Registros de enfermagem e médicos sobre pacientes com sepse ou choque séptico em emergência hospitalar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769270615

Palavras-chave:

Registro de Enfermagem, Serviços Médicos de Emergência, Registros Médicos, Sepse, Choque séptico

Resumo

Objetivo: analisar os registros de enfermagem e médicos em prontuários de pacientes com diagnóstico suspeito ou confirmado de sepse ou choque séptico em uma emergência hospitalar. Método: estudo quantitativo, transversal descritivo. Amostra composta por 127 pacientes, admitidos no período de junho a outubro de 2019. Os dados foram coletados em instrumento, tipo checklist. Para análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, com valores expressos em frequências simples e percentuais. Resultados: referente à mensuração dos sinais vitais, 39,4% dos prontuários não apresentavam registros completos. Verificou-se administração do microbiano na primeira hora de atendimento, 21,4%, e em horários de aprazamento padronizados pela instituição, 80,4%. Foram encontradas prescrições médicas sem registro de data e hora, respectivamente 21,3% e 38,6%. Conclusão: a análise dos registros da assistência de pacientes com diagnóstico suspeito ou confirmado de sepse ou choque séptico, indicam fragilidades no processo de trabalho das equipes de enfermagem e médica. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Arilene Lohn, Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Graduada em Enfermagem - Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina, 2015. Especialista em Urgência e Emergência - FATEC/FACINTER, 2017. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem - UFSC, 2019. Doutoranda de Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem - UFSC. Membro do Laboratório de pesquisa no Cuidado de Pessoas em Situações Agudas de Saúde - GEASS/UFSC. Técnica de Enfermagem no setor de Urgência e Emergência Pediátrica do Hospital Universitário/UFSC. Enfermeira da Estratégia Saúde da Família na Prefeitura Municipal de São José/SC

Eliane Regina Pereira do Nascimento, Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – PEN

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1978); Mestrado (1991)e Doutorado (2003) pela Universidade Federal de Santa Catarina; Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva (2013) pela Associação Brasileira de Enfermagem em Terapia Intensiva (ABENTI). Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina, ingresso em 1994, com atuação no Ensino da Graduação, Mestrado e Doutorado acadêmico e profissional, Dinter e Minter. Foi Coordenadora Didático Pedagógica do Curso de Mestrado no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFSC no período fevereiro de 2014 à agosto de 2016, Foi Coordenadora de Pesquisa do Programa de Pós Graduação em Enfermagem e do Departamento de Enfermagem da UFSC de 2017 a 2019. Coordenadora de Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde a partir de 02/2020 . Subcoordenadora do Programa de Pós Graduação em Enfermagem, gestão 2017-2020. Vice Presidente do Conselho Diretor da Revista Texto & Contexto Enfermagem 2017-2020. Extensão em atualização dos profissionais de saúde e discentes para o cuidado ao paciente em situação aguda. Tem experiência na área de Enfermagem com ênfase no cuidado ao paciente em situação aguda de saúde e família (UTI e Emergência). Atua nas linhas de pesquisas : Cuidado em Saúde e Enfermagem nas Situações Agudas e Crônicas de Saúde e O cuidado e o processo de viver, ser saudável, adoecer e morrer. Consultora Ad hoc de vários periódicos de enfermagem no Brasil. Líder do Laboratório de Pesquisa no Cuidado as Pessoa em Situações Agudas de Saúde- GEASS. Pesquisadora PQ 2 do CNPq DE 2016 à 2021.

Daniele Delacanal Lazzari, Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – PEN

Enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva. Mestre em Educação. Doutora em Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em terapia intensiva/emergência e paciente crítico/grave. É vice-líder do Laboratório de Pesquisas no Cuidado de Pessoas nas Situações Agudas de Saúde - GEASS/UFSC e membro do Laboratório de Pesquisa e Tecnologia em Educação em Enfermagem e Saúde - EDEN/UFSC. Atua como Professora Adjunta no Departamento de Enfermagem da UFSC, vinculada à disciplina INT 5205 - Cuidado no processo de viver humano III - Condição Crítica de Saúde. Tutora e Preceptora da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Enfermagem em Alta Complexidade. Secretária Geral da ABEn/SC, gestão 2021-2022. 

Luciana Bihain Hagemann de Malfussi, Universidade Federal de Santa Catarina, Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Tiago

Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da UFSC (PEN/UFSC) com período de doutoramento sanduíche na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal (ESEnfC). Membro do Laboratório de Pesquisas no Cuidado de Pessoas nas Situações Agudas de Saúde (GEASS) do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. Enfermeira do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Tiago (HU/UFSC). Revisora de diversos Periódicos nacionais e internacionais na área da Enfermagem e Saúde. Trabalha nas áreas de simulação clínica; simulação in situ, terapia intensiva, emergência, saúde do adulto, regulação e avaliação em saúde.

Patrícia Madalena Vieira Hermida, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (1999). Pós-doutora em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2005). Doutorado em Enfermagem pela UFSC (2016) com pesquisa sobre avaliação de Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Pós-Doutorado em Enfermagem da UFSC. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre 2014 e 2018 (Doutorado e Pós-doutorado). Pesquisadora e Membro Efetivo do Laboratório de Pesquisas no Cuidado de Pessoas em Situações Agudas de Saúde (GEASS) desde 2013. Experiência na Docência em Enfermagem (níveis técnico e superior) e na Assistência na área de Enfermagem Médico-Cirúrgica e em Saúde Coletiva com ênfase em Saúde da Família. Consultora Ad hoc de periódicos na área da saúde e enfermagem. Atualmente atua na Prefeitura de Florianópolis como Enfermeira na Estratégia Saúde da Família e Preceptora da Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

Referências

Araújo ATM, Rechmann IL, Magalhães TA. O sigilo do prontuário médico como um direito essencial do paciente: uma análise a partir das normativas do Conselho Federal de Medicina. Cad Ibero Am Direito Sanit. 2019;8(1):95-109. doi: 10.17566/ciads.v8i1.517

Hui K, Gilmore CJ, Khan M. Medical records: more than the health insurance portability and accountability act. J Acad Nutr Diet. 2021;121(4):770-2. doi: 10.1016/j.jand.2020.06.022

Tiago ICA, Castro RAS, Bragagnollo CR, Mello CL, Souza CC, Silva GCT, et al. Early recognition of surgical patients with sepsis: contribution of nursing records. Appl Nurs Res. 2021;57:151352. doi: 10.1016/j.apnr.2020.151352

Rhodes A, Evans LE, Alhazzani W, Levy MM, Antonelli M, Ferrer R, et al. Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of sepsis and septic shock: 2016. Intensive Care Med. 2017;43(3):304-77. doi: 10.1007/s00134-017-4683-6

Nevill A, Kuhn L, Thompson J, Morphet J. The influence of nurse allocated triage category on the care of patients with sepsis in the emergency department: a retrospective review. Australas Emerg Care. 2021;24(2):121-6. doi: 10.1016/j.auec.2020.09.002

Sanchez-Pinto LN, Luo Y, Churpek MM. Big data and data Science in critical care. Chest. 2018; 154(5):1239-48. doi: 10.1016/j.chest.2018.04.037

Hardiker NR, Dowding D, Dykes PC, Sermeus W. Reinterpreting the nursing record for an electronic context. Int J Med Inform. 2019;127:120-6. doi: 10.1016/j.ijmedinf.2019.04.021

Seymor CW, Kahn JM, Martib-Gill C, Callaway CW, Yealy DM, Scales D, et al. Delays from first medical contact to antibiotic administration for sepsis. Critical Care Med. 2017;45(5):759-65. doi: 10.1097/CCM.0000000000002264

Rudd KE, Johnson SC, Agesa KM, Shackelford KA, Tsoi D, Kievlan DR, et al. Global, regional, and national sepsis incidence and mortality, 1990-2017: analysis for the global burden of disease study. Lancet. 2020;395(10219):200-11. doi: 10.1016/s0140-6736(19)32989-7

Instituto Latino Americano de Sepse. Pense: pode ser sepse? [Internet]. São Paulo: Instituto Latino Americano de Sepse; 2018 [acesso em 2022 set 10]. Disponível em: https://ilas.org.br/wp-content/uploads/2022/02/flyer-profissionais-dms-2019.pdf

Instituto Latino Americano de Sepse. Relatório Nacional 2021 [Internet]. São Paulo: Instituto Latino Americano de Sepse; 2021 [acesso em 2022 out 01]. Disponível em: https://ilas.org.br/relatorio-nacional-2021/

Malta M, Cardoso LO, Bastos FI, Magnanini MMF, Silva CMP. STROBE initiative: guidelines on reporting observational studies. Rev Saúde Pública. 2010;44(3):559-65. doi: 10.1590/S0034-89102010000300021

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Boletim de dados [Internet]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2019 [acesso em 2021 set 11]. Disponível em: http://dpgi.seplan.ufsc.br/files/2021/08/Boletim-de-Dados-2019.pdf

Silvia MN, Vilson RW, Masanao O, Cechinel C, Días KM, Santos JG, et al. SEstatNet - Sistema Especialista para o Ensino de Estatística na Web [Internet]. Florianópolis: SEstatNet; 2015 [acesso em 2019 jun 11]. Disponível em: http://www.sestatnet.ufsc.br/index.php

Instituto Latino Americano de Sepse . Protocolo Gerenciado de sepse - ficha de triagem [Internet]. São Paulo: Instituto Latino Americano de Sepse; 2021 [acesso em 2022 out 01]. Disponível em: https://ilas.org.br/wp-content/uploads/2022/02/proposta-de-ficha-de-triagem-baseada-em-dois-criterio-de-sirs.pdf

Alves KYA, Oliveira PTC, Chiavone FBT, Barbosa ML, Saraiva COPO, Martins CCF, et al. Patient identification in the records of health professionals. Acta Paul Enferm. 2018;31(1):79-86. doi: 10.1590/1982- 0194201800012

Ferreira LL, Chiavone FBT, Bezerril MS, Alves KYA, Salvador PTCO, Santos VEP. Analysis of records by nursing technicians and nurses in medical records. Rev Bras Enferm. 2020;73(2):e20180542. doi: 10.1590/0034-7167-2018-0542

Camargo LRL, Pereira GR. Análise dos registros realizados pela enfermagem e o possível impacto na auditoria: uma revisão da literatura nacional. Rev Adm Saúde. 2017;17(68):1-11. doi: 10.23973/ras.68.55

Carnio EC. Novas perspectivas no tratamento do paciente com sepse. 2019;27:e3082. doi: 10.1590/1518-8345.0000.3082

Pires HHG, Neves FF, Pazin-Filho A. Triage, and flow management in sepsis. Int J Emerg Med. 2019;12(1):36. doi: 10.1186/s12245-019-0252-9

Brekke IJ, Puntervoll LH, Pedersen PB, Kellett J, Brabrand M. The value of vital sign trends in predicting and monitoring clinical deterioration: a systematic review. PLoS One. 2019;14(1):e0210875. doi: 10.1371/journal.pone.0210875

Cross R, Considine J, Currey J. Nursing handover of vital signs at the transition of care from the emergency department to the inpatient ward: an integrative review. J Clin Nurs. 2019;28(5-6):1010-21. doi: 10.1111/jocn.14679

Pereira FGF, Melo GAA, Galindo Neto NM, Carvalho REFL, Néri EDR, Caetano JA. Drug interactions resulting from scheduling and errors in the preparation of antibacterials. Rev Rene. 2018;19:e3322. doi: 10.15253/2175-6783.2018193322

Viana RAPP, Machado FR, Souza JLA. Sepse: Um problema de saúde pública: a atuação e colaboração da Enfermagem na rápida identificação e tratamento da doença. 3a ed. São Paulo: ILAS; 2020.

Seymour CW, Gestern F, Prescott HC, Friedrich ME, Iwashyna TJ, Phillips GS, et al. Time to Treatment and Mortality during Mandated Emergency Care for Sepsis. N Engl J Med. 2017;376:2235-44. doi: c

Silva VA, Mota RS, Oliveira LS, Jesus N, Carvalho CM, Magalhães LGS. Auditoria da qualidade dos registros de enfermagem em prontuários em um hospital universitário. Enferm Foco. 2019;10(3):28-33 doi: 10.21675/2357-707X.2019.v10.n3.2064

Pimentel JCS, Urtiga VLSC, Barros SA, Silva RKS, Carvalho REF, Pereira FGF. Perfil dos erros nas prescrições e no aprazamento de antibacterianos. J Nurs Health [Internet]. 2020 [acesso em 2022 out 22];10(3):e20103007. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/18934

Ferreira CRG, Oliveira SSV, Pacheco PQC, Oliveira JL, Souza SR, Silva LR. O cotidiano do enfermeiro no aprazamento de medicamentos. Rev Enferm Atual In Derme. 2020;93(31):e-020043 doi: 10.31011/reaid-2020-v.93-n.31-art.634

Etelvino MAL, Santos ND, Aguiar BGC, Assis TG. Segurança do paciente: uma análise do aprazamento de medicamentos. Enferm Foco. 2020;10(4):87-92. doi: 10.21675/2357-707X.2019.v10.n4.2251

Rosa RS, Silva OC, Picanço CM, Biondo CS, Andrade DMB, Prado IF. Nursing interventions in changing cardiarrespirator y clinical parameters in sepse patients. Rev Enferm UFSM. 2018; 8(2):399-409. doi: 10.5902/2179769224668

Publicado

2022-12-29

Como Citar

Lohn, A., Nascimento, E. R. P. do, Lazzari, D. D., Malfussi, L. B. H. de, & Hermida, P. M. V. (2022). Registros de enfermagem e médicos sobre pacientes com sepse ou choque séptico em emergência hospitalar. Revista De Enfermagem Da UFSM, 12, e59. https://doi.org/10.5902/2179769270615

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)