Vivências de cuidadores ante o processo de adoecimento por câncer de seu familiar

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769244116

Palabras clave:

Neoplasias, Cuidadores, Família, Enfermagem, Cuidados de enfermagem

Resumen

Objetivo: compreender as vivências de cuidadores familiares de pessoas com câncer durante o processo de adoecimento. Método: estudo qualitativo, descritivo, realizado em um município do Noroeste do Rio Grande do Sul, com nove cuidadores familiares de pessoas com câncer. Os dados produzidos mediante entrevistas semiestruturadas foram submetidos à análise temática, originando três temas. Os dados foram coletados entre fevereiro e junho de 2019. Resultados: após o adoecimento por câncer de um membro da família fez-se necessário eleger um cuidador principal, designado pelos demais familiares, pelo doente ou por desejo do próprio cuidador. Houve mudanças na dinâmica cotidiana do cuidador familiar, evidenciadas pelo abandono do emprego e de seus afazeres da vida pessoal, acarretando sobrecargas. Identificaram-se diversas condições vivenciadas pelos cuidadores familiares: medo, desespero, choro, impotência, preocupação e sintomas depressivos. Conclusão: cuidar de um familiar com câncer modifica o cotidiano do cuidador e tem potencial para alterar a estrutura familiar.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Jonata de Mello, Universidade de Passo Fundo - Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer

Enfermeiro, egresso do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Palmeira das Missões, Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer - Universidade de Passo Fundo.

Dionatan Almeida de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões

Graduando do 9º semestre do Curso de Enfermagem.

Leila Mariza Hildebrandt, Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões

Graduação em Enfermagem pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Especialização em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestrado em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente, Docente com dedicação exclusiva da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões/RS. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em enfermagem, saúde mental, saúde do idoso e prática de grupo.

Leonardo Bigolin Jantsch, Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões

Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (PPGEnf/UFSM). Possui Graduação e Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (2012/2014). Especialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatal. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Ciências da Saúde,da Universidade Federal de Santa Maria,Campus de Palmeira das Missões/RS. Tem pesquisado na área de Enfermagem Pediátrica e Neonatal, principalmente nos seguintes temas: Saúde da Criança; Saúde do Neonato, Lactente, Condições de Saúde, Condições Crônicas e Agudas de Saúde do Lactente, Redes de Atenção em Saúde; Prematuridade e Lactente Prematuro, Estudos Mistos de pesquisa.Possui experiência hospitalar na saúde criança com ênfase em Terapia Intensiva Neonatal e Hemato/Oncologia Pediátrica. Possui experiência na Atenção Primária a Saúde na área de avaliação Pediátrica e Neonatal e Puericultura.

Danusa Begnini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira, graduada pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/CESNORS. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSM na linha de pesquisa: Cuidado a adultos, idosos e famílias nos diferentes cenários de atenção. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFRGS na Linha de pesquisa: Tecnologias do cuidado em enfermagem e saúde. Tem desenvolvido pesquisas com famílias rurais em situação de adoecimento por câncer avançado, luto antecipatório na família, gestão do cuidado e cuidados paliativos. Participa do Grupo de Estudos Culturais na Educação, Saúde e Enfermagem (CULT).

Marinês Tambara Leite, Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia, mestrado em Enfermagem Psiquiátrica pela USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto e doutorado em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Docente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS) - Campus Palmeira das Missões e no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da UFSM. Tutora do Grupo PET Enfermagem UFSM/Campus Palmeira das Missões. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Gerontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: envelhecimento humano, saúde do adulto, enfermagem, pesquisa, gerontologia, geriatria, velhice e idoso. Compõe o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - BASis (Ofício Circular nº 324/2018/CGACGIES/DAES-INEP).

Citas

Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019.

Wright LM, Leahey M. Enfermeiras e famílias: guia para avaliação e intervenção na família. 5ª ed. São Paulo: Roca; 2012.

Blanc LO, Silveira LMOB, Pinto SP. Compreendendo as experiências vividas pelos familiares cuidadores frente ao paciente oncológico. Pensando Fam [Internet]. 2016 [acesso 2020 jul 29]; 20(2):132-48. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2016000200010&lng=pt&nrm=iso

Fernandes CS, Angelo M. Family caregivers: what do they need? an integrative review. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(4):675-82. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000500019

Fetsch CFM, Portella MP, Kirchner RM, Gomes JS, Benett ERR, Stumm EMF. Estratégias de coping entre familiares de pacientes oncológicos. Rev Bras Cancerol. 2016;62(1):17-25. doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2016v62n1.175

Marchi JA, Paula CC, Girardon-Perlini NM, Sales CA. Significado de ser-cuidador de familiar com câncer e dependente: contribuições para a paliação. Texto Contexto Enferm. 2016;25(1):e0760014. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016007600014

Mattos K, Blomer TH, Campos ACBF, Silvério MR. Cancer coping strategies adopted by families individuals for cancer treatment. Rev Psicol Saúde. 2016;8(1):1-6. doi: http://dx.doi.org/10.20435/2177093X2016101

Anjos ACY, Zago MMF. Ressignification of life of caregivers of elderly patients with cancer. Rev Bras Enferm. 2014; 67(5):752-8. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670512

Pedraza HMP. Quality of life in family caregivers of people in cancer treatment. Rev Cuid (Bucaramanga 2010). 2015;6(2):1029-40. doi: http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v6i2.154

Ministério da Saúde (BR). Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil: 2011-2020 [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2011 [acesso 2020 abr 10]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2014.

Sistema Nacional de Regulação. Pacientes em acompanhamento oncológico de Palmeira das Missões em hospital referência no ano de 2019. SISREG; 2020.

Fontanella BJB, Ricas J, Turato EB. Saturation sampling in qualitative health research: theoretical contributions. Cad Saúde Pública. 2008;24(1):17-27. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003

Leonidou C, Giannousi Z. Experiences of caregivers of patients with metastatic cancer: what can we learn from them to better support them? Eur J Oncol Nurs. 2018;32:25-32. doi: 10.1016/j.ejon.2017.11.002

Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Qual Health Care. 2007;19(6):349-57. doi: 10.1093/intqhc/mzm042

Martínez Debs L, Lorenzo Ruiz A, Llantá Abreu MC. Carga del cuidador en cuidadores informales primarios de pacientes con cáncer de cabeza y cuello. Rev Habanera Cienc Médi [Internet]. 2018 [citado 2020 abr 10];18(1):126-37. Disponible en: http://www.revhabanera.sld.cu/index.php/rhab/article/view/2341

Cunha AS, Pitombeira JS, Panzetti PMN. Oncological palliative care: perception of caregivers. J Health Biol Sci. 2018;6(4):383-90. doi: http://dx.doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v6i4.2191.p383-390.2018

Pozzoli SML, Cecílio LCO. About caring and being cared for in home care. Saúde Debate. 2017;41(115):1116-29. doi: https://doi.org/10.1590/0103-1104201711510

Figueiredo T, Silva AP, Silva RMR, Silva JJ, Silva CSO, Alcântara DDF, et al. How can I help? feelings and experiences of the familiar caregiver of cancer patients. ABCS Health Sci. 2017;42(1):34-9. doi: http://dx.doi.org/10.7322/abcshs.v42i1.947

Ferreira MLSM, Mutro ME, Conde CR, Marin MJS, Meneguin S, Mazzeto FMC. Caring for family with cancer. Cienc Enferm. 2018;24(6):1-11. doi: 10.4067/s0717-95532018000100206

Lima SF, Silva RGM, Silva VSC, Pasklan ANP, Reis LMCB, Silva UC. Representações sociais sobre o câncer entre familiares de pacientes em tratamento oncológico. REME Rev Min Enferm. 2016;20:e967. doi: 10.5935/1415-2762.20160037

Oliveira JM, Reis JB, Silva RA. Search for oncological care: perception of patients and family members. Rev Enferm UFPE On Line. 2018;12(4):938-46. doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i4a231359p938-946-2018

Silva RAR, Souza Neto VL, Oliveira GJN, Silva BCO, Rocha CCT, Holanda JRR. Coping strategies used by chronic renal failure patients on hemodialysis. Esc Anna Nery. 2016;20(1):147-54. doi: 10.5935/1414-8145.20160020

Carbogim FC, Pereira RZA, Luiz FS, Andrade RO, Tony ACC, Paiva ACPC. Coping of family of patients in oncological treatment. Rev Enferm Atenção Saúde. 2019;8(1):51-60. doi: 10.18554/reas.v8i1.3409

Piollia KC, Decesaroa MN, Salesa CA. (Not) taking care of yourself as a woman while being a caregiver of a partner with cancer. Rev Gaúcha Enferm. 2018;39:e2016-0069. doi: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2016-0069

Marques G. A família da criança com câncer: necessidades sócio-econômicas. Rev Gaúcha Enferm. 2017;38(4):e2016-0078. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.04.2016-0078

Silva I, Barros MM. Las experiencias de los cuidadores familiares de niños y adolescentes con cáncer. Rev Chil Ter Ocup [Internet]. 2019 [citado 2020 abr 10];19(1):35-48. Disponible en: https://revistas.uchile.cl/index.php/RTO/article/view/49807

Yoshimochi LTB, Santos MA, Loyola EAC, Magalhães PAP, Panobianco MS. The experience of the partners of women with breast cancer. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03366. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017025203366

Vale JMM, Marques Neto AC, Santos LMS, Santana ME. Health education to the family caregiver of diseased cancer patients in palliative home care. Enferm Foco [Internet]. 2019 [acesso em 2019 nov 17]:10(2):52-7. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/1684/519

Bianchin MA, Silva RD, Fuzetto LA, Salvagno V. Sobrecarga e depressão em cuidadores de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico. Arch Health Sci [Internet]. 2015 [acesso em 2020 maio 06];22(3):96-100. doi: https://doi.org/10.17696/2318-3691.22.3.2015.245

Descargas

Publicado

2021-02-22

Cómo citar

Mello, J. de, Oliveira, D. A. de, Hildebrandt, L. M., Jantsch, L. B., Begnini, D., & Leite, M. T. (2021). Vivências de cuidadores ante o processo de adoecimento por câncer de seu familiar. Revista De Enfermagem Da UFSM, 11, e17. https://doi.org/10.5902/2179769244116

Número

Vol. 11 (2021)

Sección

Artigos Originais

Licencia

 

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Artículos más leídos del mismo autor/a

1 2 > >> 

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.