A Anti-educação de Nietzsche: Assim Falou Zaratustra como um Poema de Auto-trans-formação
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644461315Palavras-chave:
Zaratustra, Educação, Auto-trans-formação., AntieducaçãoResumo
Neste artigo pretende-se analisar como a obra Assim Falou Zaratustra pode ser entendida como um processo de auto-trans-formação, segundo a perspectiva nietzschiana. Defende-se a tese de que tal perspectiva apresenta-se, a partir dos seus requisitos centrais, como uma anti-educação, na medida em que se contrapõe ao modelo educativo tradicional. Dessa perspectiva desdobrar-se-á a análise dos quatros principais aspectos da anti-educação de Nietzsche: o ensino da solidão, o ensino da elevação, o ensino da grande razão e o ensino da afirmação. Conclui-se, que tais aspectos servem como pano de fundo para refletir sobre as quatros lições centrais da obra nietzschiana (morte de deus, super-homem, vontade de poder e eterno retorno), formando um quadro interpretativo que articula as lições filosófico-existenciais com as perspectivas educativas nelas contidas e que resultam na inversão da perspectiva tradicional da educação, geralmente orientada para a gregariedade e aquilo que o filósofo alemão chama de negação da vida.
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