Caramuru: permanência e mutação da poesia épica clássica na epopeia cristã de Santa Rita Durão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148570881

Palavras-chave:

Caramuru, Poesia épica, Antiguidade Clássica, Permanência, Atualização

Resumo

Neste artigo, discorreremos sobre as permanências e descontinuidades do gênero épico antigo na obra Caramuru – Poema Épico do Descobrimento da Bahia, publicada pelo Frei José de Santa Rita Durão em 1781. Procuraremos analisar como os modelos da poesia épica da Antiguidade Clássica são tomados como base e permanecem nessa epopeia brasileira do fim do século XVIII, com a Modernidade batendo às portas da História, mas, ao mesmo tempo, são renovados (ou atualizados) de acordo com os propósitos específicos do autor em conformidade com o contexto político e religioso no qual ele se situa.

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Biografia do Autor

Vitor Bourguignon Vogas, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes (2016) e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela mesma instituição (2008). Tem experiência profissional nas áreas de jornalismo e de ensino de português como língua estrangeira.

Referências

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Publicado

2023-07-11

Como Citar

Vogas, V. B. (2023). Caramuru: permanência e mutação da poesia épica clássica na epopeia cristã de Santa Rita Durão. Letras, 1(65), 224–238. https://doi.org/10.5902/2176148570881