Ensinar as subjetividades digitalizadas a filosofar: pensando o ensino de Filosofia a partir de Paula Sibilia e Gerd Bornheim
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065789334Palavras-chave:
Subjetividade, Tecnologias digitais, Filosofar, Ensino básicoResumo
Como forma de contribuir para a discussão sobre o ensino de filosofia e as tecnologias digitais é que se buscou explorar as novas visões sobre o ensino que a filósofa Paula Sibilia promove em um de seus estudos, que versa sobre o lugar da escola nos tempos digitais. Para somar a essa reflexão, pensou-se em adicionar uma das tarefas do ensino de Filosofia, que é o filosofar, para tanto foi desbravado três atitudes referentes ao filosofar que Gerd Borheim indica em uma de suas obras. A primeira atitude seria a admiração ingênua, certo espanto diante da grandeza do mundo e que participa de um horizonte pré-crítico do filosofar. A segunda atitude se refere ao dogmatismo, uma barreira ao filosofar que pode provir de uma hipervalorização das experiências ingênuas contidas no passo anterior. O último ponto que será explorado de Bornheim é o aspecto da negatividade, que expõe uma das instâncias a serem superadas para o cultivo da prática do filosofar. A metodologia corresponde à análise qualitativa dos conceitos a partir de uma revisão bibliográfica. O estudo indica que não somente a escola, mas a relação de professor-aluno está sendo impactada com as tecnologias digitais. Nessa mudança o filosofar também se alterou, exigindo assim novos esforços que consagrem o filosofar como crítica desses novos elementos digitais que acabam colaborando na constituição da subjetividade dos alunos.
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