Pensar uma educação das relações étnico-raciais na América Latina: uma reflexão a partir de Rodolfo Kusch
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644468083Palavras-chave:
Educação das Relações Étnico-Raciais, Mestiçagem, Buen VivirResumo
O artigo apresenta uma reflexão a partir de algumas ideias do filósofo argentino Rodolfo Kusch (1922-1979), de maneira a pensar a educação das relações étnico-raciais, levando em consideração as suas noções de fagocitação, ser alguém e estar. Nesse sentido, podemos dizer que a partir de Kusch a história latinoamericana não é contada desde os povos originários, os quilombolas e as comunidades tradicionais, mas predominantemente desde do ponto de vista do colonizador, quem tem o poder de narrar, escrever e educar. O pensamento racionalista europeu ao negar ou desconsiderar por completo o pensamento americano transforma-o em um objeto sem vida e sem história, restando-nos construir um movimento de resistência e de autoafirmação, na busca da emancipação dos discursos e práticas que nos impedem de expressar nossa própria cultura de maneira integral e autônoma. De caráter teórico, e tendo em vista a noção de buen vivir, o texto tem o objetivo de contribuir no debate e na construção de novas perspectivas para o processo de implementação das políticas públicas voltadas à educação das relações étnico-raciais no Brasil e na América Latina.
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