https://periodicos.ufsm.br/interacao/issue/feedInterAção2025-04-16T10:51:27-03:00José Renato Ferraz da Silveirajose.silveira@ufsm.brOpen Journal Systems<p style="text-align: justify;">A revista InterAção é um periódico de divulgação acadêmico-científica de Relações Internacionais, do Grupo de Teoria, Arte e Política (GTAP), veiculada em meio digital. </p> <p style="text-align: justify;">Publicação contínua com quatro (4) números a cada ano (podendo ter números especiais), que tem por finalidade publicar entrevistas inéditas, artigos, ensaios e resenhas, originais e exclusivos nas temáticas compreendidas pela disciplina/campo das Relações Internacionais e áreas afins.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>ISSN 2357-7975 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</strong></p>https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90747Editorial2025-02-02T19:48:57-03:00José Renato Ferraz da Silveirajreferraz@hotmail.com2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90964Apresentação2025-02-25T09:32:04-03:00Andréa Araujo de Vasconcellosandreavasconcellos.arq@gmail.comCarolina Bagattollicarolina.bagattolli@ufpr.brDiana Cruz Rodriguesdicruzrordrigues@gmail.comGabriele Ewilin de Oliveira Ribasgabriele.ribas@outlook.comGiovanna Angelotiangeloti.giovanna@acad.ufsm.brMarília Regina Costa Castro LyramariliaLyra@recife.ifpe.edu.brSandra Maria Campos AlvesSandra.campos@ifrn.edu.brWagner Ragi Curi Filhowagner@ufop.edu.br2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90955Expediente2025-02-23T15:33:32-03:00José Renato Ferraz da Silveirajreferraz@hotmail.com2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90067Formação e sustentabilidade no semiárido: implantação de unidade técnica agroflorestal2025-04-16T10:51:10-03:00Sandra Rufinosandra.rufino@ufrn.brAmanda Letícia Bezerra de Oliveiraamanda.oliveira.102@ufrn.edu.brPriscila Olivia de Oliveira Diasprioliviadias@gmail.com<p>O projeto Floema, desenvolvido pela Organização Engenheiros Sem Fronteiras - núcleo Natal, visa promover práticas agroecológicas e sustentáveis em comunidades rurais do semiárido potiguar, com foco na segurança alimentar e resiliência climática. O objetivo principal é implantar uma Unidade Técnica Demonstrativa de Sistema Agroflorestal na comunidade de Catolé, em Lajes Pintadas/RN, integrando tecnologias sociais, como uso de biofertilizante oriundo do biogás e uso de águas residuárias, relacionados aos projetos Biodigestor e Saneamento Fértil respectivamente. A metodologia adotada segue os princípios da Engenharia Popular, unindo saberes locais e técnicas de engenharia e nutrição. O projeto, previsto para dois anos (2024-2025), iniciou-se com um diagnóstico socioeconômico, ambiental e nutricional, seguido por análises bioquímicas de solo, biofertilizante e água de reuso. As oficinas de formação incluem educação ambiental, práticas agroflorestais e nutricionais, realizadas junto à comunidade local. Até o momento, foram identificados desafios como a escassez de água e a falta de mão de obra qualificada, limitando a adoção de práticas mais complexas. No entanto, as formações propostas visam capacitar os agricultores para superarem essas barreiras e promoverem maior sustentabilidade. O projeto é uma oportunidade de melhorar a produção agrícola e pecuária, além de elevar a qualidade de vida e a segurança alimentar das famílias envolvidas.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89215Sistema de indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de tecnologias sociais2025-01-30T16:04:56-03:00Sônia Marise Salles Carvalhosmarises1960@gmail.comTânia Cristina Cruztaniacristina75@gmail.comAlcione Santiago Silvaalcionesantiago228@gmail.com<p>Os sistemas de avaliação em tecnologia social têm como referência o SATECS da Fundação Banco do Brasil (Sistema de Análise de Tecnologias) e o SIDMATECS (Sistema de Indicadores para Diagnóstico, Monitoramento e Avaliação de Tecnologias Sociais) da Universidade Federal de Campina Grande. Essa base teórico-metodológica aporta-se na teoria crítica, onde a tecnologia é humanamente controlada e portadora de valores; socialmente construída por grupos sociais que, em redes de intercooperação, atribuem sentido à tecnologia em sua finalidade social; coloca em xeque a abordagem linear da inovação e estabelece a mudança social como determinante da mudança técnica. A relevância de se obter uma taxonomia com indicadores que caracterizam uma tecnologia social faz-se necessária para orientar as ações implementadas pela universidade em sua política de inovação e incubação; adequar políticas públicas e fortalecer o movimento social. O objetivo desse artigo é duplo: 1) identificar os indicadores de avaliação de tecnologia Social que já foram explorados; 2) qualificar os sistemas existentes estabelecendo as conexões entre tecnologia social e economia solidária. Esse estudo possui três implicações práticas: 1) contribui para que a tecnologia social seja desenvolvida e replicada sem perder a sua significação; 2) orienta os gestores de políticas públicas a criarem programas com adequação entre problemas sociais e soluções tecnológicas; 3) fortalece a pesquisa ao implementar os parâmetros aferidos pela abordagem da tecnologia social em conexão com a economia solidária.</p>2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90039Impactos da ausência de infraestrutura para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia2025-03-20T09:43:50-03:00Rayssa Bernardi Guinatorayssa.guinato@mamiraua.org.brLuiz Francisco Loureiroluiz.loureiro@mamiraua.org.brDávila Suelen Souza Corrêadavila@mamiraua.org.br<p>O debate sobre tecnologias para o desenvolvimento social de práticas econômicas baseadas na biodiversidade tem se intensificado visando fortalecer e incentivar povos e comunidades tradicionais. Entretanto, a maioria das estratégias é voltada ao fomento de cadeias produtivas consideradas prioritárias e/ou de larga escala, sendo descontextualizadas das necessidades dos moradores de áreas rurais amazônicas. Estudos socioeconômicos têm se mostrado eficientes ao fornecerem informações sobre as potencialidades e os desafios enfrentados pelas comunidades tradicionais em áreas rurais para o desenvolvimento de atividades produtivas. Neste artigo, foi avaliado o contexto de 45 comunidades localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no Amazonas, para identificar e discutir dificuldades relacionadas ao desenvolvimento e à implementação de tecnologias voltadas às práticas produtivas e à comercialização nesses territórios. Dados quantitativos referentes ao ano de 2021 foram utilizados para avaliar o perfil produtivo das comunidades e a disponibilidade de acesso a 14 itens de infraestrutura comunitária. Testamos a hipótese que comunidades maiores e com maior acesso à infraestrutura desenvolvem mais práticas produtivas. Foram identificadas múltiplas atividades produtivas, com destaque para as práticas agrícolas e pesca, além de grandes limitações de acesso aos itens de infraestrutura comunitária, indicando a demanda por tecnologias que proporcionem além de benefícios às práticas produtivas, melhorias na qualidade de vida da população. Os resultados ressaltam a necessidade de tecnologias adaptadas às áreas rurais amazônicas para o desenvolvimento socioeconômico das populações tradicionais em áreas protegidas.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90240Marketing e comercialização: estudo de caso da cooperativa de plataforma PEQUENO PRODUTOR2025-02-15T10:57:29-03:00Evilin Thaoane de Matos Camposevilin.matos.jornal@gmail.comMariana da Rocha Silvamarianarochasilva13@gmail.comSilvia Silva da Costa Botelhosilviacb.botelho@gmail.com<p>O PEQUENO PRODUTOR é uma cooperativa de plataforma voltada para a agricultura familiar no extremo sul do Rio Grande do Sul, financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Utilizando o método de estudo de caso (EV & GOMES, 2014) combinado com a análise S.W.O.T., a pesquisa analisou a comercialização e o <em>marketing </em>da cooperativa, abordando o equilíbrio entre o crescimento das vendas e os princípios do cooperativismo de plataforma (SANDOVAL, 2019; SCHOLZ, 2016). Os resultados indicam que o PEQUENO PRODUTOR demonstra o potencial do cooperativismo de plataforma para criar alternativas de comercialização em áreas exploradas. A experiência ressalta a importância do <em>marketing </em>para promover a visibilidade dos pequenos produtores e desafiar a lógica competitiva do capitalismo, buscando impacto econômico local.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90079Contribuições territorializadas para o processo avaliativo do Programa Hortas Cariocas2025-04-16T10:51:27-03:00Yayenca Yllas Frachiayayenca@gmail.comCarla da Rocha Fernandezcarlarrfernandez@gmail.comPablo Piñar Alves Pintopabloyammix@gmail.comHeloisa Tozatohtozato@usp.brMarcelo Borges Rochamarcelo.rocha@cefet-rj.br<p>A horta pedagógica, ao ser integrada ao contexto escolar, vai além da produção agroecológica, proporcionando um espaço de aprendizagem que fomenta o desenvolvimento de competências, habilidades e valores. Apesar dessa relevância, o sistema avaliativo atual do Programa Hortas Cariocas (PHC) do município do Rio de Janeiro foca exclusivamente no quantitativo da colheita, desconsiderando o impacto pedagógico e social das hortas escolares. A partir de uma pesquisa-ação conduzida na Escola Municipal Pedro Ernesto, o presente trabalho objetiva propor um novo modelo de avaliação para o PHC, mais alinhado às realidades territoriais e pedagógicas das hortas em escolas municipais do Rio de Janeiro. A estrutura do novo sistema avaliativo sugerido facilita o processo de monitoramento, oferecendo subsídios para a tomada de decisões e ajustes no projeto, além de valorizar a horta também como um espaço pedagógico que promove a educação ambiental e curricular, bem como o engajamento de toda a comunidade escolar, gerando um maior senso de pertencimento no território. Esperamos que o formulário proposto contribua para a efetivação da política pública e para o fortalecimento do Programa Hortas Cariocas, ampliando seu impacto nas escolas e possibilitando um acompanhamento mais integrado e significativo das atividades pedagógicas desenvolvidas nas hortas escolares.</p>2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90666Tecnologia Social: apropriações conceituais e implicações políticas2025-02-15T10:24:59-03:00Carolina Bagattollicarolina.bagattolli@ufpr.brGiovanna Pezaricogpezarico@gmail.com<p>O presente trabalho visa compreender como, nos últimos 20 anos, o conceito de Tecnologia Social surge, evolui, se tensiona e sofre apropriações semânticas no panorama latino-americano. Para tanto, parte do levantamento da produção científica sobre o tema disponibilizada em repositórios bibliográficos e da produção no formato de livros, considerados basilares sobre o tema. Dentre os achados, está a identificação de que a polissemia em torno do conceito de Tecnologia Social (TS)resulta das disputas e tensionamentos entre diferentes atores – acadêmicos, movimentos sociais, governos e organizações da sociedade civil – que o utilizam para finalidades variadas. Por um lado, essa pluralidade de significados reflete a riqueza interdisciplinar e a ampla disseminação do conceito de TS. Por outro, gera fragilidades, como a diluição conceitual e a dificuldade de mobilização em torno de políticas públicas efetivas. O conceito de TS pode ser considerado uma categoria epistêmica, prática e política atravessada por tensões, disputas, cooptações – sendo ainda, não raro, meramente empregado simplesmente de forma a adjetivar determinadas práticas ou artefatos, sem qualquer problematização associada. Tais achados apontam para a necessidade de se revisitar o conceito e fortalecê-lo, frente ao desafio do risco de seu esvaziamento, especialmente diante da emergência de outros termos, que, apesar de parecerem próximos, estão mais alinhados aos propósitos do mercado e da racionalidade hegemônica.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90188Cooperativismo de plataforma e agricultura familiar: desafios e limites no desenvolvimento do Projeto e-COO2025-03-20T09:40:57-03:00Raizza da Costa Lopesraizzaclopes@gmail.comKamila Debian Victorkamiladebian@gmail.comViviani Rios Kweckoviviani.kwecko@gmail.com<p>Este artigo discute o desenvolvimento do Projeto e-COO, uma tecnologia social baseada no cooperativismo de plataforma voltada à agricultura familiar no sul do Brasil. Partimos de uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela agricultura familiar no contexto neoliberal, como a concentração de terras e a precariedade de recursos, e exploramos a convergência entre economia solidária e tecnologias sociais como resposta a esses problemas. O projeto, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), busca democratizar o acesso à comercialização, produção e distribuição de alimentos, utilizando indicadores sociais e uma plataforma tecnológica. O artigo também reflete sobre os limites que a experiência de desenvolvimento dessa tecnologia social encontrou frente às consequências do modelo neoliberal, evidenciando as desigualdades e injustiças socioambientais intensificadas pelas catástrofes climáticas. Embora o cooperativismo de plataforma se apresente como uma estratégia de resistência e inovação, capaz de fortalecer as práticas coletivas e solidárias, ele enfrenta barreiras estruturais impostas pela lógica de concentração de poder e riqueza. Concluímos que a experiência do Projeto e-COO oferece valiosas lições sobre os limites e potencialidades das tecnologias sociais na promoção de justiça socioambiental. O cooperativismo de plataforma, ao integrar autogestão e economia solidária, surge como uma alternativa para a transformação social, ainda que limitado pelas barreiras estruturais do neoliberalismo. A proposta reafirma a importância de repensar estratégias tecnológicas e sociais que enfrentem as desigualdades e contribuam para o fortalecimento da agricultura familiar.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90590Pobreza, fome e desenvolvimento: uma crítica estrutural aos ODS no contexto brasileiro2025-04-16T10:51:25-03:00Giovanna Angelotiangeloti.giovanna@acad.ufsm.brEdnalva Felix das Nevesednalva.felix@ufsm.br<p>O presente artigo analisa criticamente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS 1 "Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares" e o ODS 2 “Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável”, no contexto brasileiro, com foco nos desafios estruturais e conjunturais do subdesenvolvimento. Embora a Constituição Federal de 1988 tenha garantido direitos sociais, muitos desses direitos ainda não foram plenamente efetivados, especialmente devido às fragilidades econômicas históricas do Brasil, como endividamento, instabilidade cambial e desigualdade social. A Agenda 2030 enfrenta contradições significativas por ignorar a realidade da estrutura dependente e desigual da economia global. Este estudo qualitativo utiliza-se de uma revisão bibliográfica e documental, bem como da técnica de análise de conteúdo, para interpretar as metas dos ODS à luz da teoria da dependência e da realidade histórico-estrutural brasileira, discutindo o viés crítico da tecnologia. Além disso, o artigo discute a proposta de Tecnologia Social (TS), que busca soluções para os problemas sociais, com um enfoque mais radical e adaptado às especificidades do Brasil. Por fim, o artigo explora as limitações da Agenda 2030 e aponta as oportunidades de TS no Brasil, destacando a necessidade de problematizar o subdesenvolvimento como um fator central na implementação dessas agendas globais.</p>2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90708O papel da extensão universitária no enfrentamento à pobreza e à fuga de cérebros no Brasil2025-04-16T10:51:23-03:00Ednalva Felix das Nevesednalva.felix@ufsm.brGustavo Luis Ramos Santosgustavo.ramos@acad.ufsm.brBassel Moh’d Khalil Salameh Ahmadbassel.ahmad@acad.ufsm.br<p>Este trabalho explora dois temas importantes: a fuga de cérebros e a pobreza no Brasil. Em primeiro lugar, analisa a “disfuncionalidade” da universidade brasileira, especialmente, frente a desafios crônicos, como a pobreza no Brasil. Diante da hipótese da disfuncionalidade, é exposta a clara preocupação de (alguns) governos brasileiros com a ampliação da formação de novos pesquisadores, que refletem no aumento no número de titulados mestres e doutores entre 1996 e 2021. Contudo, por não encontrar trabalho no Brasil, estes pesquisadores (cérebros) deixam o país em busca de oportunidades. Por outro lado, a formação de novos pesquisadores não está orientada para a solução das questões sociais, que, por sua vez, perduram no mesmo período - uma significativa parcela da população enfrenta desemprego, subemprego, pobreza e exclusão, como evidenciado pela análise de dados referentes à pobreza e extrema pobreza no Brasil. O trabalho aponta que essa parcela da sociedade brasileira passa a se integrar em diversas experiências de economia solidária buscando sua sobrevivência, experiências que demandam ciência e tecnologia voltadas para suas necessidades específicas. Compreendendo que as universidades públicas têm um papel vital no desenvolvimento, junto a essas experiências sociais, de Tecnologias Sociais (ou Tecnociência Solidária) capazes de apoiar e transformar a realidade brasileira, propõe-se a realização de pesquisa com base nos problemas sociais, do ensino conectado à realidade social e extensão voltada para grupos vulneráveis.</p>2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90273A Tecnologia Social e suas contribuições para o desenvolvimento da resiliência climática no semiárido potiguar2025-04-02T08:57:25-03:00Marcos Vinicius Gomesmarcos.gomes.703@ufrn.edu.brSandra Rufinosandra.rufino@ufrn.br<p>As mudanças climáticas há algum tempo ultrapassam a esfera científica usual e penetram no cotidiano socioterritorial, influenciando diretamente a vida das populações, especialmente em regiões vulneráveis como o semiárido brasileiro. Diante desse cenário, iniciativas de Tecnologia Social (TS) e Inovação Social, ganham destaque por seu potencial de promover a resiliência em comunidades, cujas fragilidades são amplificadas dentro desse emergente contexto. O presente trabalho tem como intuito descrever as TS desenvolvidas e aplicadas pela incubadora de tecnologias sociais Engenheiros Sem Fronteiras (ESF-Natal), ligada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e como elas podem colaborar para a construção do conceito de resiliência climática, principalmente em comunidades rurais do semiárido do Rio Grande do Norte (RN). A metodologia do artigo é baseada em uma abordagem qualitativa, com enfoque em um estudo de caso. Os resultados obtidos revelam a identificação de impactos ambientais, socioeconômicos e científicos/tecnológicos positivos para as famílias usuárias das tecnologias sociais, assim como para os integrantes do projeto. Dentre os principais contributos para a resiliência climática, destacam-se a adoção de práticas de convívio com a seca, a promoção da conscientização ambiental e a melhoria da segurança alimentar e nutricional. No entanto, evidencia-se a necessidade de implementar um sistema de monitoramento e avaliação a longo prazo das tecnologias implementadas, a fim de garantir a sustentabilidade das iniciativas e permitir uma análise aprofundada de sua efetividade ao longo do tempo.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90288Tecnologia Social em comunidades ribeirinhas: atraso ou correspondência tecnológica ao Bioma Amazônia?2025-02-15T10:48:34-03:00Deyvson Pereira Azevedodeyvsonpa@gmail.comDadiberto Pereira Azevedobetoazevedo010@hotmail.comFelipe Addorfelipe@nides.ufrj.br<p>Este artigo busca apresentar tecnologias criadas pelas comunidades agroextrativistas e como elas podem representar um processo de desenvolvimento tecnológico mais vinculado às características do bioma Amazônia. Nessa região, a concepção de desenvolvimento tecnológico dominante atribui o rótulo de “atraso” para as tecnologias criadas pelas comunidades tradicionais. Essa concepção resulta na imposição de tecnologias externas que não estão adequadas às características do território e tendem a desconsiderar o impacto sobre a natureza e sobre a cultura local. Diante disso, torna-se importante pesquisas que busquem dar visibilidade às tecnologias desenvolvidas pelos agroextrativistas para a compreensão de suas aplicações e impactos, livre de rótulos e preconceitos. Por isso, este trabalho analisa a diversidade de tecnologias construídas pelos agroextrativistas e busca observar o processo de sua construção, fazendo aparecer suas implicações para o território. Para isso, utilizamos a abordagem da Tecnologia Social (TS). Realizamos um estudo de caso para levantar a diversidade de tecnologias em uma comunidade agroextrativista da Amazônia. O estudo baseou-se em vivências, observação participante e dados secundários. Foi observado que, diferente do rótulo de “atraso”, as tecnologias dos agroextrativistas representam um processo secular de construção de correspondências tecnológica ao território e responsabilidade com a natureza.</p>2025-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90956Ficha Catalográfica2025-02-23T16:58:19-03:00Central de Periódicos da UFSMcentraldeperiodicos@ufsm.br2025-02-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/86924A epistemologia da autodeterminação na Organização das Nações Unidas e na Corte Internacional de Justiça2025-04-16T10:51:21-03:00Adriano Alberto Smolareksmolarek01@gmail.comJoão Irineu de Resende Mirandajoaoirineu78@gmail.com<p>O dogma da Autodeterminação tornou-se instituto de Direito Internacional a partir da ONU. Seu desenvolvimento epistêmico foi marcado por uma intensa e ampla margem de interpretações que desnaturaram sua natureza jurídica ao longo do tempo: Era princípio político, tornou-se princípio de Direito Internacional, eixo do Direito Internacional dos Direitos Humanos e prerrogativa de Direito, propriamente dita. Nesta última natureza, tornou-se dogma de aplicação <em>erga omnes</em>, com clara tendência de manifestação como Norma Imperativa de Direito Internacional. Este trabalho visa demonstrar o caminho epistêmico percorrido pelo dogma no âmbito ONU, com preponderância na análise jurisprudencial da Corte Internacional de Justiça. Através do método indutivo, utilizando pesquisa bibliográfica e documental além da análise jurisprudencial, o trabalho assume uma perspectiva crítica sobre os rumos traçados pela institucionalidade internacional acerca do dogma. Trata-se de abordagem de confronto entre a natureza atual do dogma e àquela qual deveria originalmente sê-lo.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88776La diplomacia argentina según el discurso oficial (1932-1946): una mirada crítica2025-04-16T10:51:03-03:00Thiago Noschang Cabralthiagocabralns@gmail.comJoão Vitor Sausensausenjoaovitor@gmail.com<p>El presente artículo consiste en un estudio de caso exploratorio a partir del análisis del discurso diplomático contenido en los informes oficiales (titulados como "Memoria") producidos en el ámbito de la Cancillería argentina entre 1932-1946. A partir de la lectura de los informes – y también de la literatura especializada – se cuestiona por qué, a pesar de que en el ámbito de la política interna se observa una serie de rupturas – alrededor de seis gobiernos en catorce años –, en el campo de la política exterior se observa una continuidad que abarca todo el período. Estos informes tenían como objetivo presentar al congreso porteño un resumen de los principales desafíos en las relaciones internacionales argentinas. Por lo tanto, se llevará a cabo una prioridad al análisis de la historia de la política exterior a partir de los informes como fuente primaria, recurriendo a la literatura especializada para analizar la veracidad de los relatos, así como para proporcionar el contexto en el cual están insertos. La justificación de la investigación consiste en rescatar fragmentos de la historia diplomática que se manifiestan en el discurso oficial. En cuanto a la metodología, la organización de la investigación se estructura a partir del análisis del discurso en política exterior. Al final, la hipótesis presentada es que, a pesar de las rupturas internas en la política argentina, el período se caracteriza por continuidades en el discurso diplomático.</p>2025-04-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90748O conflito Rússia-Ucrânia e a (in)segurança energética na Alemanha2025-04-16T10:51:07-03:00Tatiana de Souza Leite Garciatatianaslgarcia@yahoo.com.brDanúbia Caroline Barbosa de Mesquitadanubia.cbmesquita@gmail.comVictor Madeira de Souzavictormadeira13@hotmail.com<p>O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, expõe os históricos interesses de grandes potências em territórios estratégicos, deflagrando crises que perpassam as fronteiras dos países diretamente envolvidos. A proposta deste artigo é correlacionar os impactos que o conflito Rússia-Ucrânia ocasionou na Alemanha, especificamente a crise energética decorrente da diminuição do fornecimento do gás russo durante o primeiro ano deste conflito. Diante da conjuntura, o governo alemão acelerou seu plano por novas fontes de energias renováveis e ampliação de parceiros extrarregionais, a fim de responder às demandas dos sistemas produtivos e de sua população, que tiveram os hábitos de consumo afetados. As metodologias aplicadas foram a pesquisa bibliográfica baseada em livros, artigos, documentos oficiais de governos, relatórios de Organizações internacionais e textos jornalísticos, a análise documental com base no Eurobarómetro de 2022 (Comissão Europeia) e a aplicação de entrevistas com três cidadãos alemães e um brasileiro (residente na Alemanha há 10 anos), concedidas em junho de 2023, pelo meio digital.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88214Métodos mistos em Relações Internacionais: estudo exploratório da pesquisa brasileira2025-04-16T10:51:20-03:00Gabriela Alves de Borbagabrielaamem1@gmail.comAmanda Neves Leal Mariniamanda.nlmarini@gmail.com<p>A presente pesquisa investiga a aplicação dos métodos mistos nos estudos de Relações Internacionais no Brasil. A pergunta orientadora é: quais são as principais aplicações dos métodos mistos nas pesquisas brasileiras em Relações Internacionais? O objetivo geral é explorar essas possibilidades, com foco na academia nacional. Os objetivos específicos são: Identificar e caracterizar os estudos que adotaram métodos mistos em pesquisas de Relações Internacionais no Brasil, analisando a frequência de uso dessa abordagem e as estratégias metodológicas empregadas. Examinar as técnicas utilizadas para a coleta e análise de dados nos estudos analisados, destacando os métodos predominantes, suas aplicações e combinações no contexto da pesquisa em Relações Internacionais. Avaliar as limitações metodológicas presentes nas pesquisas revisadas, bem como explorar as oportunidades para a ampliação e aprimoramento do uso dos métodos mistos na área. Metodologicamente, o estudo caracteriza-se como qualitativo e exploratório. A coleta de dados baseou-se em uma pesquisa bibliográfica sistemática na plataforma de Periódicos CAPES, com análise realizada em janeiro de 2024. As buscas empregaram palavras-chave definidas pela Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), refletindo temas centrais do campo. Os critérios de inclusão abrangeram artigos científicos publicados em revistas classificadas como A4 ou superior na área de Ciência Política e Relações Internacionais (CPRI) no período do quadriênio 2017-2020, conforme levantamento realizado na plataforma Sucupira em janeiro de 2024. Os resultados corroboram a hipótese inicial de um déficit metodológico na área, evidenciando a pouca adesão aos métodos mistos, apesar de seu potencial para aprimorar a pesquisa no contexto nacional.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89634Por uma História que dê ouvidos: proposta de formação docente para executar a Lei 11645/2008 no sul de Minas Gerais2025-04-16T10:51:15-03:00Gustavo Uchôas Guimarãesgustavoemarieli19@gmail.comIvone Antonia da Silvaivonesilvape@hotmail.com<p>A História Indígena regional é um conteúdo de grande importância para uma formação docente que se queira voltada à promoção da diversidade étnico-racial e cultural, atendendo a lei 11645/2008 (sobre o ensino de História Indígena nas escolas) e o <em>caput</em> do artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (sobre o caráter de regionalidade que deve ser contemplado pelo currículo nas escolas). No entanto, face ao pouco conhecimento de professores sobre História Indígena (Guimarães, 2024a), é necessário oferecer formação baseada nos estudos já realizados a respeito de aspectos históricos, culturais, sociais e econômicos da presença indígena na bacia do rio Verde, sul de Minas Gerais, com base em documentação histórica e pesquisas arqueológicas. Por meio de levantamento e análise bibliográfica sobre a História Indígena regional na bacia do rio Verde, este estudo apresenta sugestões que facilitem aos professores um trabalho que atenda às mencionadas legislações e, mais que isto, mostre as diversidades que formaram a sociedade sul-mineira. As sugestões são práticas que direcionam professores para o aproveitamento das fontes sobre a História Indígena regional em diversos componentes curriculares.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88870Aprimorando a educação matemática: técnicas interativas para otimizar a compreensão e o desempenho dos alunos no Ensino Básico2025-04-16T10:51:17-03:00Sarah Jane Souza da Silvasarah.souza@ifsc.edu.brIsnaldo Isaac Barbosaisnaldo@pos.mat.ufal.br<p>Este artigo explora o uso de técnicas interativas, tais como a tecnologia social, no ensino de matemática básica, visando melhorar as habilidades dos alunos. Inicialmente, destacamos a necessidade de aprimorar o ensino de matemática em escolas públicas e comunidades com baixo desempenho, enfatizando as técnicas interativas como ferramentas inclusivas e acessíveis. O estudo avalia a eficácia dessas metodologias na otimização do aprendizado matemático e no desenvolvimento social dos alunos. Para isso, revisamos a literatura sobre educação interativa e tecnologia social, identificando lacunas que este estudo busca preencher. Descrevemos a aplicação das técnicas interativas em sala de aula e os métodos de coleta e análise de dados, focando no impacto educacional e social. Os resultados mostram um aumento significativo na compreensão dos conceitos matemáticos, melhorando o desempenho acadêmico e a motivação dos alunos. Comparamos nossas descobertas com pesquisas anteriores, discutindo as implicações sociais e educacionais e reconhecendo as limitações do estudo. Concluímos que as técnicas interativas são eficazes para melhorar o aprendizado matemático e promover a inclusão e equidade educacional, recomendando sua integração sustentável no currículo escolar. Sugere-se, também, pesquisas futuras para explorar mais o potencial dessas técnicas como ferramentas de transformação social.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/90757Fundamentos políticos e técnicos da mensuração de cooperação Sul-Sul2025-04-16T10:51:05-03:00José Alejandro Sebástian Barrios Díazale.ri.barrios@gmail.com<p>A cooperação para o desenvolvimento é um tema central que mobiliza governos, organizações da sociedade civil e organismos internacionais, sendo pautada por ideais de ajuda, solidariedade e a criação de novas plataformas de desenvolvimento. Um dos debates mais relevantes no campo da Cooperação Sul-Sul (CSS) no século XXI é a sua mensuração. O objetivo deste artigo é identificar e analisar os fundamentos políticos e técnicos que sustentam a mensuração da Cooperação Sul-Sul, propondo um quadro conceitual que destaque os elementos e variáveis essenciais para a formulação de uma política eficaz de mensuração dessa cooperação. A análise busca, portanto, responder à questão central: Quais são os princípios que fundamentam a mensuração da Cooperação Sul-Sul, e quais elementos e variáveis devem ser considerados nesse processo? A hipótese central sugere que, por trás das questões técnicas de quantificação da CSS, existem fatores políticos complexos que não podem ser negligenciados, especialmente devido à falta de parâmetros de referência globais. O artigo explora como fatores políticos, como generosidade, mobilização de interesses inter-burocráticos e relações de poder, influenciam o processo de mensuração, além de discutir as múltiplas escolhas técnicas relacionadas às modalidades, setores e instrumentos financeiros de cooperação. O marco conceitual deste artigo fundamenta-se nas discussões conceituas sobre CSS, que abrangem as diferentes formas de cooperação entre países em desenvolvimento, bem como os desafios, as oportunidades e as dinâmicas políticas e técnicas que surgem a partir dessas interaçõesA proposta é oferecer uma análise crítica sobre como a mensuração da CSS deve ser realizada, destacando as implicações políticas e técnicas envolvidas na construção dessa prática.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88762Desenvolvimento Socioprofissional: <i>habitus</i> e saber-fazer docente2025-04-16T10:51:19-03:00Daiane Luzia de Matos Buenodaiane.matos-bueno@unesp.brFabiana Rosa Vilela de Oliveira Guilhermefabianavguilherme@gmail.com<p>O presente artigo apresenta reflexões e questionamentos acerca do desenvolvimento profissional dos professores por uma perspectiva histórico-social à luz do conceito de <em>habitus</em>. Com o objetivo de problematizar as discussões em torno do trabalho docente e das práticas pedagógicas, como um processo complexo que ocorre por meio de ações sociais reguladas, buscou-se, como método, a revisão de literatura com apoio nos estudos de Bourdieu (2003); Day (1999); Perrenoud (2001) e Sarti (2020). Nos resultados das discussões apresentadas, constata-se que as práticas pedagógicas se desenvolvem mediante um processo de formação contínua, histórico-social, constantemente tensionada pela cultura que permeia toda trajetória profissional dos professores.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89930Notas sobre a eleição do Presidente Bolsonaro em 20182025-04-16T10:51:12-03:00Hemerson Luiz Pasehemerson.pase@gmail.comAna Paula Patellaanapaulapatella@gmail.com<p>Este texto tem o objetivo de levantar pistas para identificar e analisar as razões não institucionais que propiciaram a vitória eleitoral e a legitimação do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas eleições gerais de 2018. Compreendemos que a cultura política é uma variável interessante para analisar este processo. Nosso problema de pesquisa é: Como a cidadania brasileira unge no poder máximo do país o Presidente Bolsonaro? A hipótese é que a vitória de Jair Messias Bolsonaro foi possível em razão da cultura política brasileira, cujas marcas são o clientelismo, a delegação e o cinismo produtores de incompreensão e hesitação da cidadania em relação à democracia. A metodologia é hermenêutica e analisa as informações através dos teóricos da ciência social brasileira, cuja produção dialoga com a teoria da cultura política. As informações foram obtidas na imprensa, nas redes sociais e em relatos empíricos primários obtidos a partir de entrevistas livres.</p>2025-03-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025