A criança tem direitos: Como eles se materializam na educação infantil?
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644470056Palavras-chave:
Materiais pedagógicos, Educação e cuidado aos bebês, Direito à educação.Resumo
Este artigo é um recorte de uma pesquisa concluída que teve como objetivo investigar a materialidade de creches públicas municipais de Campina Grande, na Paraíba. O foco deste artigo será o direito dos bebês e das professoras à disponibilidade de materiais pedagógicos diversificados, adequados à especificidade das crianças, em número suficiente para que todos/as tenham acesso às diferentes possibilidades educativas oriundas desse material no espaço do berçário. A pesquisa qualitativa e quantitativa foi realizada no ano de 2018 em duas creches públicas da cidade de Campina Grande, PB. Os materiais pedagógicos foram contados e catalogados. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito professoras de berçários que trabalhavam nas instituições. As análises foram realizadas por meio dos pressupostos da Análise de Conteúdo de Bardin. As indagações: qual é a materialidade a que os bebês tem acesso nas instituições públicas? Quais são as fontes de aquisição desses materiais? O que são considerados materiais pedagógicos para os berçários? nortearam a investigação. Os resultados mostram que o estado tem contribuído com a materialidade das instituições embora, na perspectiva das docentes, ainda se faça necessário complementá-la. Percebe-se a existência da parceria entre o estado e algumas instituições privadas nessa função. As instituições por sua vez, no sentido de complementar a materialidade disponibilizada pelos órgãos públicos tanto da esfera federal quanto da municipal, têm adotado estratégias junto à comunidade escolar e à sociedade de modo geral para aquisição de materiais pedagógicos, principalmente livros de literatura infantil.
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