A Anti-educação de Nietzsche: Assim Falou Zaratustra como um Poema de Auto-trans-formação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644461315

Palavras-chave:

Zaratustra, Educação, Auto-trans-formação., Antieducação

Resumo

Neste artigo pretende-se analisar como a obra Assim Falou Zaratustra pode ser entendida como um processo de auto-trans-formação, segundo a perspectiva nietzschiana. Defende-se a tese de que tal perspectiva apresenta-se, a partir dos seus requisitos centrais, como uma anti-educação, na medida em que se contrapõe ao modelo educativo tradicional. Dessa perspectiva desdobrar-se-á a análise dos quatros principais aspectos da anti-educação de Nietzsche: o ensino da solidão, o ensino da elevação, o ensino da grande razão e o ensino da afirmação. Conclui-se, que tais aspectos servem como pano de fundo para refletir sobre as quatros lições centrais da obra nietzschiana (morte de deus, super-homem, vontade de poder e eterno retorno), formando um quadro interpretativo que articula as lições filosófico-existenciais com as perspectivas educativas nelas contidas e que resultam na inversão da perspectiva tradicional da educação, geralmente orientada para a gregariedade e aquilo que o filósofo alemão chama de negação da vida.

Biografia do Autor

Anderson Luiz Tedesco, Unochapecó

Pós - Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Mestrado da Educação da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR (2014). Professor e Membro do Grupo de Pesquisa SULEAR: Educação Intercultural e Pedagogias Decoloniais na América Latina da Unochapecó.

Jelson Oliveira, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), professor do Programa de PósGraduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR - Brasil.

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Publicado

2022-06-29

Como Citar

Tedesco, A. L., & Oliveira, J. (2022). A Anti-educação de Nietzsche: Assim Falou Zaratustra como um Poema de Auto-trans-formação. Educação, 47(1), e61/ 1–21. https://doi.org/10.5902/1984644461315