A arte da desaparição como experimentação tateante de pensamento: contribuições à pesquisa educacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644444292

Palavras-chave:

Desaparição, Ensaio, Pesquisa Educacional

Resumo

O artigo tem como objetivo discutir as implicações da forma ensaística de pensamento para o campo da pesquisa educacional. A partir da triangulação de forças entre o pensamento de Michel de Montaigne, Enrique Vila Matas e Gilles Deleuze-Félix Guattari, o estudo explora de que modo, na aurora da subjetividade moderna, certa arte do retrato, produzida a partir da forma ensaística desenvolvida por Montaigne, permitiu a emergência de um modo de experimentação tateante do pensamento, cujo horizonte se volta a uma condição de desaparição. O trabalho visa esmiuçar essa distinta arte do retrato dedicada à desaparição, focando-se em sua potência fabulatória, bem como explorar suas ressonâncias nos modos como concebemos o ofício do pesquisador, sobretudo no campo educacional, em contraposição a outra arte de retrato denominada cartesiana. Por fim, a discussão aponta que a desaparição, ao instaurar outra geografia de pensamento, possibilita ao pesquisador educacional mobilizar procedimentos outros tendo em vista ensaiar o impensável.

Biografia do Autor

Christian Fernando Ribeiro Guimarães Vinci, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Pós-doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e professor adjunto na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Doutor e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP)

Cintya Regina Ribeiro, Universidade de São Paulo (USP)

Professora-pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) junto ao Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação

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Publicado

2021-09-04

Como Citar

Vinci, C. F. R. G., & Ribeiro, C. R. (2021). A arte da desaparição como experimentação tateante de pensamento: contribuições à pesquisa educacional. Educação, 46(1), e83/ 1–23. https://doi.org/10.5902/1984644444292