescentes em situação de pobreza infantil.O método qualitativo de pesquisa em educação, com aportes da cartografia deleuze-guattariana foram utilizados no percurso investigativo. Os dados em análise foram cartografados a partir da escuta, via entrevistas individuais, de 24 meninas e adolescentes, 13 mães e/ou responsáveis legais e 22 membros da equipe multidisciplinar de uma instituição não governamental e sem fins lucrativos, localizada na cidade da Guatemala, que acolhe, abriga e resgata meninas, de 12 a 18 anos de idade, vítimas de múltiplas violências e em risco de violações de seus direitos. Os resultados apontam para uma interseccionalidade de violências experienciadas nos cotidianos de meninas e adolescentes institucionalizadas, que são causadas e/ou potencializadas, quando seus direitos são negados. Todavia, subalternidade e resistência coabitam; isto é, onde a não garantia dos direitos de provisão e as violências atuam a resistência floresce.

Biografia do Autor

Eduardo Felipe Hennerich Pacheco, Secretaria Municipal de Educação de Araucária, Araucária, PR, Brasil

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (2022), com período sanduíche no Doutoramento em Estudos Feministas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Portugal. Realizou estágio de investigação doutoral no CES - Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2019-2020). Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (2017). Licenciado em Filosofia (2014), Pedagogia (2018) e especialista em Antropologia Cultural (2016). Integrante e pesquisador dos Grupos de Pesquisas (CNPq): "Políticas Públicas, Direitos Humanos e Formação de Professores" e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Médio e Juventudes - NEPEMJ, do(a) Instituto Federal do Paraná - IFPR. Egresso do grupo de pesquisa (CNPq): Filosofia Francesa Contemporânea (2014-2016). Atualmente é servidor público (Professor-Pedagogo) na Secretaria Municipal de Educação de Araucária - PR.

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Publicado

2023-09-06

Como Citar

Pacheco, E. F. H. (2023). Violências que precarizam as infâncias: a negação dos direitos de provisão no cotidiano de meninas e adolescentes institucionalizadas. Educação, 48(1), e105/1–26. https://doi.org/10.5902/1984644470070