“Se for, vá na paz" - representações da violência em Bacurau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148542393

Palavras-chave:

Bacurau, Violência, Resistência, Necropolítica

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar os limites e pontos de contato entre as noções de “resistência” e “violência” a partir do filme Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. O trabalho será organizado considerando três focos de análise: o caráter necropolítico da relação entre Estado (simbolizado no personagem do prefeito) e a comunidade de Bacurau; a violência gamificada do grupo de estrangeiros contra a população local; e a dimensão atávica da resposta do povo de Bacurau à violência sofrida por eles. Dessa forma, pretendemos demonstrar como “resistência” e “violência” constituem conceitos centrais in em Bacurau.

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Biografia do Autor

Anderson Soares Gomes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Possui graduação em Inglês Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001), mestrado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004) e é doutor em Estudos de Literatura pela PUC-Rio. Pós-doutor também pela PUC-Rio. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura distópica e historicidade, relação entre imagem técnica e literatura, literatura canadense contemporânea, literatura estadunidense contemporânea. Atualmente, exerce o cargo de professor associado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

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Publicado

2021-06-15 — Atualizado em 2022-08-01

Versões

Como Citar

Gomes, A. S. (2022). “Se for, vá na paz" - representações da violência em Bacurau. Letras, (61), 455–474. https://doi.org/10.5902/2176148542393 (Original work published 15º de junho de 2021)