A doença da acídia sob a lente da história: a pena de Tomás de Aquino e o pincel de Bosch

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DOI :

https://doi.org/10.5902/2357797587378

Mots-clés :

Acídia, Preguiça, Doença histórica, Tomás de Aquino, Hieronymus Bosch

Résumé

Este artigo examina a doença da acídia sob uma perspectiva histórica, considerando sua manifestação como um fenômeno social ao longo do tempo. O objetivo é analisar como a acídia foi percebida e representada em dois períodos históricos distintos: o século XIII, através da obra de Tomás de Aquino, e o século XV, por meio da iconografia de Hieronymus Bosch. Busca-se compreender as concepções da acídia como uma condição que afeta não apenas o indivíduo, mas, também, a sociedade em que está inserido. A pesquisa baseia-se em uma análise crítica e de longa duração das fontes primárias, combinando a análise histórica e iconográfica. Utilizamos a história social como uma lente analítica para compreender como as interações entre indivíduos e grupos sociais influenciaram a compreensão da acídia e sua manifestação na sociedade e as condições sociais, econômicas e culturais que moldaram essas percepções. Os resultados revelam que a acídia foi concebida de maneiras variadas ao longo da história, refletindo as mudanças religiosas, filosóficas e sociais. Tanto Tomás de Aquino (1224/25-1274) quanto Hieronymus Bosch (1450-1516) abordaram a acídia como uma condição que enfraquece o espírito humano e corrompe a alma, afetando o indivíduo e a comunidade em que vive. Concluímos, portanto, que a acídia não é apenas uma questão individual, mas sim um fenômeno social que reflete as complexas interações entre indivíduos e sua sociedade. Ao considerar a acídia como uma doença histórica, este estudo contribui para uma compreensão mais ampla da natureza e do impacto das doenças ao longo do tempo.

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Terezinha Oliveira, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1986), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (1991) e doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Realizou, em 2004, estágio de Pós-Doutorado em História e Filosofia da Educação na Faculdade de Educação da USP. É Professora Titular da Universidade Estadual de Maringá junto ao Departamento de Fundamentos da Educação e ao Programa de Pós-Graduação em Educação. Diretora da Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem) de 2014-2018. É Editora Científica da Revista Acta Scientiarum Education, Imagens da Educação, Editora Ad Hoc da Revista Notandum e Editora de Seção da Revista Brasileira de Educação desde março de 2022. Coordenadora Geral da Universidade Aberta da Terceira Idade de 2021 a 2025. É Coordenadora do Núcleo Interdisciplinar Clássicos da Educação - UEM. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, especialmente em História da Educação e Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, transformação social, história da educação na Idade Média, escolástica, filosofia da educação na Idade Média, Intelectuais e Instituições Educacionais na Idade Média e formação de professores. É filiada a ANPUH, ANPED, SBHE, SBHR e a ABREM e a Rede Latina Americana de Filosofia Medieval. Lider do Grupo de Pesquisa Transformações Sociais e Educação nas épocas Antiga e Medieval (GTSEAM) e do Grupo de Pesquisa Núcleo Interdisciplinar Clássicos na Educação. Participa do Grupo de Estudos Medievais Portugueses (GEMPO), do Grupo de Pesquisa Mnemosyne. Laboratório de História Antiga e Medieva, do Instituto Jean Lauand. É investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura junto a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Centro de Esutdios Clásicos y Medievales - Gonzalo Soto Posada (CESCLAM). É executora do Convênio Internacional entre a Universidade Estadual de Maringá e a Universidade Católica Argentina e do Convênio Internacional entre a Universidade Estadual de Maringá e a Universidade de Évora.

Meire Aparecida Lóde Nunes, Universidade Estadual do Paraná

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (1994), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2010) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2015). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR - campus de Paranavaí). Docente do Programa de Pós-Graduação Sociedade e Desenvolvimento (Unespar, campus de Campo Mourão). Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Estudos Corporais (LEC). Membro do Núcleo Interdisciplinar Clássicos na Educação (NICE, UEM). Tem experiência na área de Educação Física (Fundamentos da Educação Física; Sociologia e Ética, Dança). Desenvolve pesquisas em História da Educação com ênfase em iconografia medieval. 

Thais Regina Ravazi de Souza, UniFatecie Centro Universitário

Doutoranda em Práticas Sociais pela UEM - Universidade Estadual de Maringá (2022). Mestra em Ensino pela Unespar - Universidade Estadual do Paraná, campus - Paranavaí (2018). Graduada em Educação Física pela Fafipa - Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (2004). Graduada em Letras (Português e Inglês) pela Unespar - Universidade Estadual do Paraná, campus Fafipa - Paranavaí (2009).Graduanda em Nutrição pela Unifatecie - Paranavaí (2021-).Pós-graduada em Educação Especial pela Faculdade Iguaçú (2006).Pós-graduada em Educação Física Escolar e a Psicomotricidade pela UniFatecie (2023). Foi professora da Facinor - Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná, Loanda. Coordenadora do curso de Educação Física da UniFatecie. Professora da Unifatecie, Paranavaí, no curso de Letras e Educação Física (Licenciatura e Bacharelado). Editora-Chefe da Revista REBESDE. Orcid: 0000-0002-5627-4380 

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Publiée

2024-08-05

Comment citer

Oliveira, T., Nunes, M. A. L., & Souza, T. R. R. de. (2024). A doença da acídia sob a lente da história: a pena de Tomás de Aquino e o pincel de Bosch. Revista InterAção, 15(2), e87378. https://doi.org/10.5902/2357797587378