Filosofia contra o ócio: alacridade e movimento como fundamentos para o ensino
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065784789Palavras-chave:
movimento, ócio, filosofia afro-brasileira, samba, alacridadeResumo
Este artigo relaciona filosofia e samba com o intuito de compreender a prerrogativa do ócio para o ato de filosofar como insuficiente para articular os diversos movimentos das corporeidades. Com base na filosofia afro-brasileira, nós utilizamos como recurso as letras de samba que revelam uma resistência e história cultural das periferias cariocas. Nesse caminho tentamos responder: é possível ensinar filosofia contra o ócio? Uma pergunta que justamente convida a rompermos com a ideia cristalizada de fazer filosofia num predomínio cognitivista e com métodos pré-determinados. Nisso propomos a invenção com meio para cada aula, semestre, curso uma metodologia para o seu ensino, a qual está consolidada pela circularidade de afetos, pois assim a horizontalidade se mostra para as pessoas como uma experiência do pensamento filosófico tal como um corpo no samba.
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