Revista InterAção
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<p style="text-align: justify;">A revista InterAção é um periódico de divulgação acadêmico-científica de Relações Internacionais, do Grupo de Teoria, Arte e Política (GTAP), veiculada em meio digital. Publicação contínua com quatro (4) números a cada ano, que tem por finalidade publicar entrevistas inéditas, artigos, ensaios e resenhas, originais e exclusivos nas temáticas compreendidas pela disciplina/campo das Relações Internacionais.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>ISSN 2357-7975 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</strong></p>Universidade Federal de Santa Mariapt-BRRevista InterAção2357-7975Masculinidades pretas e afrodiaspóricas no Brasil: castigo e tortura contra os negros
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88328
<p>Este estudo examina a continuidade das práticas de tortura e punição direcionadas às masculinidades pretas e afrodiaspóricas no Brasil, com aspectos do período colonial a modernidade. Com objetivo de evidenciar como essas práticas permanecem como mecanismos de controle social e expressão de poder racial, o estudo formula sua pesquisa a partir do conceito de racismo recreativo em Moreira (2019). Metodologicamente, adota-se a revisão bibliográfica interdisciplinar, fundamentada em dados históricos e jornalísticos, inspirada pela pesquisa implicada Macedo (2012). O referencial teórico aborda contribuições de Moura (1988,1992) e Lara (1988), que tratam de resistências das comunidades pretas e as estruturas raciais de opressão. Os resultados revelam que, embora as práticas físicas de tortura tenham mudado de forma, a violência racial persiste de maneira sádica e institucionalizada, reforçando a supremacia branca. Nesse sentido propomos um enfrentamento crítico e coletivo ao racismo estrutural e suas manifestações, a partir de Fanon (2008); Bento (2022) e Allport (1954), visando à equidade racial.</p>Thiago Francysco Rodrigues CassianoJosé Damião Trindade Rocha
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2024-12-162024-12-16153e88328e8832810.5902/2357797588328O (não) pertencimento do migrante haitiano ao Brasil: a dobra subjetiva do dentro e fora
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87847
<p>Este artigo objetiva trazer à discussão traços da identidade dos haitianos que migraram para o Brasil, movimento decorrente dos atuais deslocamentos que se dão também no eixo Sul-Sul, por meio da análise de narrativas desses migrantes, disponibilizadas publicamente em plataforma digital do YouTube. É uma pesquisa de natureza qualitativa e interpretativa, que considera a narrativa como forma de expressão do sujeito, de sua identidade, além de uma perspectiva metodológica que possibilita a produção de conhecimento. A partir da seleção de trechos dessas narrativas, empreendeu-se uma análise de natureza discursiva para estudar efeitos de sentido sobre formas de pertencimento e não pertencimento do migrante haitiano à(s) cultura(s) e língua(s) do Brasil, relevando as condições que compõem os marcadores identitários desse migrante e que determinam o espaço discursivo que ele ocupa, tais como a língua, a classe social, o gênero e a raça. Trazemos para a discussão dois excertos que fazem parte de um dos eixos temáticos trabalhados na pesquisa geral, denominado como “a dobra subjetiva do dentro e fora”, o qual revela o movimento simultâneo de pertencer e não pertencer ao país em que atualmente habita, pelas dificuldades que enfrenta, mas que são colocadas como responsabilização pessoal, não levando em conta que ele, por sua vulnerabilidade e pela reunião de traços identitários que o definem como um sujeito de “segunda classe”, não pode gozar de seus direitos, ainda que esteja em condição legal no país em que vive, revelando a necessidade de se repensar decolonialmente os modelos da modernidade. </p>Eliane Righi de Andrade
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2024-12-162024-12-1615310.5902/2357797587847Uma leitura racial de “A paixão segundo G. H.”: ressignificando o romance de Clarice Lispector a partir dos estudos sobre racismo
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88054
<p>A presente discussão debruça-se sobre a análise obra <em>A paixão segundo G. H.</em>, da autora modernista Clarice Lispector, e promove uma leitura a respeito da questão racial no romance. A interpretação analisa a figura de Janair, empregada doméstica negra, que, não estando presente no enredo do romance, marca sua participação a partir de uma inscrição feita à carvão por ela, deixada na parede do quarto de empregada. Essa atitude movimentou a vida organiza e monótona da protagonista do romance de Clarice Lispector, deixando-a desconfortável, com raiva e imaginando que a empregada a odiava, o que indica que estes sentimentos contra esta personagem ausente podem ser analisados como imagens do racismo. Para tanto, a leitura atravessa as discussões de autores que debatem o tema racial como, Frantz Fanon, que realiza no texto <em>A experiência vivida no negro</em> uma espécie de teoria confessional. Para tanto, o trabalho realiza uma aproximação entre as obras com o interesse de pensar e/ ou repensar esse romance de Lispector, analisando as visões de G. H., Janair e Fanon como formas de traduzir o racismo. Assim, como escopo teórico foram utilizados, além da leitura de Frantz Fanon (2008), autores como Benedito Nunes (1995, 2009), Alfredo Bosi (2017), Evando Nascimento (2012), bem como a referência a documentos oficiais como os dados demográficos (2019) e a revisitação ao texto literário, com o interesse de promover uma interpretação a partir do viés racial acerca dessa obra de Clarice Lispector.</p>Luã Leal GouveiaCláudia Letícia Gonçalves Moraes
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2024-12-162024-12-16153e88054e8805410.5902/2357797588054Configurações de violências em “Espinha de Peixe”, de Mari Vieira
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87992
<p>Este artigo tem como objetivo analisar as manifestações das violências domésticas desferidas contra a mulher negra e suas reverberações nas memórias dos filhos que presenciam os atos brutais em contexto ficcional. Para tanto, utiliza-se de uma revisão bibliográfica assentada em Davis (2016), hooks (2023), Carneiro (2019); Saffioti (2015), Akotirene (2023); Assmann (2011), Durand (2012) e Le Breton (2016) associada a dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2023) - Atlas da Violência. A condição interseccional da mulher, sobretudo no que concerne aos eixos sociais raça, gênero e classe foi considerada nas análises críticas, assim como, a possibilidade de rememorações de traumas infantis oriundos das violências presenciadas. Foi possível compreender que as violências contra a mulher negra se manifestaram prioritariamente de forma psicológica, física e moral. Observou-se que este fenômeno está constituído no aspecto sócio-histórico que legitima o poder do homem sobre o corpo feminino em uma relação direta com a lógica patriarcal: em especial, no que se refere ao corpo da mulher negra e pobre. Conclui-se, portanto que este fenômeno, quando realizado no âmbito doméstico, na presença dos filhos, resulta em traumas que reverberam na vida adulta por meio de emoções conscientes e/ou inconscientes que, por sua vez, podem transformar-se em atos violentos. </p>Ana Raquel de Sousa LimaCleide Silva de OliveiraMargareth Torres de Alencar Costa
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2024-12-162024-12-16153e87992e8799210.5902/2357797587992Mulheres negras professoras: uma análise interseccional de raça e gênero no Brasil
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88407
<p>A intencionalidade deste trabalho é discutir a situação das mulheres negras no mercado de trabalho, com ênfase na docência, e abordar os aspectos históricos, políticos e culturais que influenciam essa realidade. O objetivo é evidenciar como a combinação de racismo e sexismo perpetua violências silenciosas e contribui para a desigualdade de acesso a posições mais intelectualizadas, confrontando dados estatísticos educacionais e ocupacionais com a perspectiva de autores como Lilia Moritz Schwarcz (1993), Maria Muller (2003; 2008), Jerry Dávila (2006) e Sueli Carneiro (2023). Utiliza-se a interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica para analisar a condição das mulheres negras no mundo do trabalho, com foco na docência. Problematizar a trajetória escolar e profissional das mulheres negras permite desmistificar e desnaturalizar conceitos e práticas enraizados em contextos de injustiça social, promovendo uma reflexão mais profunda sobre as dinâmicas de poder e dominação que as afetam.</p>Mayra Silva dos Santos
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2024-12-162024-12-16153e88407e8840710.5902/2357797588407A educação quilombola e a Dança da Suça no município Chapada da Natividade-TO
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88440
<p>A Dança da Suça é uma manifestação cultural tradicional presente nas regiões dos estados de Goiás e Tocantins, sobretudo, nas comunidades quilombolas e tradicionais localizadas nas cidades de Natividade, Chapada da Natividade, Santa Rosa, Monte do Carmo, Almas e Dianópolis. Neste artigo enfatizamos a prática da suça no quilombo Chapada da Natividade, por representar uma região que, por dezessete anos, vivenciamos a docência e as tradições culturais presentes. O objetivo deste trabalho é evidenciar a relação entre a Dança da Suça e a Educação Quilombola, com ênfase nas leituras realizadas sobre memória e prática cultural. Começamos discutindo a contribuição da educação e seus fundamentos para o desenvolvimento humano e o vínculo com a Dança da Suça, a partir das interfaces com os estudos sobre a memória coletiva e a prática cultural, buscando os fundamentos em Maurice Halbwachs (1990) e outras leituras como elementos importantes sobre o estudo de comunidade quilombola e a preservação da memória. Por fim, examinamos as perspectivas da educação patrimonial com ênfase na Educação Histórica como subsídio na compreensão sobre a identidade e o desenvolvimento escolar e da comunidade, além das influências culturais que marcam suas memórias.</p>Roberta Tavares de Albuquerque MenezesGeorge Leonardo Seabra CoelhoRegina Célia Padovan
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2024-11-252024-11-25153e88440e8844010.5902/2357797588440Identidades e interseccionalidades no afroempreendedorismo
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88431
<p>O presente artigo tem o propósito de contribuir para a reconstituição das questões identitárias da população negra acerca do afroempreendedorismo, sobretudo no ensejo de institucionalizar cadeias produtivas sólidas, que possibilitem o acesso das gerações futuras às condições dignas de existência. O texto é excerto de trabalho de dissertação para o qual foram realizadas seis entrevistas, com afroempreendedores do ramo da estética. Os dois homens são barbeiros. As quatro mulheres desempenham funções diferentes, sendo uma cabeleireira, uma maquiadora e designer de sobrancelhas, uma trancista e uma designer de sobrancelhas e confeccionadora de perucas para mulheres negras. A variedade de funções escolhidas para entrevistas teve o intuito de abranger uma maior diversidade de experiências com a estética, principalmente negra. A pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de compreender como aspectos do racismo influenciam na economia, no crescimento econômico e no desenvolvimento de afroempreendedores, de maneira a verificar a influência de fatores étnicos, de gênero e culturais para a diferenciação dos negócios perante os concorrentes. Esta pesquisa é de caráter exploratório e a partir dos resultados obtidos propõe que se construa novos pressupostos capazes de contribuírem com a resolução do desafio de se sustentar e evoluir um empreendimento em solo brasileiro.</p>Suzana Lopes Salgado RibeiroWellington Vicente de PaulaNilton dos Santos Portugal
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2024-11-272024-11-27153e88431e8843110.5902/2357797588431Pedagogia Feminista Negra como confronto ao epistemicídio: novos territórios de conhecimento
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88424
<p>Este artigo investiga o papel da Pedagogia Feminista Negra como uma forma de confronto ao epistemicídio, explorando novos territórios de conhecimento. Através de uma análise crítica de clássicos de pensamento feminista negro e sua contribuição para a educação, examina-se como essa abordagem pedagógica desafia a marginalização e apagamento dos saberes produzidos por mulheres negras. Partindo de uma revisão bibliográfica e análise teórica, o estudo destaca a importância da Pedagogia Feminista Negra na promoção de uma educação emancipadora e humanizada, que valoriza e respeita as experiências e contribuições das mulheres negras na construção do conhecimento científico. Ao reconhecer o epistemicídio como uma forma de violência epistêmica, o artigo propõe a Pedagogia Feminista Negra como uma ferramenta para a construção de novos paradigmas educacionais, capazes de ampliar e diversificar os horizontes do conhecimento.</p>Kenia SilvaCarolina Santos Barroso de Pinho
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2024-11-272024-11-27153e88424e8842410.5902/2357797588424Migração e trabalho: a condição da população haitiana em Lages-SC
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87667
<p>Este artigo analisa o processo migratório de haitianos para o município de Lages, estado de Santa Catarina, com um enfoque nas relações de trabalho. O estudo apoia-se em autores que dialogam com o tema proposto, especialmente através do pensamento marxista haitiano, oferecendo uma perspectiva materialista enraizada em uma crítica anticolonial. O Haiti, envolto em uma sequência de crises econômicas, tensões sociais e intervenções coloniais e imperialistas, testemunha um movimento histórico de emigração, que se direciona ao Brasil após o devastador terremoto de 2010. Dentro desse contexto, o município de Lages/SC recebe um expressivo grupo de migrantes haitianos. O fenômeno migratório haitiano inicia-se no município liderado por homens, inseridos em trabalhos industriais, estes assumem a responsabilidade de angariar recursos para trazer seus familiares e manter financeiramente aqueles que ficaram no Haiti. Posteriormente, o fluxo migratório passa a ocorrer com mulheres e crianças familiares dos migrantes residentes no município. Relatos apontam que há uma superexploração da força de trabalho dos migrantes no contexto laboral de Lages/SC, bem como a presença de discriminação racial nestes ambientes. Essa investigação busca evidenciar a condição da população haitiana no município de Lages/SC de maneira crítica, a fim de promover a visibilidade dos migrantes neste território.</p>Rafael Tizatto dos SantosJosilaine Antunes Pereira
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2024-11-272024-11-27153e87667e8766710.5902/2357797587667Ritmos da resistência - cantoras negras brasileiras sob o enfoque da interseccionalidade
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88436
<p>Este artigo tem como panorama social a condição das mulheres negras brasileiras, suas resistências às opressões de raça, gênero e classe enquanto práxis educativa interseccional na construção da cultura das mulheres negras. O objetivo é refletir sobre como algumas cantoras negras brasileiras utilizam educativamente da música como um instrumento de resistência ao racismo, patriarcado e capitalismo, construindo uma cultura das mulheres negras de resistência às opressões, mas também afirmação da identidade negra. O aporte teórico utiliza-se dos campos do Feminismo Negro em interface com a Educação das Relações Étnico-raciais. Metodologicamente, é de abordagem qualitativa e se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica. Em nossa análise, destacamos exemplos de cantoras negras brasileiras que demonstram em suas obras uma forte conexão com temas de resistência de mulheres negras. Concluímos que suas práticas artísticas transcendem o entretenimento, exercendo um impacto significativo na práxis educativa interseccional, na conscientização coletiva sobre questões de raça, gênero e classe, voltadas para emancipação humana.</p>Eni Gonçalves da Silva CambuiAna Luisa Alves Cordeiro
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2024-11-272024-11-27153e88436e8843610.5902/2357797588436Manifestos contra as cotas raciais e a heteroidentificação: tensões ao corpo negro nos espaços sociais
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88359
<p>O artigo objetiva problematizar as posições contrárias às cotas raciais, desde o início dos anos 2000, identificadas em manifestações de intelectuais e em discursos de políticos. Fundamentado em Nilma Lino Gomes (2019) e do reconhecimento dos corpos das populações negras nas políticas públicas, o texto aborda as tensões entre a regulação e a emancipação dos corpos negros. Corpos estes, que ao serem regulados, sofrem com as violências cotidianas, simbólicas e materiais em espaços públicos e privados e que, por meio das ações afirmativas, podem ser corpos emancipados ao serem incluídos nas universidades, à exemplo da Universidade da Integração lnternacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e demais espaços sociais. O estudo conclui que a execução da política de cotas raciais por meio da discriminação positiva respaldada, pela comissão de heteroidentificação garante a finalidade do cumprimento da política de cotas raciais ao grupo beneficiário, possibilitando assim, com a realização de outras políticas sociais, a emancipação racial dos corpos negros.</p>Arilson dos Santos Gomes
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2024-11-052024-11-05153e88359e8835910.5902/2357797588359Cuti e a reivindicação da subjetividade negra no teatro brasileiro
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88414
<p>Sistematicamente relegado ao segundo plano na história da dramaturgia brasileira, o negro foi (quase) sempre representado, dada a cosmovisão racista que séculos de escravidão relegaram ao país, de forma problemática. Quando não reduzidas a ornamento, reificadas ou silenciadas e impedidas de se expressar, as personagens negras foram concebidas sob o signo do selvagem e do exótico até meados do século XX, quando surgiu o primeiro grande movimento que logrou dignificar o espaço do homem negro nas artes cênicas nacionais: o Teatro Experimental do Negro (TEN), liderado por Abdias do Nascimento. Em que pese a publicação de <em>Dramas para negros</em>, coletânea de peças organizada pelo idealizador do TEN e publicada em 1961 – que ainda incorre no reforço de alguns estereótipos –, até a década de 1980 careceu-se de uma representação do negro em sua plena complexidade emocional. A dramaturgia de Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, engajado pensador da literatura negra, surge como a reivindicação da subjetividade negra no teatro brasileiro. Neste artigo, procuramos demonstrar como o escritor propõe a ressemantização dos signos historicamente tornados negativos porque assimilados à negritude e, sobretudo, como sua obra subverte o discurso hegemônico racista ao levar combativamente a complexidade humana do negro ao proscênio.</p>Marco Aurélio Abrão ConteRafael Gallina BinFernanda Bertasso Mazieiro Marconi
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2024-11-052024-11-05153e88414e8841410.5902/2357797588414Poetry Slam na socioeducação, Vidas-Palavras em transform(ação)
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88425
<p>Este estudo tem o objetivo de explicitar práticas educacionais construídas mediante a Poetry Slam (batalhas de poesia falada) com adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa de internação em um Centro de Atendimento Socioeducativo, em um município do interior do estado de São Paulo (Brasil). As discussões partem dos resultados de uma pesquisa-ação que analisou a contribuição da poesia Slam para o reconhecimento e entendimento no que concerne aos Direitos Humanos e para construção de Projetos de Vidas políticos e emancipatórios de adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa de Internação. Nesse contexto, emergiu uma experiência em que foi possível realizar oficinas pautadas pelos processos identitários, de narrativas autobiográficas e de performance poética. Momentos em que observou-se significativos e potentes movimentos de empoderamento juvenil, ocorrendo a sistematização e apropriação de conhecimentos no que diz respeito aos direitos humanos, aos contextos históricos de vivências e (res)significações quanto às necessidades para construção de projetos de vidas. Sendo um envolvimento transformador em que os sujeitos em privação de liberdade revelaram suas existências através de seus corpos e palavras de modo histórico e singular. Diante disso, as práticas educativas com a poetry Slam contribuíram significativamente para quebrar estigmas marginalizadores e excludentes, abrindo espaços para construção de projetos de vidas políticos e emancipatórios, configurando-se a potencialidade de vidas-palavras que mobilizam para a transform(ação).</p>Sueli de Fátima Caetano CoppiMariana Cunico da SilvaVictoria Sara de Arruda
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2024-11-052024-11-05153e88425e8842510.5902/2357797588425Literatura afro-brasileira: uma instância das linguagens para uma educação antirracista
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88450
<p>O estudo apresenta reflexões sobre educação, linguagens e literatura, especialmente literatura afro-brasileira. O objetivo deste é compartilhar algumas reflexões acerca da literatura afro-brasileira e suas influências na formação da identidade negra diante de um contexto de negacionismo identitário oriundo da colonização. O estudo é qualitativo e de cunho bibliográfico, sendo a base dissertativa composta por autores/as que dialogam acerca das temáticas supracitadas. As discussões atravessam o campo literário afro-brasileiro, que, por meio de suas narrativas, promove iniciativas de visibilidade e até mesmo denúncia das desigualdades sociais e raciais introduzidas e reproduzidas nas sociedades, as quais são geridas diante da lógica colonial. A partir das leituras e discussões, percebeu-se a relevância do campo literário enquanto instrumento de luta e resistência da negritude. Na literatura, pode-se introduzir realidades que estavam invisibilizadas socialmente diante da hipocrisia de um sistema de sociedade que se diz democrático e igualitário, no entanto, preza pela reprodução das desigualdades, de preconceitos, tais como o racismo. Notificou-se também que a formação das subjetividades deve ser ressignificada, passando a romper com a lógica dominante, a qual remete à ascensão do branco em função da regressão do negro. Ressalta-se, por fim, que iniciativas combativas são indispensáveis para o alcance de uma sociedade, ou melhor, de sociedades mais justas. É preciso referenciar e tornar objetivo os princípios humanos, para então, haver pessoas emancipadas junto aos seus pares.</p>Marcílio VieiraJosivando Ferreira da CruzMarcio Romeu Ribas de Oliveira
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2024-11-052024-11-05153e88450e8845010.5902/2357797588450As construções de identidades de psicólogas negras no Nordeste paraense
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/86501
<p>As construções de identidades de pessoas negras são atravessadas por apagamentos, silenciamentos e violências. Os processos de miscigenação implicam a perda de identidade e um retorno a essa compreensão étnico-racial é fazer um resgate histórico, político e territorial. Foi realizada uma pesquisa, por meio do método qualitativo de fundamentação teórica fenomenológica, com base no modelo empírico-compreensivo proposto por Amedeo Giorgi, buscando compreender as construções de identidades de psicólogas negras no Nordeste paraense, tendo como instrumento entrevistas semiestruturadas realizadas com quatro mulheres que se reconhecem enquanto negras, formadas em psicologia e que exercem a profissão em diferentes áreas, a fim de compreender as intersecções de raça, gênero, sexualidade e classe que atravessam as vivências das profissionais de psicologia.</p>Aline Stefany Queiroz LeiteFernanda Santa Brígida CostaLorena Schalken de Andrade
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2024-11-052024-11-05153e86501e8650110.5902/2357797586501Mulheres negras na docência universitária: insurgência e transgressão
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87737
<p class="western" align="justify">O presente artigo integra uma pesquisa de doutorado, já concluída. O objetivo da investi-gação foi realizar um mapeamento analítico das trajetórias acadêmicas das docentes ne-gras que atuam nos cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF). De modo objetivo sistematizou-se uma busca para correlacionar as dinâmicas de performan-ces dos marcadores sociais, gênero, raça e classe, norteada pelo arcabouço teórico da in-terseccionalidade, considerando-se que tais categorias atuam entrecruzadas e em intensi-dades variáveis e distintas. Buscou-se averiguar, a forma em que tais categorias são evi-denciadas nas trajetórias acadêmicas das docentes que participaram desta produção e quais as vicissitudes enfrentadas pelas mesmas. É oportuno ressaltar, que sobre a catego-ria classe, faz-se necessário evitar estabelecer o olhar hierarquizante que não raro a cen-traliza e secundariza as demais categorias. As metodologias de pesquisa utilizadas foram a qualitativa e a quantitativa. No acesso ao banco de dados referente ao quadro docente, disponibilizado pela UFF, as categorias gênero e raça informadas em cada curso, viabiliza-ram a análise quantitativa. Enfatizando o caráter complementar das metodologias quanti-tativa/qualitativa a análise das trajetórias acadêmicas das docentes negras foi viabilizada pela utilização de um questionário e a partir deste, realizou-se um confronto com o currí-culo lattes de cada professora. Neste estudo, apesar de apontar os avanços obtidos pelas professoras negras em uma instituição federal de ensino superior, também revelam-se as múltiplas manifestações em que o racismo, o machismo, o sexismo e o classismo operam de modo entrecruzado nas trajetórias acadêmicas das docentes que participaram desta pesquisa.</p>Gyme Gessyka Pereira dos SantosIolanda de Oliveira
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2024-11-052024-11-05153e87737e87737Identidade algorítmica: imagens da negritude e viés racista
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89479
<p>As inteligências artificiais generativas e seus algoritmos são responsáveis por cada vez mais decisões em nossa sociedade. No entanto, por mais que sejam tidos como ferramentas imparciais, os dados de algoritmos com viés racial que prejudicam pessoas negras em diversas áreas da vida não param de crescer. A este fenômeno demos o nome de Identidade Algorítmica. Com base nisso, e com o entendimento de que a oposição real X fictício não se sustenta, tendo de ser trocada pela tríade real-fictício-imaginário, neste estudo demonstramos os problemas relativos aos vieses cognitivos que norteiam a construção de identidades que saem do mundo off-line e adentram o mundo on-line, principalmente pela subalternização das imagens de pessoas negras. Além disso, indicamos como as identidades algorítmicas estereotipadas colocam-se como uma barreira à efetiva inclusão sociodigital. Como possibilidade de enfrentamento, propomos a criação de um material didático voltado para o letramento sobre argumentação, elementos implícitos e vieses algorítmicos, com foco nos anos finais do Ensino Médio e nos anos iniciais de cursos universitários.</p>Valmir Luis Saldanha da Silva
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2024-11-052024-11-05153e89479e8947910.5902/2357797589479O Novo Ensino Médio e suas relações com a BNCC: (im)possibilidades para uma formação na perspectiva cidadã
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/86969
<p>Apresenta-se uma reflexão acerca da Reforma do Ensino Médio, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, transformada na Lei nº 13.415/2017, que alterou a LDB de 1996, e, por conseguinte, a BNCC, organizada de acordo com estas alterações. O objetivo é discutir as possibilidades e implicações que esta Reforma propõe para a formação humana e compreender a perspectiva de cidadania que é colocada em ação pelos currículos escolares diante da homologação da BNCC. O problema norteador consiste em investigar a seguinte questão: Em que medida a proposta do Novo Ensino Médio, articulada à BNCC, potencializa e/ou fragiliza uma formação na perspectiva cidadã? O estudo é de natureza qualitativa, fundamentado no método hermenêutico dialógico e guiado pelos procedimentos de pesquisa bibliográfica e documental, amparado na Análise Textual Discursiva (ATD). Evidenciou-se que existe uma dualidade em relação à concepção de educação: a perspectiva voltada para a formação humanística e cidadã e, por outro lado, para atender os desígnios neoliberais, que traz uma tendência voltada a atender a preparação para o mercado de trabalho, na contramão da cidadania.</p>Marlene Tirei Koldehoff LauermannCarina Copatti
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2024-12-162024-12-16153e86969e8696910.5902/2357797586969O nexo segurança-desenvolvimento na certificação MigraCidades em Belém-PA (2020-2021)
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/85723
<p>Este artigo busca contribuir para o debate sobre o aperfeiçoamento das políticas migratórias ao analisar a gestão das migrações em Belém (Pará), uma das primeiras cidades brasileiras a receber a certificação MigraCidades. Essa certificação tem como objetivo orientar os municípios no desenvolvimento de políticas migratórias, especialmente em relação ao fluxo de migrantes e indígenas venezuelanos da etnia Warao. Utilizando uma metodologia hipotético-dedutiva, a pesquisa foi baseada nos relatórios do MigraCidades de 2020 e 2021, revisão bibliográfica, relatórios técnicos de organizações governamentais e não-governamentais, além de notícias da mídia local e nacional. O estudo apresentou o processo de certificação e as especificidades jurídicas relacionadas ao fluxo migratório dos Warao, contextualizando o impacto dessa certificação no período anterior e posterior à sua implementação em Belém-PA. O objetivo central da pesquisa é verificar a efetividade das políticas migratórias em Belém-PA entre 2020 e 2021, no contexto da certificação MigraCidades. Os resultados indicam que, embora a referida certificação tenha impulsionado a criação de políticas migratórias, as ações desenvolvidas na cidade paraense permanecem restritas a medidas de assistência emergencial, ligadas à contínua burocratização do nexo segurança-desenvolvimento. Isso resulta em um controle temporário dos migrantes venezuelanos e indígenas Warao, os quais são frequentemente excluídos de políticas públicas inclusivas e duradouras, sendo vistos como ameaças à segurança e ao desenvolvimento local.</p>Denise Marini PereiraNicole Grell Macias DalmiglioTadeu Morato Maciel
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2024-12-162024-12-16153e85723e8572310.5902/2357797585723La política exterior de Andrés Manuel López Obrador: el rol del presidente y la delegación a las burocracias
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87255
<p>La política exterior mexicana (PEM) se ha mantenido constante desde el siglo XX, con énfasis en la relación con Estados Unidos y una orientación económica liberal, influenciada por presidentes de derecha y factores estructurales. No obstante, el final del largo gobierno del Partido Revolucionario Institucional ha avivado el debate sobre posibles cambios. Este artículo se propone analizar la PEM de 2019 a 2023, durante la presidencia de Andrés Manuel López Obrador (AMLO), un periodo marcado por expectativas de transformación. Utilizamos la metodología cualitativa, específicamente el estudio de caso, recurriendo a fuentes primarias y secundarias, evaluadas a partir del análisis de contenido interpretativo, y una moldura teórica embazada en supuestos básicos de la subárea de análisis de política exterior para evaluar los efectos de los condicionantes estructurales y la influencia de actores clave sobre la PEM. Se pone especial énfasis en la gestión de AMLO, examinando su potencial impacto, la delegación de responsabilidades a burocracias especializadas y las modificaciones en la política exterior. Argumentamos que, por un lado, AMLO adoptó un perfil predominantemente pragmático en temas estructurales, como el de las relaciones con EE. UU., en el cual él optó por aprovecharse de la competencia de las burocracias y mantener la continuidad. Por otro lado, en un eje de mayor autonomía, como el de las relaciones con América Latina y el Caribe, adoptó posiciones más ideológicas, aunque instrumentalizándolas para complacer su base doméstica. Pese a las expectativas, AMLO todavía no ha generado cambios revolucionarios en política exterior, con los factores estructurales siendo determinantes en tal resultado.</p>Marcela FranzoniItalo Beltrão Sposito
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2024-11-272024-11-27153e87255e8725510.5902/2357797587255A formação continuada de professores como objeto de pesquisa no Brasil e em Portugal: estado do conhecimento
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87558
<p>Este artigo tem como objetivo mapear e analisar as teses publicadas no Brasil e em Portugal sobre a Formação Continuada de Professores diante das suas interfaces e dos seus aspectos teóricos e metodológicos. Para tal propósito, realizou-se uma pesquisa do tipo Estado do Conhecimento que considerou as teses publicadas no Banco de Teses e Dissertações da CAPES (Brasil) e no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Portugal) no período de 2018 a 2023. A análise dos resumos demonstrou fragilidades na construção e apresentação, dificultando a compreensão detalhada das metodologias de pesquisa. Identificaram-se também convergências e similitudes entre as teses produzidas nos dois países acerca dos aspectos teórico-metodológicos, a capilaridade do tema em diferentes programas de pós-graduação e a confluência com subtemas/temáticas contemporâneas. Infere-se, a partir do conjunto dos dados obtidos, a existência das ressonâncias entre as teses produzidas e analisadas, em que a formação continuada de professores enquanto objeto de investigação sob diferentes perspectivas: i) a partir de programas/projetos propostos e desenvolvidos pelos pesquisadores; ii) a partir da investigação de programas/projetos de formação dos quais os sujeitos da pesquisa já tenham participado, mas que não foram propostos e desenvolvidos pelos pesquisadores; iii) a partir de pesquisas que a consideram como um campo de conhecimento, incumbindo-se mais de discussões teóricas e críticas; e iv) nas situações em que as pesquisas são realizadas expressivamente com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, utilizando-se da análise de conteúdo como método para análise de dados.</p>Paulo Roberto Dalla ValleJacques de Lima Ferreira
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2024-11-052024-11-05153e87558e8755810.5902/2357797587558Mulheres trans no esporte brasileiro: perspectivas de inclusão
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87674
<p>O estudo tematiza a inclusão de mulheres trans no esporte formal brasileiro. Objetiva-se analisar criticamente os fundamentos que justificaram a sua exclusão, principalmente no âmbito do Comitê Olímpico Internacional (COI), frente aos princípios esportivos brasileiros da democratização e da segurança, conforme a Lei Pelé (1998) e as Normas Gerais sobre Desportos (1993). O problema de pesquisa é: a restrição de mulheres trans de práticas esportivas formais no Brasil constitui em afronta aos princípios esportivos da democratização e da segurança? A expectativa de pesquisa é possibilitar a compreensão das políticas e ações empreendidas pelo Comitê Olímpico Internacional, com incidência no Brasil, que restringiram o acesso de atletas trans às práticas esportivas formais. Espera-se encontrar dados que indiquem caminhos para a inclusão dessa população à carreira esportiva no país, sem discriminação. A pesquisa é realizada por meio de revisão narrativa da literatura. O estudo contribui ao evidenciar os fundamentos históricos da restrição de pessoas às práticas esportivas, bem como, ao analisar o fundamento androcêntrico esportivo à luz dos princípios desportivos brasileiros.</p>Leilane Serratine Grubba
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2024-11-052024-11-05153e87674e8767410.5902/2357797587674O problema da aplicação da ética segundo a perspectiva de Ricoeur
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/87749
<p>O texto busca compreender a linha de construção do pensamento ricoeuriano através de duas perspectivas utilizadas por este autor. As perspectivas utilizadas por Ricouer são: a tradição teleológica vinculada ao pensamento aristotélico e a tradição deontológica atribuída a Kant. É a partir desse equilíbrio tênue entre a teleologia e a deontologia que o filósofo francês elaborou as linhas gerais de configuração de sua perspectiva ética. Nesse sentido, no que segue, apresentaremos brevemente algumas distâncias e proximidades entre Ricoeur e Kant. Uma vez que o filósofo francês escolheu Kant como interlocutor privilegiado — em se tratando do problema de aplicação da ética, e, considerando que esse é o tema nuclear deste artigo, focaremos nesta relação.</p>Valdinei Vicente de JesusSandra MadersFelipe Cardoso Martins Lima
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2024-11-052024-11-05153e87749e8774910.5902/2357797587749Mecanismos de difusão política da Organização Mundial da Saúde sobre Medicina Tradicional e Complementar
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/88035
<p>Este trabalho discute o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação às práticas tradicionais e complementares de cuidados. Conhecidas no Brasil como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), são sistemas e recursos de tratamento fundamentadas em conhecimentos tradicionais ou não convencionais para o cuidado multidimensional - físico, emocional e espiritual - das necessidades de cada indivíduo. A OMS, estabelecida em 1948 como uma organização internacional governamental especializada, do âmbito das Nações Unidas, tem contribuído para a cooperação internacional sobre questões de saúde e o tema faz parte das suas discussões desde o final dos anos sessenta. Nesse contexto, a pergunta que orienta a pesquisa é: quais mecanismos de difusão política têm sido adotados pela OMS, quanto à medicina tradicional e complementar? Por mecanismos de difusão, entende-se instrumentos adotados por um agente, com potencial para influenciar políticas de agentes em outras jurisdições. A pesquisa foi desenvolvida por meio da abordagem qualitativa, com consulta a fontes primárias e secundárias e tem finalidade analítico-descritiva. O estudo permite considerar que a OMS tem adotado mecanismos de difusão política brandos, com ênfase no aprendizado e socialização, disseminação de conhecimentos técnico-científicos e compartilhamento de boas práticas para superação dos desafios político-institucionais relacionados à temática. A função de coordenação se evidencia pelos levantamentos exploratórios dos progressos realizados para a implementação, dos desafios quanto à adoção nos sistemas de saúde dos Estados-membros, bem como, pelo recente estabelecimento do Centro Mundial de Medicina Tradicional da OMS.</p>Kelen de Morais CerqueiraSilvana Schimanski
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2024-11-052024-11-05153e88035e8803510.5902/2357797588035O Ópio dos Intelectuais
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89729
José Renato Ferraz da SilveiraGabriela Martins de Oliveira
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2024-11-272024-11-27153e89729e8972910.5902/2357797589729Editorial
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89431
José Renato Ferraz da Silveira
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2024-11-052024-11-05153e89431e89431Expediente
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89500
José Renato Ferraz da Silveira
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2024-11-052024-11-05153e89500e89500Apresentação
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89478
Rosemeri ConceiçãoValmir Luis Saldanha da Silva
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2024-11-052024-11-05153e89478e89478Entrevista com Vijay Prashad
https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/89433
Vijay PrashadReginaldo Mattar NasserArthuro Hartmann PachecoKarime Ahmad Borraschi Cheaito
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2024-11-052024-11-05153e89433e8943310.5902/2357797589433Entrevista com Rula Shadeed
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Rula ShadeedIsabela Agostinelli dos SantosBeatriz Maria Lamarca LupettiFernanda Frochtengarten
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Central de Periódicos da UFSM
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