O (des)governo da velhice: cartogenealogias de/em uma pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644464068

Palavras-chave:

Envelhecimento, Covid-19, Governamentalidade

Resumo

Este trabalho acompanha a emergência de redes enunciativas em torno do “governo da velhice” no contexto da pandemia provocada pela Covid-19. O lócus central de análise parte de pedagogias e artefatos culturais associados à interpelação da população idosa como grupo de/em risco. Através de um estudo cartogenealógico investigamos algo da emergência de pedagogias e representações que reforçam a autorresponsabilização dos/as idosos/as por supostos riscos auto-infligidos, reforçados por tutela parental e social. As evidências empíricas (memes e cards) que apoiam nossas problematizações sugerem a correlação entre elementos de cultura idadista associada ao recrudescimento de vulnerabilidade social dos/as idosos/as. Ponderamos ainda que esta correlação de forças é, neste momento, mais fortemente balizada por racionalidade biopolítica neoliberal, ademais de (im)posturas ultraconservadoras e negacionistas que passam a redefinir os termos da governamentalidade contemporânea local.

Biografia do Autor

Fernando Altair Pocahy, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), atuando na Faculdade de Educação/ Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) e junto ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social; realizou Pós-Doutorado junto ao PPG em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com bolsa CAPES/Reuni, vinculado ao NIGS - Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividade; Doutorado em Educação e Mestrado em Psicologia Social e Institucional, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com bolsa CAPES, vinculado respectivamente aos grupos GEERGE - Grupo de Estudos em Educação e Relações de Gênero e ao Laboratório de Psicologia e Políticas Públicas. Fez estágio doutoral na Université Lumière Lyon 2 (Centre Louise Labé) França (bolsa CAPES) e período como doutorando visitante na École doctorale romande en Études Genre, Université de Lausanne, Suíça. Possui Especialização em Projetos Sociais e Culturais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com bolsa da Fundação Maurício Sirotsky. É graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), onde foi bolsista de extensão da Pró-Reitoria Comunitária e de Extensão (PROCEX). É pesquisador do Geni - Estudos de Gênero e Sexualidade. Bolsista da FAPERJ no programa Jovem Cientista do Nosso Estado e no Programa Prociência. Tem realizado estudos e intervenções a partir de interlocuções entre Educação e Saúde, interessado principalmente nos seguintes temas: corpo, geração, gênero, sexualidade e interseccionalidades nos processos de subjetivação, utilizando-se de abordagens pós-estruturalistas em articulação com os Estudos Feministas, Estudos Queer e os Estudos Culturais Foucaultianos.

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Publicado

2022-09-22

Como Citar

Pocahy, F. A. (2022). O (des)governo da velhice: cartogenealogias de/em uma pandemia. Educação, 47(1), e81/ 1–38. https://doi.org/10.5902/1984644464068