Afirmação trágica e pedagogia da escolha na animação Soul
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644466933Palavras-chave:
Interpretação fílmica, Filosofia trágica, Pedagogia da escolha.Resumo
Este artigo tem o objetivo de analisar, por meio de uma leitura hermenêutica, a animação Soul, de Pete Docter. Para tanto, propomos duas dimensões de análise: uma mais filosófica e outra mais especificamente pedagógica. Na primeira, investigamos como o enredo do filme se contrapõe ao imaginário individualista e produtivista da contemporaneidade ao propor uma afirmação do viver destituída de justificativas grandiosas, absolutas – em outras palavras, uma afirmação trágica, como a concebem os filósofos Friedrich Nietzsche e Clément Rosset, a quem recorreremos a fim de sustentar a argumentação. A seguir, interessa-nos também observar como a relação pedagógica travada pelos protagonistas da história a partir dessa perspectiva trágica traz à luz a potência dos encontros fortuitos em Educação, colocando em cena as noções de experiência e de escolha.
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