O PAPEL DA AFETIVIDADE NO ENSINO DE FILOSOFIA: UM ESTUDO A PARTIR DE MARTIN HEIDEGGER A MICHEL HENRY
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065735689Palavras-chave:
Afetividade, Filosofia, Vida, SerResumo
Este artigo objetiva apresentar e ressaltar a importância da afetividade no ensino de filosofia. O estudo acerca da afetividade surge devido à necessidade de explorar os campos férteis do afeto, relacionados ao ser no mundo, o que vai nos exigir, em primeira instância, que seja feita uma fundamentação teórica de tal questão, a saber, a visão da “afetividade” em autores tradicionais da filosofia. Desta forma, nos utilizamos de dois autores os quais vão servir de base sólida para a pesquisa. São eles Martin Heidegger e Michel Henry. Neste sentido, através do termo Dasein, trazido à tona por Heidegger, passamos a analisar o ser no mundo; segundo o filosofo, o Dasein, no mundo, será o principal meio de acesso à afetividade, pois o Dasein “ser-aí” se envolve com o mundo através das disposições emotivas as quais o tornam capazes de sentir, criar e desejar. Já Michel Henry pretende dar um salto a mais neste proposito afetivo e engrandece a discussão, ao passo que ele apresenta a fenomenologia da vida. Neste sentido, sua proposta é apresentar a vida como meio de aceso a todas as coisas, através da auto-afectação, levando, desta forma, a existência humana como uma experiência junto do mundo. Tanto Heidegger quanto Michel Henry pretendem demostrar que a afetividade está relacionada com o ser, o que demostra e afirma que as relações de afeto denominam o modo do ser “ser” no mundo. Isso nos leva a ressaltar sua importância para o ensino de filosofia, onde se faz necessária sua inserção e desenvolvimento na grade curricular, onde ela possa se sobressair em relação à maneira tradicional de ser apresentada, dando um novo sentido ao ensino, pautado nas necessidades dos alunos.
Palavras-chave: Afetividade; Filosofia; Vida; Ser.
Downloads
Referências
BATTESTIN, Cláudia (Org.); Gabriel, Fábio Antonio (Org.). Filosofia e educação: um diálogo necessário. Rio de Janeiro: Multifoco, 2011. 323 p.
CERBONE, David R. Fenomenologia. Tradução de Caesar Souza. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
FURTADO, José Luiz. A filosofia de Michel Henry: Uma Crítica Fenomenológica da Fenomenologia. Dissertatio, p. 231 – 249, inverno/verão de 2008. Disponível em:<http://www.ufpel.edu.br/isp/dissertatio/revista/27-28/27-28-10.pdf> Acesso em: 20 jun. 2018.
Gallo, Sílvio (Org.); Kohan, Walter Omar (Org.). Filosofia no ensino médio. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 205 p
HEIDEGGER, M. Conferencia e Escritos Filosóficos. Trad. e notas Ernildo Stein. São Paulo: Nova cultura, 1999.
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Parte I. Trad. Márcia Sá Cavalcante. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005.
HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Parte II. Trad. Márcia Sá Cavalcante. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005.
HEIDEGGER, M. Fenomenología material. Trad. Javier Teira y Roberto Ranz. Madrid: Ediciones Encuentro, 2009.
HENRY, Michel. La Esencia de la Manifestación. Traducción anotada de Miguel García-Baró y Mercedes Huarte. Ediciones Sígueme Salamanca, 2015.
KOHAN, Walter Omar. Fundamentos à Prática da Filosofia Pública. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
PRASERES, Janilce Silva. Fenomenologia da afetividade: um estudo a partir de Michel Henry. Passo fundo: Saluz, 2017.
TELES, Maria Luiza Silveira. Educação A revolução necessária. Petrópolis, RJ: Vozes, 1
WERNECH, Hamilton. Ensinamos de mais aprendem de Menos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.