Prática de análise linguística e atuação social: o trabalho com operadores argumentativos em uma perspectiva de formação cidadã

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148569419

Palavras-chave:

Análise linguística, Carta aberta, Operadores argumentativos

Resumo

O presente artigo propõe que o ensino de operadores argumentativos, abordado sob o viés da análise linguística, é profícuo em promover o desenvolvimento de competência argumentativa do estudante e de sua atuação social, ao ser associado a um trabalho com gêneros argumentativos em circulação social efetiva. Para tanto, expõem-se dados de uma pesquisa-ação realizada em uma escola pública brasileira, cuja intervenção contou com a abordagem de produção de carta aberta. Os dados revelaram ganhos quanto ao conhecimento do gênero carta aberta, à ampliação de repertório dos operadores argumentativos e de sua relevância no texto e, também, à consciência cidadã.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberta Baffa Andrade, Escola Estadual Márcio Nicolato, Rodeiro, MG

Possui graduação em Letras/Inglês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ubá (1998).Em 2009 especializou-se em Ensino de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Juiz de Fora. Em 2019 iniciou o Mestrado Profissional nessa mesma unidade de ensino. Atualmente é professora do Ensino Fundamental e Médio da Escola Estadual Marcio Nicolato.

Natália Sathler Sigiliano, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG

Professora adjunta da faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. É professora permanente e, atualmente, coordenadora o mestrado profissional em Letras, PROFLETRAS/UFJF. Graduou-se em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Obteve o título de mestre em Letras (área de concentração em Linguística) ainda nesta universidade, sob orientação da Prof. Dra. Nilza Barrozo Dias. Doutorou-se em Linguística na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação da Prof. Dra. Maria Luiza Braga. Foi professora de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. É autora de coleções de livros didáticos de língua portuguesa destinadas ao Ensino Fundamental. Coordena grupo de pesquisa em Análise Linguística na Escola. Atua como pesquisadora no laboratório Framenet Brasil.

Referências

ANDRADE, Roberta Baffa. A Carta aberta como instrumento de exercício para a cidadania: o trabalho com operadores argumentativos nos anos finais do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) - Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, 2021.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

ANDRADE, Roberta Baffa. Análise de Textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Do professor suposto pelos PCNs ao professor real de língua portuguesa: são os PCNs praticáveis? ROJO, Roxane (Org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São Paulo: EDUC; Campinas: Mercado das Letras, 2000. p. 149-182.

BARROS, Lucia Fernanda Pinheiro. O professor e a produção de textos escritos: o que se ensina quando se ensina a escrever? Por que se ensina o que se ensina? Tese de Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2012.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/portugues.pdf. Acesso em: 18 de janeiro de 2022.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 30 de janeiro de 2022.

CHISTÉ, Priscila de Souza. Pesquisa-Ação em mestrados profissionais: análises de pesquisas de um programa de pós-graduação em ensino de ciências e de matemática. Cienc. Educ. Bauru, v.22, n.3, p. 789-808, 2016.

COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição; SIMIONI, Claudete Aparecida. Sequência didática: uma proposta metodológica curricular de trabalho com os gêneros discursivos/textuais. In: BARROS, E.M.D.; RIOS-REGISTRO, E.S. (Org.) Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. Campinas: Pontes Editores, 2014, p. 15-49.

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. ROJO, Roxane Rojo;

CORDEIRO, Glaís Sales (Trad.). Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 95-128.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 27. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo: Anglo, 2012.

GOMES, Andréia de Fátima Rutiquewiski; SOUZA, Sweder. Os módulos da sequência didática e a prática de análise linguística: relações facilitadoras. Revista (Con) Textos Linguísticos, v. 9, n. 14, 2015, p. 08-22.

HARDEN, R.; CROSBY, Joy. AMEE Guide no 20: The good teacher is more than lecturer – the twelve roles of the teacher. In Medical Teacher, Vol, 22, no 4, 2000, p. 334-347.

KOCH, Ingedore Villaça. Argumentação e Linguagem.13.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão-textual. 22.ed. São Paulo: Contexto, 2018a.

KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 11.ed. São Paulo: Contexto, 2018b.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3.ed. São Paulo: Contexto, 2006.

KOCH, Ingedore Villaça. Escrever e argumentar.1.ed. São Paulo: Contexto, 2016.

LIMA, Ana. A prática da escrita no contexto escolar: de onde viemos? Para onde vamos? In: LIMA, Ana; MARCUSCHI, Beth. Produção de textos em espaços escolares e não escolares. Recife: UFPE, 2021, p. 11-34.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Curso Fala e Escrita. Material didático elaborado para o curso Fala e escrita: características e usos, oferecido no 2º semestre de 2002, no Programa de Pós-graduação em Letras e Lingüística da UFPE, 2002.

MARCUSCHI, Luiz Antônio Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MATOS, Jussara dos Santos. O estudo dos implícitos na construção de pontos de vista: estratégias para a participação social de estudantes de 9º ano do ensino fundamental. Tese de Mestrado (Profletras) Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2018.

MENDONÇA, Marcia. Análise linguística no ensino médio: um novo olhar. In: BUNZEN, C. & MENDONÇA, M. (Orgs.) Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006, p. 199-226.

MENDONÇA, Marcia. Análise linguística: refletindo sobre o que há de especial nos gêneros. In: SANTOS, C. F., MENDONÇA, M., CAVALCANTI, M. C. B. (Orgs.). Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 73-87.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: ______ BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2008, p. 1-25.

OLIVEIRA, Jean Rodrigues. A Carta Aberta como instrumento de interação social: uma proposta de intervenção à luz do letramento na EJA. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) - Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Humanidades. Guarabira-PB, 2018.

PINTON, F. M.; STEINHORST, C; BARRETO, T. Glossário de gêneros e suportes textuais [recurso eletrônico]: Base Nacional Comum. Santa Maria, RS: UFSM, CAL, NEPELIN, 2020.

SILVA, Jane Quintiliano Guimarães. Um estudo sobre o gênero carta pessoal: das práticas comunicativas aos indícios de interatividade na escrita dos textos. Tese (Doutorado em Linguística). Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras, Belo Horizonte, 2002.

SILVA, Leila Nascimento; LEAL, Telma Ferraz. A influência do contexto de produção nos textos dos alunos. In: LIMA, A.; MARCUSCHI, B. Produção de textos em espaços escolares e não escolares. Recife: UFPE, 2021.p. 121-143.

SUASSUNA, Livia. Ensino de análise linguística: situando a discussão. In: SILVA, Alexsandro; PESSOA, Ana Cláudia; LIMA, Ana (orgs.) Ensino de gramática: reflexões sobre a língua portuguesa na escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. p. 11-28.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional Petrópolis: Vozes, 2002.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.

VIEIRA, Sílvia Rodrigues. Três eixos para o ensino de gramática: uma proposta experimental. In: NORONHA, C. A.; SÁ JR., L. A. de. (Orgs.) Escola, ensino e linguagem [recurso eletrônico]. Natal-RN, EDUFRN, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufrn.br. Acesso em: 18 de agosto de 2021.

Capa da revista Letras, n. 64

Downloads

Publicado

2023-02-02

Como Citar

Andrade, R. B., & Sigiliano, N. S. (2023). Prática de análise linguística e atuação social: o trabalho com operadores argumentativos em uma perspectiva de formação cidadã . Letras, 1(64), 148–166. https://doi.org/10.5902/2176148569419

Edição

n. 64 (2022): A prática de análise linguística nos processos de ensino e aprendizagem de língua portuguesa na educação básica

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2022 Letras

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Ficam concedidos a Letras todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os originais não devem ter sido publicados ou submetidos simultaneamente a outro periódico e não serão devolvidos. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais.